layout - Gaffe
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O Sapoblogs tem os destaques diários, o StoneArtPortugal começa hoje a ter os destaques mensais. Como já expliquei aqui, é impossível que os nossos sapinhos leiam e destaquem tudo o que se escreve no bom na blogosfera, por isso vou usar o meu espaço para o fazer também. Devíamos todos fazer isso e ajudar a divulgar ainda mais outros blogs.
Serão quatro ou cinco posts que terão apenas em comum o facto de terem sido publicados no mês anterior. Tentarei sempre que sejam de bloguistas diferentes, até para que sirva o intuito de divulgar outros blogs. Claro que serão a minha escolha e como tal reflectiram os meus gostos.
Prontos?
Então rufem tambores que vamos começar:
Um ano, de blog da M*.
Atirei o pau ao gato, no blog da Maria das Palavras
da adopção por casais homossexuais, no blog da M.J.
A Gaffe dos super-heróis, no blog da Gaffe
e, claro, o nascimento do blog e da página do facebook dedicados a Aprender uma coisa nova por dia, nem sabe o bem que lhe fazia!
Deixo-vos o desafio. Em Janeiro, quais os posts que destacavam?
Notinha - eu também não consigo ler todos. Mas se encontrarem algum por ai que achem que eu ia gostar, avisem-me!
Hoje, mais um animal homem Matou mulher à facada enquanto esta dormia e depois enforcou-se. Se, por um lado, me apraz saber que se matou, preferia, muito sinceramente, que se tivesse matado antes. Escusava, a pobre da mulher, de fazer parte das negras estatísticas da violência doméstica em Portugal.
Aqui está um tema que me causa alguns engulhos, a violência doméstica. E não, não estou a falar da violência doméstica contra as mulheres, estou a falar da violência em casa, seja ela perpetrado pelos homens, pelas mulheres ou pelos filhos ou seja ela física, psicológica ou ambas. Sempre me fez confusão porque é que o cônjuge agredido não acaba logo, à primeira agressão, com o casamento.
Li, há muitos anos atrás, li um livro chamado mulheres que amam demais que me fez perceber que esta dependência de quem maltrata é uma doença psicológica (tipicamente feminina apesar de haver homens que também sofrem deste problema) e que tem de ser tratada como tal. A maior parte das pessoas que sofre deste problema não se apercebe e por isso não procura ajuda (e, muitas vezes, ainda se ofendem quando alguém sugere que há algum problema).
Amar demais é desculpar o mau humor, o desprezo. É não gostar das atitudes do outro mas perdoar-lhe tudo, achando que, sendo amável e atraente, o outro acaba por mudar. E é também estar em risco o bem-estar emocional, a saúde e segurança física e tolerar pacientemente que tal aconteça.
Nestes casos, e porque a vítima – na maior parte dos casos – não se apercebe que o é e nem sequer aceita que lhe falem no assunto, o melhor é recorrer a entidades especializadas. A APAV, por exemplo, é uma dessas entidades.
Ajudar uma pessoa que esteja nestas circunstâncias é difícil, muito difícil. Mas é preciso pensar que a sua integridade física pode estar em risco, e só por isso vale a pena lutar. Mesmo que a vítima não o faça.
Passaram-se 70 anos… da libertação de Auschwitz e hoje o Expresso conta-nos a experiencia de Ella Lingens, uma estudante de medicina colocada nesse campo de concentração por ter ajudado judeus a escapar ao horror da guerra.
Vale a pena ler, mas se tiverem preguiça, eu transcrevo aqui algumas partes:
Como prisioneira em Auschwitz, teve de trabalhar sob as ordens do "Anjo da Morte", Josef Mengele, um médico tão brilhante como diabólico, que distribuía chocolates pelas crianças judias e ciganas, antes de as submeter a experiências e torturas atrozes ou de as conduzir pessoalmente para as câmaras de gás, no seu descapotável verde.
(...)
