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já alguma vez tiveram curiosidade em saber o que diz o Google sobre vocês? pois agora podem consultar essa informação aqui. Foi o que eu fiz e deu o resultado acima. e qual é o vosso?
(Google Yourself is an app which will tell the crazy things about you. It will create an image on which your name will be searched on Google and will find what Google says about you. This is just a fun app, and it does not really make a search on Google. It is just made for letting you know about crazy facts regarding your personality)
Estava eu descansadinha a tentar perceber porque é que não tinha internet no computador quando vejo, no telemóvel (maravilhas das tecnologias, já se sabe) um mail da minha querida amiga e cofundadora da tag “aprender uma coisa por dia nem sabe o bem que lhe fazia”, a Sofia Margarida, com esta foto. Primeiro achei que estava a ver mal. Eu, na página principal da Sapo? Nã… mete lá os óculos, estás a ver mal. Depois percebi que tinha os óculos e que estava a ver bem. Mas ainda assim não queria acreditar que a nossa rubrica tinha tido direito a este destaque.
Obrigado à equipa da Sapo por me darem mais este miminho. E obrigado à Sofia Margarida, não só por me ter avisado mas também porque é a cofundadora da rubrica “aprender uma coisa por dia nem sabe o bem que lhe fazia” – sem ela nunca a teria começado e não teria tido este destaque.
E a todos os que aqui chegaram por causa do destaque e a todos os que cá vem com regularidade, muito, mas mesmo muito obrigado!
Já falei aqui do meu excesso de peso. Apesar de ser alta (mas, mesmo assim, sou a mais baixa lá de casa), de facto devia perder uns quilinhos que tenho a mais. O meu maridão “sofre” do mesmo mal. Ainda é o mais alto da casa – seguido de perto pela nossa filha de 13 anos – mas sempre são 1.92 metros. E também tem excesso de peso.
Hoje, mais uma vez, concluímos que Portugal não está preparado para quem está fora da normalidade. No caso do meu Miguel, pela altura e pelo peso.
Hoje fomos os dois ao Hospital da Luz porque o rapaz ia fazer um exame médico. Vou deixar que sejam as palavras que ele escreveu no facebook, a contar o que se passou:
E eis senão quando, um gajo decide tratar-se, ou pelo menos perceber o que tem de tratar e descobre que não o pode fazer... e esta? Começou logo mal quando chegou a hora de vestir uma daquelas ridículas batas que ficou que nem a camisa do Hulk no dia que descobre que tem de pagar o IMI, logo a seguir vem o médico informar que não podem fazer o exame porque a máquina não tem capacidade, não aguenta, é pequena...
Poderia ser cómico, não fosse o facto de que ele precisa mesmo de fazer o exame. Mas não o pode fazer porque não cabe na máquina…
Quando vai ao médico medir a tensão… outro sarilho. Sobra braço depois de acabar a braçadeira da maior parte dos aparelhos. E nem sempre os médicos (principalmente nos hospitais e centros de saúde) têm os extensores.
Compra de roupa para nós – é de fugir. Só encontramos em algumas lojas e muita dela é feia, sem gosto algum, caríssima. Será que, por sermos maiores (em peso e altura) que a normalidade, não temos direito a nos vestir com gosto?
Sapatos, idem. Bom, aqui eu não tenho esse problema, calço o 39, arranjo bem. Mas a minha filha, que calça o 43, é uma encrenca. A maior parte dos lojistas fica a olhar para nós com ar de estarmos a pedir um sapato em ouro. E o meu filho, que calça o 45 (sim, leram bem, calça o 45 com 11 anos), tem o mesmo problema.
Estes são só alguns dos exemplos das dificuldades com que os gordinhos e granditos se deparam no dia-a-dia. Será que é só entre homem e mulher que é necessário garantir a igualdade? Então e os mais altos e mais fortes? Não terão os mesmos direitos dos “normais”?
É engraçado como, por causa dum blog e dumas coisas que se vai escrevendo por ai, se acaba por encontrar pessoas super simpáticas com quem acabamos por descobrir afinidades, mesmo quando estamos em pontos díspares deste jardim à beira mar plantado.
