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Meet the blogger

por Magda L Pais, em 09.02.15

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Hoje convido-vos a irem aqui ao lado para conhecerem a razão do nome do nome estranho deste blog e mais algumas coisas engraçadas em mais uma rubrica do Sapo Blogs Meet the blogger: Magda Pais

 

Aproveito, aqui e em público, para agradecer a oportunidade aos nossos sapinhos. Foi uma honra ser convidada por vós para esta mini entrevista.

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Num banco de jardim

por Magda L Pais, em 09.02.15

Já o disse aqui, um dos sítios onde gosto de ler no jardim, sentada no banco. Nem sequer me importo com as crianças que brincam no jardim, só me incomodam as moscas e as pessoas que não sabem o que é um caixote do lixo e espalham o lixo todo no chão.

Uma das razões pelas quais gosto de estar no jardim é que posso, de vez em quando, levantar a cara do livro e ver quem passa. Não que isso aconteça muitas vezes quando estou a ler, mas lá acontece de vez em quanto. Ou então se me telefonam quando lá estou sentada, posso falar ao telefone enquanto vejo o que me rodeia.

No banco que está nas fotos mais abaixo isso não é possível. Porque o banco de jardim está virado para o muro em vez de estar virado para a estrada. É estranho não é? e pode parecer mentira. Mas olhem bem as duas fotos:

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E onde é isto? pois, em Lisboa, quando se sai da ponte 25 de Abril pela saída das Amoreiras. Se forem com atenção vão lá ver este banco, fantasticamente colocado.

Mas será que é só esse problema do banco? não, não é. Se repararem nas fotos, há uns canos que vem das casas de cima e que deitam... água? Bom, se fosse só água não era mau. Mas são esgotos. Assim, a céu aberto. Entre os canos e a água (?) que escorre das paredes do morro, não sei, ao certo, qual deita mais esgoto.

O que sei é que este banco, estranhamente, nunca está ocupado. E eu não percebo, sinceramente, se é culpa da vista ou do cheiro...

 

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Este texto não é meu mas merece ser lido e partilhado milhares de vezes.

 

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A Internet é um sítio sem fundo, sem regras bem definidas, sem polícias que protejam quem está de bem e punam quem infringe as regras, contudo, a Internet é o meio de comunicação e socialização que tornou o mundo numa aldeia global… um sítio demasiado pequeno.

As redes sociais são o recreio de muita gente, como tal, usam esta poderosa ferramenta para pavonear, para publicitar e para mostrar o que devem, mas essencialmente o que não devem. Como a Internet é um sítio mal frequentado… proteja as crianças e tenham em atenção que imagens publica delas!

Assim, deixamos 10 regras para que os pais e encarregados de educação saibam o que nunca devem expor nas redes sociais (e na Internet em geral). 

Cuidado com a utilização de imagens das crianças, essas imagens, caindo na Internet, nunca mais são suas, passam a ser do mundo. O controlo sobre elas deixa de estar nas suas mãos e passa para as mãos de quem tiver acesso a elas e nada poderá ser feito.

Embora na Internet não haja incógnitos ou anónimos, esta é tão vasta que nunca irá descobrir quem usou de forma mal intencionada e até com graves danos para a criança em determinada imagem.

Deixamos assim uma lista do que consideramos errado. Estas considerações são facilmente identificadas de casos que um pouco por todo o mundo foram tidos como exemplos a ter em conta.

 

1# Fotos de momento íntimos da criança

Sim é fofo, é ternurento e as pessoas babam-se com as crianças a tomar banho, a vestir… a brincar despidos em casa ou na praia. Está errado! O pedófilo procura esse tipo de informações pela net e a obsessão doentia leva a que a coleccione. São vários os casos que ouvimos falar na comunicação social sobre as colecções de imagens que essas pessoas doentes arrecadam para satisfazer a sua doença. 

Parta também do pressuposto que o seu mural é público, que um amigo do seu amigo pode ter acesso a uma foto e republicar, logo… isso deixa de estar debaixo do seu controlo!

Mas há ainda outro problema: daqui a 15 anos a sua filha, já quase a chegar à idade adulta, na adolescência, pode ser confrontada com imagens dela, em crianças, nua!!! É uma exposição irresponsável por parte dos encarregados de educação e que no futuro pode trazer muitos dissabores.