Ainda hoje é assombrada pelo fantasma da fome, ou pelo da jovem que não pôde ajudar, porque recebera 25 chicotadas e fora obrigada a ficar de pé durante três dias e três noites, com água fria até à cintura. Era o castigo para os que se atreviam a fazer amor em Auschwitz e eram surpreendidos
(...)
Numa noite, Ella Lingens e as suas companheiras contaram 60 viagens de um camião carregado de cadáveres, das câmaras de gás até aos crematórios.
(...)
Para experimentar métodos de reanimação em pessoas congeladas, Mengele baixava a temperatura do corpo das vítimas até aos limites da paragem cardíaca, e depois tentava aquecê-las com cobertores ou cobrindo-as com mulheres nuas.
Dava só água do mar a beber aos prisioneiros, até morrerem de sede, para comprovar a resistência do ser humano em caso de naufrágio. Os esqueletos das pessoas com anomalias eram enviados como troféus para a colecção da Reichsuniversitât, em Berlim. Ligava o peito das mulheres que tinham acabado de parir, proibindo-as de amamentar os filhos, para determinar quanto tempo os recém-nascidos podiam viver sem se alimentarem.
...
Para memória futura
Comemoram-se hoje setenta anos desde que o Exército Vermelho, depois de uma dura batalha, conseguiu libertar Auschwitz, o temível campo de concentração nazi onde se estima que tenham perdido a vida cerca de 1,3 milhão de pessoas, entre judeus (90%), polacos, ciganos romenos, prisioneiros de guerra soviéticos, Testemunhas de Jeová e dezenas de milhares de pessoas de diversas nacionalidades.
Nesse dia foram encontrados, com vida, cerca de 7.500 prisioneiros, quase enregelados, esqueletos vivos, atendendo aos maus tratos e à fome. Mas só nos dias seguintes, é que a verdadeira dimensão do genocídio foi conhecida - foram encontrados 348.820 fatos de homem, 836.255 vestidos de mulheres, além de milhares de óculos, cabelos humanos e calçados, muitos deles em tamanhos infantis.
Em Auschwitz, as crianças eram vistas, pelo Dr. Josef Mengele (conhecido como "Anjo da Morte) como cobaias para as suas experiencias médicas. De acordo com o relato de uma das sobreviventes, todos os dias ele contava quais os “ratos” que tinham sobrevivido para saber com quais podia contar para as experiências daquele dia.
Diariamente chegavam, a Auschwitz, 20 a 30 carruagens de novos prisioneiros, muitos deles encaminhados, de imediato, para os “banhos”, nome dado pelos nazis, às câmaras de gás, donde já não saiam com vida.
Há 70 anos atrás, os soldados russos encontraram aquilo a que se pode chamar o inferno na terra – muitos deles, de certeza, apesar de estarem a ver com os seus próprios olhos, duvidaram que fosse possível alguém cometer estas atrocidades. Mas a verdade é que elas aconteceram.
Hoje, 70 anos depois, 300 sobreviventes – a maioria com mais de 90 anos – junta-se de novo naquele que foi o campo onde passaram parte da sua infância. Uma infância roubada por um grupo de homens que se sentiu senhor do mundo.
Poder-se-ia pensar que a humanidade tinha aprendido com o que aconteceu em Auschwitz e que não voltasse a permitir extermínios em massa.
Mas afinal não. É que, na Nigéria, onde o grupo Boko Haram continua a massacrar homens, mulheres e crianças, sem que a comunidade internacional tome medidas.
Eu, e este blog, juntamo-nos, em espírito, aos sobreviventes de Auschwitz e, com eles, celebramos os 70 anos da sua libertação. Mas também esperamos que, em breve, também os nigerianos tenham o mesmo direito. Que um exército – seja ele qual for – os salve destes homens com a mania que são senhores do mundo.
Já vos mostrei As minhas estantes & Os meus livros em meados de Novembro do ano passado, e, como vos disse na altura, há uma estante (esta) que tem, nas duas prateleiras de baixo, os livros que estão à espera que eu os leia.