Passa-se isto mesmo com a Sofia Margarida (e nem, não só, mas também). Vivemos no mesmo Bairro Virtual, aqui nos blogs do sapo e somos assíduas na casa uma da outra. Eu aprendo com ela e ela, ao que parece, comigo. E, precisamente porque ambas gostamos de aprender e de partilhar o que aprendemos, combinamos criar uma rubrica nova nos nossos blogs chamada - Aprender uma coisa nova por dia, nem sabe o bem que lhe fazia!
E a ideia é mesmo essa. Partilhar coisas novas todos os dias sobre qualquer coisa. A Sofia abriu ontem a rubrica com um post sobre o chá de malvas. E hoje, eu trago uma curiosidade sobre o Natal que é a minha época do ano favorita, ou, mais exactamente, sobre a procedência da árvore de Natal.
Entre as várias versões sobre a procedência da árvore de Natal, a maioria delas indicando a Alemanha como país de origem, a mais aceite atribui a novidade ao padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da Reforma Protestante do século XVI. Olhando para o céu através de uns pinheiros que cercavam a trilha, viu-o intensamente estrelado parecendo-lhe um colar de diamantes encimando a copa das árvores. Tomado pela beleza daquilo, decidiu arrancar um galho para levar para casa. Lá chegado, entusiasmado, colocou o pequeno pinheiro num vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. De seguida colocou alguns papéis coloridos para enfeitá-lo mais um tanto. Era o que ele vira lá fora. Afastando-se, todos ficaram pasmos ao verem aquela árvore iluminada a quem parecia terem dado vida. Nascia assim a árvore de Natal. Lutero conseguiu, com esta árvore, mostrar às crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo.
Na Roma Antiga, os Romanos penduravam máscaras de Baco em pinheiros para comemorar uma festa chamada de Saturnália, que coincidia com o nosso Natal.
Update: Por dica de MDJ fiquei a saber que esta tradição germânica veio parar a Portugal por mão do rei-consorte D. Fernando II que veio para o nosso país para casar com a rainha D. Maria II.
Um dos blogs que leio com maior regularidade é o da M*. A primeira coisa que me levou a ler este blog foi o nome da autora. M* (quem me conhece e quem conhece a história da minha família sabe o quanto a letra M é importante para nós). Depois fui ficando sempre por lá. Pela autora mas também, e acima de tudo, pela qualidade do que escreve e pelos nossos interesses comuns (literatura, factor X, música, etc).
A M* ofereceu-me o Liebster Award desafiando-me a responder a algumas questões. E que tem algumas regras:
- Responder a todas as perguntas que foram sugeridas e referir o link do blog que nomeou;
- Nomear entre onze a vinte blogues com menos de duzentos seguidores;
- Não nomear quem nomeou;
- Obrigatório informar os blogs da nomeação;
- Fornecer aos bogs nomeados o link para o post em que foram nomeados (para que lhes seja explicado o que devem fazer).
Obrigado M* por mais esta distinção. E agora vamos lá responder às perguntas.
Qual o motivo que te levou a criar o blog?
Sabem, não fui eu que criei o meu blog. A história está num duns primeiros posts chamado O Nascimento. O blog nasceu na plataforma Blogspot (em 2008). Em Janeiro de 2010 e depois do meu blog ser “violado” por alguém sem escrúpulos, decidi mudar-me para o Sapoblogs – e em boa hora o fiz. Mudei-me de armas e bagagens, importei os textos e os comentários da antiga plataforma e pronto.
Já o deixei ao abandono algum tempo mas em Novembro de 2012 decidi reativá-lo. Primeiro a meio gás e agora todos os dias estou cá e obrigo-me a escrever (ao fim de semana nem tanto…)
Como te defines? Quais as três características marcantes em ti? E, quais os três aspectos negativos da tua personalidade?
Acho que a característica mais vincada da minha personalidade é a boa disposição. Mas também me considero acessível e compreensiva. Em contrapartida sou exigente (comigo e com os outros), respondona, faladora. Sou capaz de dar a camisa pelos amigos mas ai de quem me tentar enganar ou me tratar mal – desço do salto, rodo baiana e é melhor fugirem. Sou menina para pedir o livro de reclamações ou o livro dos elogios, conforme a forma como me atendem.