2# Fotos que localizam

As fotografias tiradas com os modernos dispositivos, como os smartphone, tablet e algumas máquinas fotográficas, mostram muito mais que a imagens capturada. Cada imagem poderá trazer de forma implícita dados (EXIF) sobre o tipo de máquina, a qualidade da captação e, além de outras informações, a localização geográfica, com as coordenadas GPS do sítio preciso onde foi tirada. 

Portanto, usando uma ferramentas específica, como mostramos neste link, facilmente alguém mal intencionado, que quer chegar até si ou à criança que está nessa foto, conseguem decifrar o sítio onde foi tirada.

Partimos logo do princípio que não deve publicar nenhuma foto das crianças, mas se publicar pelo menos tenha em atenção e remova essas informações. Nos smartphones e tablet há forma de desligar esses dados, veja aqui como fazer.

3# Fotos que identificam sítios e hábitos

É verdade, o Pedrinho foi pela primeira vez ao palco da escolinha e você fez 50 fotos do Pedrinho a actuar com os seus amiguinhos e publicou no Facebook, no Google Plus e no Instagram.

Pronto, agora todos já sabem que o Pedrinho anda na escolinha XPTO, que tem estes e aqueles amigos, anda na turma ZYK e que até tem o horário tal e tal!

Se mostrar os locais onde as crianças estão guardadas, onde elas estudam, onde brincam… está apenas a facilitar e a entusiasmar quem as espia. Voltamos a repetir que a Internet é um sítio muito mal frequentado, que é um local onde você não controla absolutamente nada.

4# Fotos institucionais

O seu filho ou filha vai para a escola e é-lhe solicitada a autorização para colocar imagens, onde ele esteja presente, no anuário, no site e no jornal da escola. Ok… há coisas que não poderá fugir, mas pode limitar.

Não permita imagens de alta resolução e imagens onde seja fácil identificar com exactidão que ele está ali. Há muitas formas de tirar fotografias e dar ideia do que lá está sem ter uma resolução que mostre até os arranhões das brincadeiras. Não permita, obrigue mesmo a escola a ter essa atenção.

Repare, alguém “mal intencionado” onde vai logo vasculhar à procura de conteúdos? Pois claro, é nas escolas onde muitas vezes aparecem indiscriminadamente fotografias dos meninos todos perfilados. Combata isso, eduque também os responsáveis das escolas a ter mão no que publicam nos seus sítios de informação.

5# Fotos com os amiguinhos

A sua incúria pode trazer-lhe problemas. Sabe à partida que não deve publicar imagens de terceiros na Internet, há leis que determinam os direitos à imagem e à reserva sobre a intimidade da vida privada (artigo 79º do código civil). Agora imagine que fotografa o seu filho com os amigos e publica essa imagem? cuidado, pode ser alvo de processos judiciais por ter exposto alguém sem a sua autorização.

Não publique fotografias dos seus educandos e muito menos o faça com os amiguinhos, os primos ou os colegas de escola, contudo e voltamos a esta questão, se publicar assegure-se que os pais dos implicados estão de acordo.

6# Fotos que revelam mais que o necessário

Temos visto também muitas pessoas a expôr os filhos quando estes frequentam os locais onde os pais trabalham, onde os pais fazem desporto, quando os pais vão ao parque, quando estão de férias e facilmente isso dá a conhecer a vida dos pais. 

Há pessoas que simplesmente só colocam os seus filhos nas redes sociais, mas com isso revelam quando tempo estão de férias, se vão para longe ou perto e são um alvo para o larápio que precisa de saber se está alguém em casa.

Mas não só isso, porque se os pais são fotografados a acompanhar a criança quando esta vai ao ballet ou quando tem aulas de natação, algumas até com a descrição do dia e hora que a criança tem aulas, então é fácil perceber que em determinados dias não está ninguém em casa em determinadas horas. Fácil, verdade?

7# Imagens embaraçosas

Cuidado quando publicar uma foto do seu filho ou da sua filha a ter actos que os envergonhem. Há pessoas que não têm qualquer pudor em publicar os filhos amarrados para não estes não se afastarem.

Há pessoas que colocam de castigo os seus educandos e publicam essas imagens nas redes sociais! Tenham consciência que isso poderá trazer consequências graves para o desenvolvimento da criança. A Internet não “esquece” as imagens, elas um dia vão incomodar a criança de hoje e o adulto de amanhã.

Publicar imagens das crianças a fazer asneiras, vídeos dos pais a castigarem as crianças, não é de todo um método pedagógico, é um acto que um dia se virará contra si, pelo que de mau poderá fazer ao ego e à imagem dessa criança.