Três meses medeiam a primeira foto, que está nesse post e esta, acabadinha de tirar que tem mais livros do que a anterior. Poder-se-ia pensar que, aqui em casa, acontece o milagre da multiplicação dos livros mas, a verdade, é que a culpa é das promoções imperdíveis que tenho apanhado na FNAC e na Wook.
E eu, que normalmente, não tenho poucos livros em espera, tenho, neste momento, quase 50 em espera... E eu, que normalmente, leio só um de cada vez, tenho 4 começados, como se pode ver aqui na lateral.
Deixem-me agora falar destes livros na lateral e que acabam por fazer parte da minha estante. Tirando o da Juliet Marillier e o de Robert Galbraith (pseudónimo de J.K.Rowling), os outros dois estão ali apenas porque ainda não desisti de perceber porque é que tanta gente fala bem deles. Estão à espera que eu acabe todos os outros e que volte a eles, com vontade de os acabar.
O Espelho Negro está agora em stand by, à espera que acabe o Bicho da Seda. E parece-me que não vai ter de esperar muito, comecei na quinta e já estou a mais de meio... é fantástico, tal como foi o Quando o Cuco Chama.
...pintar as unhas. É verdade. Apesar de hoje não ser Domingo - dia de pintar as unhas, a verdade é que experimentei usar papel de jornal para completar a pintura das unhas conforme o tutorial nesse post.
E o resultado foi este:
(sim, os dedinhos são gordinhos, saem a mim, vá-se lá saber porquê)
Este é um detalhe do polegar que acho que ficou excepcional:
Post(o) isto, a programação habitual do blog segue dentro de momentos.
Quase todos nós tivemos, algures na nossa vida, pesadelos por causa deste número. O π! Este número é uma proporção numérica que tem origem na relação entre o perímetro de uma circunferência e seu diâmetro; por outras palavras, se uma circunferência tem perímetro e diâmetro então aquele número é igual a π. É representado pela letra grega π. A letra grega π (lê-se: pi), foi adoptada para o número a partir da palavra grega para perímetro, "περίμετρος".
Mas afinal qual é o valor de π? Normalmente usa-se o 3,14, se bem que a maioria das calculadoras cientificas indica que o π é igual a 3,1415926.
Um engenheiro japonês e um estudante americano de ciências da computação, que tinham demasiado tempo livre, calcularam, com recurso a um computador com doze núcleos físicos, cinco trilhões de dígitos, o equivalente a 6 terabytes de dados. Por curiosidades, a aproximação do número pi até a tricentésima casa decimal é esta:
π = 3,14159 26535 89793 23846 26433 83279 50288 41971 69399 37510 58209 74944 59230 78164 06286 20899 86280 34825 34211 70679 82148 08651 32823 06647 09384 46095 50582 23172 53594 08128 48111 74502 84102 70193 85211 05559 64462 29489 54930 38196 44288 10975 66593 34461 28475 64823 37867 83165 27120 19091 45648 56692 34603 48610 45432 66482 13393 60726 02491 41273
Bom, mas e na escola, quando andamos a aprender sobre o π, será que precisamos disto tudo? Normalmente basta saber o número 3,1415926. Fixar isto é que pode ser do camandro. Ontem, lá em casa, e porque o meu filho está a aprender, a minha piolha (tem piada eu chamar piolha a alguém que é mais alta que eu, mas adiante) ensinou-lhe uma mnemónica que vos vou mostrar. Ora então fixem a seguinte frase:
May I have a large container of coffee?
Confusos?
Eu explico. Ora contem lá quantas letras tem cada palavra da frase.
…
Perceberam?
(podem consultar, aqui mesmo ao lado, os tópicos já publicados nesta rubrica)
Quem participa na rubrica:
Segunda-feira - Nia
Terça-feira - Ana
Quarta-feira - Bomboca de Morango
Quinta-feira - Sofia Margarida
Sexta-feira - Magda L Pais
Sábado - Dona Pavlova
Domingo - Bárbara
Esta rubrica não está restringida a nós. Todos podem participar. Só vos pedimos que nos dêem conta, de alguma forma, do post onde o fizeram para que possamos acrescentar na lista dos tópicos publicados.