A tua viagem de sonho seria...
Quando eu digo o local onde sonho ir, todos me chamam maluca – como é que uma friorenta como tu quer ir a um sítio como esse? Pois... não sei. Só sei que gostava imenso de conhecer a Sibéria. Passear nas trundas. Sou maluca, eu sei.
Qual o filme, livro ou série que te define?
São dois os livros que me definem. Vida na Internet e Episódios Geométricos. Estes dois livros foram escritos por mim. O primeiro, Vida na Internet, a convite da Temas Originais sobre a minha experiencia na internet – como administradora dum site de poesia, o Luso-poemas, como bloguista e como utilizadora. O segundo, Episódios Geométricos, a convite da Lua de Marfim e é uma compilação de crónicas escritas por mim.
Qual o nome que darias a um filho? E a uma filha?
Qualquer nome na família tem de começar por M. Por isso, quando os meus filhos nasceram, ficaram a Margarida e o Martim. E nunca deixei que chamassem Guida à minha filha (além de não gostar, não começa por M). Quando muito podem chamá-la de Maggie…
Não saio de casa sem... (algo que nunca, mas nunca pode faltar na mala)
Um livro, os óculos, os dois telemóveis, as gotas para desentupir o nariz e os lenços de papel.
A peça de vestuário que mais se identifica comigo é... (vestido, calças, sapatos de salto alto, ténis...)
Sandálias, sem dúvida
Um post de outro blog com que me identifico... (que tenha sido escrito por outro blogger)
Identifico-me muito com dois textos de dois blogs diferentes. Feminismo, esse palavrão da Sara e Dos medos, da saudade e da solidão. da M*
O que achas deste género de desafios?
Gosto imenso pela oportunidade de conhecer melhor os/as autores/as dos blogs que visitamos.
Ao longo do teu percurso escolar, qual a disciplina que mais gostavas? E porque?
Temos aqui um problema. Sempre fui calinas na escola e sempre aprendi mais depressa quando não estava obrigada a isso. Mas sempre me fascinei pela contabilidade. Não é daquelas coisas que se consiga explicar porque (é como a minha paixão pela Sibéria – fazem parte de mim).
Qual a tua personagem ou época histórica preferida? Porque?
São duas as personagens históricas favoritas – Kennedy (o presidente) e Diana (a princesa). Talvez pelos percursos de vida, pelas ideias inovadoras para as respectivas épocas e pela morte prematura.
Vem agora a parte mais difícil. Nomear outros blogs. É mais difícil pela simples razão que quase todos os blogs que costumo visitar já responderam a este desafio. Por isso vou nomear e pronto. Se já responderam, paciência, se não responderam aproveitem agora. As perguntas podem ser as mesmas que a M* me fez, achei que eram interessantes.
Então os nomeados são:
Quem me conhece sabe que sou uma moça de riso fácil, que adora rir, que vai rapidamente às lágrimas com o riso e para quem as melhores séries e filmes têm de ter uma parte de humor, por mais sérias e dramáticas que sejam. Quem me conhece também sabe que estou sempre pronta a rir-me dos disparates que cometo – até porque só depois de me rir de mim é que me posso rir dos outros.
Mas… há um limite. E esse limite é passado quando as pessoas estão a dar o seu melhor no local de trabalho e são confrontadas com chamadas falsas. Para além da linha estar a ser ocupada para brincadeiras quando poderia ser usada para questões sérias, está-se a gozar com quem está a tentar prestar um serviço. E o Nilton faz isso quase diariamente, na RFM e há quem aplauda.
Há uns tempos atrás foi uma chamada para uma esquadra de polícia. Não me recordo da situação em que a polícia foi colocada mas a verdade é que, nos 10 a 15 minutos que a chamada demorou, esteve um agente da autoridade a ser gozado por um (pseudo) humorista e esteve uma linha telefónica ocupada. Imaginem que alguém tentava, nesse período, ligar para a esquadra para fazer queixa dum crime? Não o podia fazer porque o Nilton estava a brincar.
