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Literatura

por Magda L Pais, em 29.01.13

 

Dizia uma professora que apenas uma obra que fale da sociedade, politica ou economia, enfim qualquer assunto real, pode ser considerado literatura.

Não sendo professora, dessa ou de qualquer outra área, a verdade é que recuso liminarmente fechar a literatura num conceito tão simples.

A literatura não tem de se cingir aos assuntos reais. Cinge-se à imaginação do autor, à forma como consegue passar para o papel o que lhe vai na alma, seja fingimento ou seja real. Um texto literário tem um efeito estético, as palavras são escolhidas com preocupação com a beleza e o efeito emocional.

Quando escreve, o autor dum texto literário, não quer ensinar nada ao leitor, quer apenas dar a conhecer uma história, o seu desabafo ou a sua ideia sobre determinado tema.

Qualquer livro, seja ele de que género literário for, é literatura. Pode ter mais valor para mim, menos para ti, pode ensinar, pode distrair ou pode obrigar a pensar. Um livro é literatura, seja ela de cordel, fantástica, romanceada, erótica, histórica, filosófica ou sem classificação. É para ser lido, apreendido (seja pela positiva ou pela negativa).

Quem tem gosto pela literatura, quem lê, por norma, é quem escreve melhor, quem tem mais facilidade de expressar o que pensa. E não é por ler só aqueles livros que a dita professora considera que são de literatura. É lendo todos os tipos de livros.

Estas são apenas algumas das razões que me levam a não concordar com o espartilhar da literatura como obras reais. Quando muito acho que podemos dizer que livros sobre a realidade (sociedade, politica, economia) são uma ínfima parte desse universo tão amplo que é a literatura.

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Zico

por Magda L Pais, em 13.01.13
 
 

Para quem não sabe, o Zico (o cão que está na foto) está no corredor da morte, no Canil de Beja por, alegadamente, ter morto uma criança de 18 meses. Este cão que alguns apelidam de feroz, foi recolhido com toda a calma, sem problema algum e pacificamente, sem sequer ladrar. Em imagem alguma o Zico aparece a ladrar, a tentar atacar as pessoas à sua volta, comportamento que seria o esperado num cão feroz e que teria atacado uma pessoa.

Para quem não sabe, à hora que este post foi publicado, mais de 59.000 pessoas tinham assinado uma petição para que o Zico não seja abatido e que seja entregue a alguém que cuide dele e que o trate como ele merece.

E claro, há também quem ache que o Zico seja abatido e pronto. Assiste-se, neste momento, a acesas discussões sobre este tema em quase todos os jornais on-line que publicaram a notícia da petição bem como no facebook.

No entanto, é curioso que as pessoas que defendem o abate do cão não se pronunciam sobre as incongruências da história do "ataque" do cão. Como, por exemplo, o facto do bebé não apresentar mordidas do cão, do cão estar desnutrido quando foi retirado, do bebé aparecer às escuras na cozinha (quando as crianças tem medo do escuro), do dono do cão andar há ano e meio a tentar que o cão fosse abatido por não ter condições para o alimentar, do avó da criança tão depressa dizer que o cão sempre foi calminho e nunca ter atacado como passar a já o ter atacado duas ou três vezes, dos vizinhos acharem estranho o que se passou porque o cão era super calmo e meigo...

São estas incongruências que levaram as pessoas a assinar esta petição quando, em casos anteriores de ataques de cães a pessoas, não houve tal agitação. É a primeira vez que se assiste a uma tal movimentação da sociedade portuguesa contra o abate dum cão que terá atacado uma criança.

Assinam esta petição pais, mães (como eu), e não só. A petição é assinada por adultos responsáveis que pensam pela sua cabeça. Que sabem e percebem que um animal, seja ele de que porte/raça for é o reflexo dos donos. E que, garantidamente, lamentam a morte da criança que é a mais inocente na história. E que, na grande maioria (onde me incluo) não querem acusar a família do Diniz Janeiro de maus tratos à criança nem sequer desrespeitam a dor dos pais.

O que todos querem é, acima de tudo, perceber o que aconteceu e penalizar os verdadeiros culpados. Porque há a morte dum ser humano, duma criança, a culpa não pode morrer solteira nem com o encobrimento do abate dum animal.

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Adopção responsável de animais

por Magda L Pais, em 06.01.13

 

 

Hoje a nossa família cresceu. Para além de nós os quatro, temos o Friday, a Sam, a Riscas, o Pata Branca e a Snow (cinco coelhos), o Mingo e o Robin (dois hamsters), a Alcides (a caturra), vários peixes e hoje chegou a Bunny, uma cadela com mês e meio.

 

Não estava nos nossos planos adoptar mais nenhum animal. Mas fomos comprar feno para os coelhos e saímos da loja com a Bunny. A Bunny tinha sido adoptada há duas semanas mas a pessoa que ficou com ela foi hoje à loja devolvê-la porque, de repente, descobriu que a filha era alérgica. Até acredito, e, na verdade, ainda bem que assim foi porque senão a Bunny não teria vindo para nossa casa. Mas só hoje, na loja onde fizemos esta adopção, foram devolvidos vários animais. Coelhos, pássaros, a Bunny... alguns com razão (ou pelo menos eu quero acreditar que sim) mas outros...

 

Um coelho foi devolvido porque mordia. As empregadas da loja pegaram nele, fizeram-lhe festas, deram-lhe de comer e mordidela foi coisa que não aconteceu. Um porque fazia barulho, outro porque incomodava... Porque será que não pensam nisto antes de os comprar ou adoptar? Será que essas pessoas pensam que os animais são como os bonecos, que ficam a um canto encostados, sem fazer nada nem dar trabalho à espera que queiram brincar com eles? Desenganem-se, não são. E ainda bem. Os cães, os gatos, os coelhos, todos os animais, de uma forma ou de outra, dão trabalho, mexem-se, fazem barulho, pedem atenção. E é precisamente ai que está o encanto deles. São seres que interagem connosco, que nos fazem companhia, que precisam de nós tanto como precisamos deles.

 

Antes de os adoptar ou comprar pensem bem se estão preparados para os ter, pesem os prós e os contras, e só se os prós ganharem é que o devem fazer. Ser responsável é fazer isso. Pensar antes de agir!

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