Faltam três minutos para o Juízo Final, e eu pergunto-me que medidas serão tomadas pelos governantes para alterar esta contagem. Mas não só os governantes que tem de o fazer.
Podemos ter pouco a ver com o aumento dos arsenais nucleares ou com a falta de diálogo entre os governantes, mas o aquecimento global é da responsabilidade de todos. Uma gota no oceano pode ser só uma gota - mas o oceano é um conjunto de milhares de gotas e cada uma delas, per si, pode ajudar a mudar.
Por isso pergunto, que medidas vais tomar para que este relógio volte atrás?
Aqui eu me confesso. Gosto de humor negro. Aliás, na prática eu gosto de todo o tipo de humor. Porque gosto de rir e porque a vida não pode ser levada demasiado a sério – afinal não saímos dela vivos, não é?
Mas, e aqui volta a velha história da liberdade de expressão, a minha liberdade de gostar de todo o tipo de humor não pode nem deve chocar com a liberdade de outros não gostarem. E tal como eu posso expressar que gosto, os outros devem poder dizer que não gostam sem terem sequer de explicar porquê e muito menos ser ofendidos por isso - da mesma maneira como não devem ofender quem gosta.
Isto a propósito de alguns comentários que li por ai contra a mensagem que Hugo Rosa deixou para a sua ex-namorada no Got Talent Portugal. Vejam lá o vídeo e voltem aqui depois.
Já viram?
Ok, então continuemos.
Eu respeito quem diga que isto não é humor. Bom, talvez o correcto seja dizer que, para as pessoas em causa, isto não seja humor. Para mim foi. Esclareço já, antes que me digam que eu tenho esta opinião porque ninguém da minha família tem ou teve cancro, que a minha tia – que eu amo imenso – tem cancro da mama, já teve metáteses no fígado e que já teve de fazer imensa quimioterapia.
Digo mais, eu escangalhei-me literalmente a rir, quer pela mensagem em si quer pelo ar pesaroso do comediante, enquanto a plateia e o júri chorava a rir e ele que não estava nem ai para o que o rodeava.
E antes que venham também dizer que eu acho que gozar com o cancro é humor porque não o tenho, aconselho vivamente uma visita a este blog e percebem que, quem tem cancro também brinca com ele (sim, não será toda a gente mas há quem o faça e de uma forma perfeita).
Eu sei que, o que vou dizer a seguir, vai chocar imensa gente. Mas lembram-se quando caíram as torres gémeas em Nova York, no dia 11 de Setembro de 2001? Uma semana mais tarde comecei a receber, no meu email, imagens e textos humorísticos sobre este terrível evento. E sim, eu ri-me imenso. Ainda hoje me rio quando ouço a música It's Raining Men de Geri Halliwell porque me lembro de um powerpoint que recebi, na altura, com essa música (e não preciso de explicar as imagens, certo?).
E será que o facto de me rir destes acontecimentos – do cancro, dos atentados de 11/09/2001, da segunda guerra, de naufrágios, etc – faz com que os leve menos a sério? Será que faz com que eu seja insensível? Eu acho que não. Rir deles faz com que os encare de forma mais leve e que tenha mais força interior para os aceitar. Afinal, como comecei por dizer ao princípio, não vale a pena levar a vida demasiado a sério, seja como for, não vamos sair vivos dela. Por isso há que aproveitar ao máximo e rir ajuda imenso a fazê-lo.
Mau comportamento é fruto da educação dada pelos pais desde o berço, segundo uma investigação.
As práticas educativas parentais desde o nascimento dos filhos são responsáveis, em noventa por cento dos casos, por comportamentos inadequados como o bullying e a indisciplina escolar, defende em livro o investigador e psicólogo Luís Maia.
Tirado daqui
E o mau comportamento havia de ser responsabilidade de quem? do Papa, dos professores ou do ti manel das iscas? quem é que educa os filhos? que eu saiba (mas posso estar enganada) são os pais, não são os outros. E é com os pais que eles aprendem como se comportar.