Hoje foi uma chamada para um call center duma qualquer empresa de telecomunicações. Nilton, usando a piada fácil, dizia que tinha posto uma música que “não me toca” do Anselmo Ralph e que não percebia o que se passava. O rapaz (palmas para ele que agiu sempre com a maior das calmas) tentava explicar o que deveria fazer para que a música tocasse, mas Nilton insistia que a música “não me toca”. Não teve, quanto a mim, a menor piada (pode ser defeito meu, e até admito que sim) e senti que o rapaz estava a ser gozado duma forma baixa e sem qualquer razão para isso. Isto não é humor. É gozo.
Todos sabemos de histórias passadas em call centers, com clientes que não se explicam, não entendem, não sabem o suficiente para conseguir fazer as coisas mais básicas. Eu também sei algumas e já fui protagonista noutras – quem lida, diariamente, com público, tem sempre uma ou outra história divertida para contar. A essas eu acho piada e até me rio – mais uma vez, acho que tenho o direito de me rir com elas porque também me rio quando sou eu a cometer o disparate. Em nenhum destes casos a situação é provocada para colocar o outro em desvantagem, são situações reais.
Nilton, nunca irás ler isto, ou muito dificilmente o farás. Mas gostava que soubesses que, a mim, o que não me toca, não é o som do telemóvel. São estas piadas sem graça, em que gozas com quem está a prestar um serviço. Já um dia gostei de te ouvir, hoje mudo a rádio quando te ouço. Volta a ser o humorista que eras e, de certeza, que terás muito mais sucesso. Experimenta. Não é difícil.
Sim, eu gosto de viajar. Sem dúvida alguma. De conhecer outros países, outras culturas, outras comidas, outras formas de estar. E até de aprender como a mesma expressão pode ter significados diferentes em culturas diferentes.
(e aqui recordo, por exemplo, quando estive em Cancun, na minha viagem de finalistas – que saudades dos meus filhos finalistas – que, na visita que fizemos a Chichen Itza, o guia nos ter mostrado toda a cidade Maia, incluindo o campo de jogos e de nos ter explicado, nesse mesmo campo, que o capitão da equipa vencedora era morto no final do jogo, porque a morte era a maior recompensa possível. Depois, um pouco mais à frente, mostrou-nos uma cabeça duma cobra e disse-nos que os Maias diziam que dava sorte tocar nos dentes daquela cobra. Claro que foi um corrupio, todos quisemos tirar a foto da praxe, a tocar nos dentes da cobra. No fim das fotos, o guia riu-se e disse-nos – acho que todos se esqueceram que sorte, para os maias, era morrer… Foi gargalhada geral, naturalmente, mas veio comprovar que, de facto, a mesma coisa pode ter significados muito díspares em diferentes culturas).
Mas adiante, e voltando ao tema – as viagens de avião. Por mais que goste de viajar, não gosto de viagens de avião. Não gosto porque tenho vertigens, gosto de ter os pés assentes na terra e faz-me muita confusão aquelas toneladas todas lá em cima como se fosse muito leve. Dito isto, digo também que não deixo que esse medo me impeça de viajar – o que me pode impedir de viajar é a falta de dinheiro e não o medo dos aviões.
Até aqui tudo bem. Assim como assim, entro no avião, sento-me longe da janela, pego num livro e pronto. A viagem corre bem, seja ela de 14 horas (como foi até a Cancun) ou de hora e meia como foi até ao Funchal (ah e também já viajei num avião da força área entre Lisboa e Montijo – 20 minutitos).
Agora o problema vai ser em 2024 se esta tecnologia for para a frente. É que, ao que parece, só na casa de banho é que vou poder não ver o que se passa no exterior do avião. E isso assusta-me, confesso. Tá certo, será uma poupança no combustível e pode ser (pode ser!) que isso se reflita nos preços e me permita viajar mais vezes. Mas ainda assim… não sei não.
Trilogia O Século - Livro 2 de Ken Follett
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722348768
Sinopse
Depois do extraordinário êxito de repercussão internacional alcançado pelo primeiro livro desta trilogia, A Queda dos Gigantes, retomamos a história no ponto onde a deixámos. A segunda geração das cinco famílias cujas vidas acompanhámos no primeiro volume assume pouco a pouco o protagonismo, a par de figuras históricas e no contexto das situações reais, desde a ascensão do Terceiro Reich, através da Guerra Civil de Espanha, durante a luta feroz entre os Aliados e as potências do Eixo, o Holocausto, o começo da era atómica inaugurada em Hiroxima e Nagasáqui, até ao início da Guerra Fria. Como no volume anterior, a totalidade do quadro é-nos oferecido como um vasto fresco que evolui a um ritmo de complexidade sempre crescente.
A minha opinião
Ken Follett, mais uma vez, não me desiludiu (já nem o espero deste autor).
Neste volume (e que volume, são 832 páginas), continuamos a acompanhar as mesmas 5 famílias, os Williams da Escócia, os ingleses Fitzherberts, os Von Ulrich da Alemanha e Áustria, os russos Peshkov e os americanos Dewar, mas os personagens do primeiro livro começam, aos poucos, a dar lugar aos seus filhos.
É difícil falar neste livro sem levantar mais um pouco do véu do primeiro, mas prometo que vou tentar.
Estamos em 1933 e a Alemanha, por ter perdido a primeira guerra, está a passar por muitas dificuldades económicas. Hitler apresenta os seus planos para tornar a Alemanha o centro do mundo e começa a ganhar apoiantes.
No parlamento, Hitler consegue convencer (a mal) os deputados a assinar a Lei da Concessão de Plenos Poderes, que acaba por abrir a porta a todas as atrocidades cometidas pelos Nazis antes e durante a segunda guerra mundial. Carla Von Ulrich e muitos outros alemães conseguem ter uma visão clara do que será a Alemanha com Hitler no poder, mas outros, como Erick Von Ulrich tornam-se, aos poucos, fervorosos apoiantes dos nazis e nem a morte de familiares e amigos, após uma sessão de tortura da Gestapo, os fazem mudar.
É pelas mãos de Carla, em Berlim e de Erick nos palcos de guerra, que acompanhamos a ascensão e queda de Hitler e as brutalidades cometidas pelo regime Nazi fora dos campos de concentração. Na verdade, em momento algum deste livro, “entramos” num campo de concentração - o que, quando a mim, não é importante, essa triste parte da segunda guerra mundial já foi tão explorada que, quando, neste livro em concreto, se fala no regime nazi, inconscientemente, associamos logo aos campos de concentração.
Na Rússia, e através de Volódia Peshkov, acompanhamos o crescimento do regime comunista, a ditadura de Estaline, e o inicio do fim da liberdade de expressão. Confesso que, em alguns momentos, tive vontade de bater quer a Volódia, quer a outros russos, próximos de Estaline que, apesar de terem os dados todos à sua frente, todas as informações correctas e confirmadas várias vezes e, ainda assim, não acreditaram que era possível a Alemanha invadir a Rússia, levando a que milhares de soldados morressem nessa guerra.
Na América, encontramos mais dois irmãos que nos vão levar numa viagem pelo tempo. Chuck Dewar prefere entrar para a Marinha a seguir a carreira diplomática que a família esperava. É com Chuck que estamos quando acontece o ataque japonês a Pearl Harbour que vai ditar a entrada da América na segunda guerra mundial. Woody Dewar segue as pisadas do pai, Gus, tentando, ao máximo, que a Liga das Nações (actual ONU) saia do papel.
Na Inglaterra o fascismo começa a querer a aparecer, havendo, inclusivamente, uma tentativa de marcha de apoio que, rapidamente, é impedida pelos ingleses de classes mais baixas - em maior número e, seguramente, mais organizados. Em Espanha a guerra já estalou e muitos ingleses oferecem-se como voluntários. Infelizmente - e mais uma vez - a desorganização e a falta de formação dos superiores - leva centenas de soldados a caminhar para a morte.