É certo que não há duas crianças iguais e que há outros factores a ter em conta. Mas a verdade é que, cabe aos pais controlar os outros factores e educar os filhos (e não, não é respondendo, a um professor "veja se o senhor o controla porque eu não tenho mão nele" que se resolvem as coisas).
E também não é dizendo Não foi essa a educação que dei à minha filha que o pai ou a mãe se pode descartar das responsabilidades.
Enfim... mais um estudo que nos traz aquilo que todos sabíamos. Roupa a ferro. Dediquem o vosso tempo livre a passar roupa a ferro - e se quiserem pode ser a minha - que não precisamos de estudos que nos digam aquilo que é senso comum (se bem que este senso falta a muita gente).
Ontem, numa das minhas séries preferidas – Bem Vindo a Beiras – a aldeia procurava o que fazia os seus habitantes sorrir. E que belo mote para um post num dia invernoso, não acham?
Então a mim, o que me faz sorrir é a família; o cheiro dum livro novo; o sorriso das crianças; as lambidelas das Bunny e da Saphira; o arco-íris; o (re)encontro com amigos e amigas; ler na praia; sentar-me, sem tempo e hora, num banco de jardim com um livro por companhia.
Para cinzento já basta o dia lá fora e por isso deixo-vos o desafio. Vamos lá encher os nossos blogs de sorrisos e do que vos faz sorrir. Contem-nos lá o que vos faz sorrir.
vou ver a casa dos segredos. É estúpido mas mais normal.
Já vos contei aqui, assim por alto, que demorei onze anos a terminar o bacharelato. Que era de 3 anos…
Bom, a verdade é que, na prática, não foram bem onze anos porque eu suspendi o curso por 4 anos. Entrei no ano lectivo 1988/1989 e depois de feitas 4 das 6 cadeiras do primeiro ano decidi parar. Já trabalhava (no mesmo sitio onde trabalho hoje) e, apesar de ser o curso que sempre quis tirar e de estar a gostar, não me apetecia estudar mais.
Quatro anos depois pedi o reingresso. Como estava a trabalhar, fui para o ensino nocturno. Como tenho um feitio lixado, logo no primeiro ano do reingresso, comecei a melgar a associação de estudantes por causa duma série de coisas que eu entendia que estavam erradas, principalmente para os alunos que, tal como eu, estudavam à noite. Ainda para mais as aulas começavam às 18h30 e eu chegava ao ISCAL às 16h45. Podia aproveitar o tempo para estudar, é verdade…. Mas o estudo sempre foi coisa que não me assistia.
Entre melgar o pessoal da Associação e vegetar entre o Bar e a papelaria, fui conhecendo bem várias pessoas – entre alunos e funcionários – bastante interessantes e com quem simpatizei à primeira.
Aos poucos e porque o estudo continuava a ser coisa que não me assistia lá me fui envolvendo mais na associação de estudantes e acabei por ser convidada a fazer parte dela. Fomos eleitos e lá estivemos por quatro anos (mais ou menos). Nesse período acabei por fazer a viagem de finalistas e a bênção das fitas – dois anos antes de acabar, efectivamente, o curso. Sabem porque? Porque era com os alunos que, presumivelmente, acabavam naquele ano, que eu me identificava, com quem me dava mais, onde estavam, em suma, os amigos e colegas de curso. Talvez por estar demasiado envolvida na vida de dirigente associativo, quase que não me recordo dos colegas das turmas que tive – honrosa excepção para dois ou três – mas recordo‑me de todos os que estavam na AE e dos elementos da comissão de finalistas do ano em que viajei com eles. E, curiosamente, recordo-me mais dos alunos diurnos do que dos alunos da noite desses anos.
Passaram-se quase 14 anos desde que acabei o curso e 16 desde que fui a Cancun na viagem de finalistas e que sai da associação de estudantes.