Já vai longa a crítica, como foi longo o livro. Não querendo levantar mais o véu sobre o seu conteúdo, resta-me dizer que esta leitura é quase um mergulhar, de cabeça, nos anos de 1933 a 1949. Literalmente. Qualquer um dos personagens fictícios do livro está nos lugares chaves, onde aconteceu alguma coisa de relevante - no parlamento alemão aquando da eleição de Hitler, nos bombardeamentos de Londres, a criação da bomba atómica, a criação do Plano Marshal e a sua aplicação, a eleição e a derrota de Churchil, a criação da rede de espiões da Rússia, etc. Nunca fui uma aluna excelente a história, é verdade, mas gosto destes romances que misturam a realidade com a ficção e que nos permitem aprender mais um pouco sobre o passado, como forma de entendermos o presente.
Este livro termina com Berlim, ainda sem o muro, mas dividida em duas - uma parte controlada pelos Russos, que mantêm a brutalidade e a forma de agir dos nazis, que eles próprios combateram; e a outra parte, controlada pelos restantes aliados, onde a prosperidade começa a notar-se.
Mais uma vez, e tal como no primeiro volume, Ken Follett teve o cuidado de conciliar as personagens reais com as fictícias em situações que, efectivamente, aconteceram ou tiveram uma grande probabilidade de acontecer. Há quem alegue que seria quase impossível que estas famílias se cruzassem, eu entendo que não, afinal vivemos numa Aldeia Global.
Se bem que, no fim de cada um destes volumes da trilogia (o primeiro e o segundo), não há pontas soltas, ou seja, todas as histórias tem um fim, podendo, por isso, cada um deles ser lido individualmente, eu confesso que estava ansiosa por iniciar o terceiro e último volume desta trilogia - no limiar da eternidade. Já o comecei, em breve falarei dele.
Hoje vou de fim de semana com a alma cheia de mimos.
Primeiro foi a Sofia Margarida que me destacou no seu blog. Depois de ler o que ela escreveu, entrou-me um raio dum cisco para o olho e tive de ir procurar os lenços de papel dentro da mala. Obrigado Sofia, és uma querida. Já agora, não por retribuição - que a Sofia merece muito mais que isso - convido-vos a todos a conhece-la no seu cantinho onde encontramos o dia a dia duma moça simpática, divertida, que adora artesanato (tem peças lindíssimas), que cozinha muito bem com a ajuda do Chef Bigodinho Guloso e da D Gulosa e que está a começar a aprender a gostar de ler.
Depois veio o miminho da Carlota. A Carlota é nova no Bairro mas, desde o primeiro dia, que mostra que ainda vai ser uma vizinha daquelas que queremos ter por perto. No cantinho da Carlota podemos acompanhar o dia a dia do período pré-operatório (e espero que pos-operatório tambem) do Bypass Gástrico que vai fazer. Vale a pena lá passar. Eu sei que passo todos os dias.
A seguir veio o mimo do Sapo Blogs para o meu post Ouvido de passagem #2. Obrigado batráquios.
e para todos vós que por aqui passarem - obrigado pela vossa presença e bom fim de semana
Numa altura em que há tanta polémica por causa da colocação dos professores e depois de ler este post, lembrei-me dos professores que tive nos meus tempos de estudante.
Como em todas as profissões, há os bons e os maus. Tirando um ou dois, já não me lembro dos nomes deles, mas lembro-me bem deles. Dos maus falarei noutro dia. Hoje vou falar nos bons.
A minha professora da primária merece, sem dúvida, um lugar nos bons professores. E um lugar de destaque. Porque, em conjunto com a minha avó, me ensinou a ler e porque me ensinou a tirar prazer da leitura. Foi com ela que iniciei a minha paixão pelos livros. Nunca a D Rogéria (era esse o seu nome) gritou ou se zangou com um aluno. Não era preciso. Quando ela abria os olhos até ao branco todos obedecíamos muito rapidamente. Naquela altura os pais zangavam-se com os filhos quando eles não obedeciam aos professores (hoje muitos pais zangam-se com os professores pelos maus comportamentos dos filhos). Era rígida, sem dúvida, mas nenhum aluno dela chumbava porque ela se esforçava imenso e sabia explicar. Era A Professora por excelência.
Mais tarde, já nos dois anos do ciclo, e na disciplina de Português, o professor (foi o mesmo nos dois anos) fazia questão de que, uma aula por semana, era dedicada apenas e só à leitura. Cada um de nós levava um livro para a aula e passávamos essa aula a ler. Era, segundo ele, a melhor maneira de aprendermos português – lendo. Tinha razão, claro está. Lembro-me que tinha um colega e amigo que dava imensos erros de gramatica em todas as disciplinas. Este professor sentava-se com ele, na aula de leitura, a corrigir os erros dados em todos os cadernos de todas as disciplinas.
Já no secundário, foi a D Fernanda, a professora de Religião e Moral, que me conquistou. A mim e a toda a gente da escola. Por ser uma disciplina opcional, a maior parte dos alunos não ia a essas aulas. Mas as aulas desta professora eram frequentadas por quase todos os alunos das turmas que ela tinha. Aprendíamos a debater pontos de vista diferentes e a ouvir os outros. Nestas aulas podíamos partilhar os nossos problemas e pedir a ajuda da turma e da professora para os resolver. Como era uma professora interessada, sempre que via que tínhamos algum problema de que não tivéssemos falado na aula, tentava que ficássemos com ela no fim para nos poder ajudar.
Por fim, no ISCAL, um professor marcou-me pela grande lição de humildade que deu a todos os alunos. Estávamos no primeiro ano do bacharelato em contabilidade. A disciplina era precisamente Contabilidade Geral. Ao fim de quase um mês sem aulas por não haver professor (não, não foi agora, foi em 1988), foi finalmente colocado um professor e lá fomos todos para a aula. O professor disse o seu nome e depois afirmou que nunca tinha dado aulas de contabilidade, não era a área de trabalho dele nem sequer a formação académica. Mas que ia aprender ao mesmo ritmo que nós e que, sempre que houvesse alguma coisa que não soubesse responder que teria de se informar e que explicaria na aula seguinte. A nossa primeira reacção foi – então no ISCAL (Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa) no Bacharelato de Contabilidade, na disciplina de contabilidade, temos um professor que não é de contabilidade? Isto vai acabar mal!. Pois, não acabou. Acabei o curso em Julho de 2000* e posso afiançar que foi um dos melhores professores que tive naquele instituto.
* (sim, demorei 11 anos a completar um curso que deveria ter demorado 3 anos. Um dia conto porquê)
Autor: José Rodrigues dos Santos
Publicado em 2012 pela Gradiva
ISBN: 978-989-616-494-2
Sinopse
A crise atingiu Tomás Noronha. Devido às medidas de austeridade, o historiador é despedido da faculdade e tem de se candidatar ao subsídio de desemprego. À porta do centro de emprego, Tomás é interpelado por um velho amigo do liceu perseguido por desconhecidos.
O fugitivo escondeu um DVD escaldante que compromete os responsáveis pela crise, mas para o encontrar Tomás terá de decifrar um criptograma enigmático.
O Tribunal Penal Internacional instaurou um processo aos autores da crise por crimes contra a humanidade. Para que este processo seja bem-sucedido, e apesar da perseguição implacável montada por um bando de assassinos, é imperativo que Tomás decifre o criptograma e localize o DVD com o mais perigoso segredo do mundo.
Numa aventura vertiginosa que nos transporta ao coração mais tenebroso da alta política e finança, José Rodrigues dos Santos volta a impor-se como o grande mestre do mistério. Além de ser um romance de cortar o fôlego, A Mão do Diabo divulga informação verdadeira e revela-se um precioso guia para entender a crise, conhecer os seus autores e compreender o que nos reserva o futuro.
A minha opinião
Tomás Noronha é despedido da faculdade onde lecciona e, como tal, vai-se inscrever no Centro de Emprego para receber o subsídio de desemprego. É Alexandre, um outro desempregado que conhece no Centro de Emprego, que lhe explica como deve proceder. Alexandre, que se espera que tenha um comportamento atípico dos restantes desempregados, mostra-lhe também como se engana o Estado para se continuar a receber o subsídio sem fazer coisa alguma. Começa aqui a nossa viagem pelos meandros da economia nacional e mundial. JRS explica, numa linguagem acessível a todos, como é que chegamos à Segunda Grande Depressão, começando na Primeira Grande Depressão, em 1929. Neste livro encontramos a ligação entre as notícias económicas que vemos neste ou naquele jornal e que, aparentemente, não teriam qualquer ligação.