16 anos desde que, pela primeira vez, ouvi a alcunha que me ia acompanhar nos últimos anos do ISCAL e que, durante alguns anos, ouvia imenso – mãe. Sim, mãe. Eu era a mãe.
Hoje, 16 anos depois, infelizmente e por culpa exclusiva da vida que levo (muito trabalho e pouco tempo livre) perdi o contacto com quase todos os meus filhos do ISCAL. Vou sabendo deles pelo facebook, sei que já tenho netos e netas mas estamos muito afastados. Mea culpa, eu sei mas infelizmente é mesmo assim. E só eu sei as saudades que tenho deles.
Há 16 anos atrás, a internet era imberbe e os telemóveis não eram muito vulgares. Resultado, tirando os filhos e pelo período que ainda nos íamos vendo, aos poucos fui perdendo o contacto também com os outros, aqueles que não eram filhos mas eram amigos.
Dez anos depois, portanto há seis anos atrás, dois ou três (eu incluída) pensamos que era giro voltar a encontrar-nos. E assim o fizemos. Marcamos um jantar no nosso restaurante mítico – o Ladeira. Éramos poucos – mais ou menos 50 – mas bons. O jantar foi um sucesso e o reencontro ainda melhor. Prometemos voltar a repetir.
E repetimos. Já repetimos quatro vezes e na passada sexta-feira tivemos o quinto jantar anual da velha guarda do ISCAL. Já não somos 50, somos cada vez mais. Este ano éramos 130 e, como sempre, foi extraordinário perceber que, podemos estar longe uns dos outros o ano todo mas que, naquela noite, voltamos todos ao ISCAL e ao tempo em que éramos estudantes. O jantar é tão importante para nós que há quem se desloque da Holanda a Portugal de propósito.
Claro que, nestes casos, há sempre quem tenha a trabalheira de tratar da organização. E que organização. O Nuno, o Tiago e o Luís estão absolutamente de parabéns. O grande sucesso destes jantares é da exclusiva responsabilidade deles os três. Este ano falharam no agendamento com os deuses da chuva mas pronto, não é coisa grave.
E que bem que soube estar com todos vós, todos aqueles que, durante anos, me acompanharam no ISCAL. E que bem que sabe saber que a vida continua, uma vezes melhores, outras piores, mas que uma vez por ano voltamos todos a ser adolescentes e a estar juntos.
Venha o próximo!
Parvo! muito parvo!
No dia de Natal encomendei uns livros na Fnac, depois da Nathy me ter falado nas promoções que estavam on line. Sim, eu sei que tinha feito esta promessa mas as promoções eram mesmo, mesmo boas. E, em minha defesa, direi que não gastei dinheiro do meu porque usei um cartão brinde que me tinham oferecido.
Adiante.
Quando chegaram os ditos, tive um piripaque. Um dos livros vinha neste estado:
Sim, o livro estava com um bom desconto mas nada dizia que estava a comprar um livro usado - e este livro já tinha sido manuseado bastantes vezes. Não se nota nas fotos mas até a capa estava suja.!!
Bom, no dia a seguir contactei a FNAC e, quem me atendeu, foi super simpático. Agendaram logo a recolha do livro para a sexta-feira a seguir e ficaram de me dar notícias mais tarde.
No dia agendado cá vieram, levaram o livro, e passado uma semana recebi um email que dizia assim:
Assustei-me logo! então mas eu devolvi o livro por estar em mau estado e agora querem que pague o livro e mais portes? mau!!! Novo contacto para a FNAC, mais uma moça simpática (valha-me que o atendimento telefónico da FNAC é feito por pessoas simpáticas e acessíveis) que me explicou que era assim mesmo, tinham de fazer a encomenda para o livro poder sair, e tal. Vá, pronto, o texto do email está errado, deviam ter outro para estes casos mas confirmei no site que efectivamente a encomenda estava expedida.
Tudo bem, a malta é pacífica, avancemos.
Recebi o livro na sexta e agora ia registá-lo no Goodreads com o ISBN que está na contracapa. E encontro este selo:
Faz sentido, certo?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.