É o próprio JRS que diz, na nota final, que, por causa deste livro, pode ser apelidado de neoliberalista radical ou esquerdista irresponsável. Na verdade, o que este livro faz é “chamar os bois pelos nomes”. Aliás, é precisamente por isso que elejo a seguinte frase como a principal do livro “...os eleitores têm tendência a votar em políticos que lhes vendam ilusões e prometam facilidades, subsídios, pensões e salários mais altos que a produtividade...” e é por isso que chegámos ao ponto em que chegámos.
No fulcro da “mão do diabo” está um DVD que Filipe, amigo de infância de Tomás Noronha, gravou. JRS esclarece, na mesma nota final, que o conteúdo desse DVD é “ficção”. Assim mesmo, entre aspas.
Como romance, a Mão do Diabo, está, no meu entender, ao excelente nível que JRS já nos habituou. Como manual para entender a actual crise económica, devia ser de leitura obrigatória por todos.
Da minha janela à tua
Vão dois passos de distância
Tem cuidado, não escorregues
Numa casca de melância
(Uma das primeiras fotos da Inês)
Faz hoje um ano que partilhei aqui uma história de amor e de coragem. E que, no dia a seguir, partilhei este texto que conta a mesma história vivida por dentro.
Faz hoje um ano que a fotografia acima foi tirada. É a Inês quando nasceu. A minha sobrinha mais nova, mais desejada e que veio completar a família completa que já eramos.
Não vou aqui dizer que esta é a minha sobrinha favorita. Tenho vários sobrinhos favoritos – a Beatriz, o Guilherme, o André, o Alexandre, a Constança, o Manuel, a Mariana e, claro, a Inês.
O que quero é dizer-lhe, à Inês, que faz hoje um ano, que a tia mais velha vai estar cá sempre, do primeiro ao último dia que lhe seja possível e que vai achar sempre que ela (e os outros) são os melhores sobrinhos que uma tia pode desejar.
Vou também dizer-lhe que veio parar a uma família que tem muitos defeitos. Mas também tem ainda mais virtudes e que é muito, mas mesmo muito divertida. Inês, esta tua tia não trocava esta família por mais nenhuma. Estamos muito bem assim – até quando mandamos cartas registadas com aviso de recepção uns aos outros para convidar para um encontro de primos, só porque os apeteceu mandar os mais velhos aos correios – e prometemos não mudar.
Inês, faz hoje um ano que foi um corrupio ao hospital onde nasceste que nem te passa pela cabeça. Quisemos lá ir todos e por pouco não eramos corridos. Sabes porque? Porque todos, mas mesmo todos, queríamos ver-te, pegar-te, estrafegar-te com mimos porque andamos muito tempo – demasiado tempo – á tua espera.
Por isso, (M)Inês, um grande beijinho de parabéns da tua tia mais velha pelo teu primeiro (de muitos) aniversários.
(eu e a (M)Inês, no dia em que ela nasceu)
Descobri hoje que o meu coração já bateu 2 biliões de vezes desde que nasci e que, em Mercúrio, eu teria 182 anos.
Daqui a 50 dias da Terra, farei 183 anos – em Mercúrio. Porque, na Terra, daqui a 29 dias, farei 45 anos.
Também descobri que, desde que nasci, já houve 216 grandes erupções vulcânicas, a maior de todas em 1991. E que já aconteceram 98 eclipses solares, e que daqui a um dia vai haver mais um.
Cancun, o local onde fui passear na viagem de finalistas, tem mais um ano que eu. O nível do mar aumentou 11 metros (e espera-se que aumente 111 até 2100).
As placas tectónicas do Pacifico, que separam a Austrália, da América do Sul e da Antártica separaram-se mais 6.60 metros (eu tenho 1.74 metros).
Gostei de descobrir estas coisas (e muitas outras). E descobri tudo isto no site da BBC chamado EarthStory. Bastou colocar a minha data de nascimento e site deu-me todas estas informações.
E vocês? O que é aconteceu na terra desde que nasceram?
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