Lembre-se, o Facebook e todas as outras redes sociais nunca apagam seja o que for, mesmo que vá à imagem clicar no botão Eliminar, poderá já alguém a ter copiado e o mais certo é que a use em situações de chacota contra si e contra os seus. Não é necessário falar-lhe o que é o bullying, pois não?

8# Fotografias exibicionistas de ostentação

Certamente que já viu a criança dentro do carrão novo do pai, há alguns iluminados que espalham maços de notas em volta do filho e há mesmo os que permitem imagens das crianças junto dos seus bens, dando sinais claros de ostentação.

Está a colocar a criança no meio de um assunto complicado. Ao mostrar esse exibicionismo pode estar a hipotecar a liberdade de circulação dos seus educandos, até porque passa a ser alvo da inveja de terceiros e, quem sabe, passar a estar na mira de quem quer o que ostentou de valor.

Nunca faça isso, valorize a privacidade, a sua e dos seus. Seja discreto para que as crianças também sejam discretas e não estejam na mira de algumas pessoas mal intencionadas.

9# Imagens de uma vida

Há pessoas que criam autênticos diários fotográficos da crianças deste que ela nasceu até à vida adulta. Existem sites que, de há uns anos para cá, se mudaram para as redes sociais e estão a servir para que outros sites de conteúdos pornográfico usem imagens reais para legitimar alguns negócios que a Internet potencia.

Uma imagem que seja um chamariz poderá facilmente ser usada para fins que já não estão nas suas mãos e garantidamente nunca mais desaparecem da Internet.

10# Fotos publicitárias

Não é nova a “moda” de alguns pais, com negócios, usarem a imagem dos seus filhos para publicitar o seu negócio, criando “publicidades” onde as crianças estejam presentes.

Vamos imaginar o cenário de uma pai que tem uma empresa de fotografia e vídeo. É mais fácil e barato – usar a criança sentada numa pose ilustrativa e fazer alusão à empresa do pai – que contratar um serviço que use outros métodos e “modelos”. 

Quem diz este tipo de negócio diz muitos outros onde os pais não levantam qualquer problema em usar as crianças como figurantes nos vídeos de publicidade e cartazes que distribuem pela Internet e pelos mais dispersos locais onde fazem propaganda.

Isso não ajuda em nada a reservar a imagem dos seus filhos num mundo tão “sem regras” como é o mundo da Internet, isto porque facilmente alguém, mesmo sem más intenções, agarra na imagem do seu filho e usa essa imagem para seu proveito próprio.

Não há forma de descobrir até porque a imagem dos seus filhos podem estar a servir de cartaz promocional “a roupinhas” de um pronto a vestir na China ou no Cazaquistão…

 

Estas são algumas das imagens que não deve publicar. São, em muitas delas, problemas que arranja para a sua vida. Pense que a privacidade das crianças vale muito mais que toda a vaidade angariada com essas publicações na Internet em geral e nas redes sociais mais especificamente.

Fonte: Pplware Kids

Criado por Vítor M. em 7 de Fevereiro de 2015

Copiado daqui

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Redes Sociais

por Magda L Pais, em 07.02.15

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De vez em quando lá vem os arautos da desgraça dizer que “ah e tal as redes sociais acabam com os relacionamentos pessoais” ou que “por causa das redes sociais as pessoas falam cada vez menos e as amizades desaparecem”… isto para juntar em duas frases apenas o que tanta gente diz por ai.

Apresento-me perante vós, defensora acérrima desta modernice chamada rede social. E porque é que sou tão defensora?

São tantas as razões que vou começar pelas mais velhas e que andam lá em casa todos os dias. Os meus filhos. Estranho não é? Ou então não, se pensarmos que conheci o meu marido através das redes sociais (na altura chamava-se ICQ). Estamos juntos há 15 anos. Tanto que se fala hoje nos casamentos pela internet e nós, há 15 anos, fomos quase que os pioneiros. Nós e não só, claro.

Conheci gente fabulosa através desse ICQ, amizades que ainda hoje se mantém, com maior ou menor contacto mas, a verdade, é que continuamos amigos.

Através do Luso-poemas e do meu blog conheci mais umas quantas pessoas de quem me tornei amiga inseparável.

E, no topo do bolo, aquela cereja sumarenta que todos queremos, é, de facto, o facebook e a ajuda que dá em reencontrar aqueles amigos e amigas que julgávamos perdidos de vez. Já me aconteceu isso e, acreditem, é uma sensação indescritível. Em muitos casos, só o sabermos que estão ali e que podemos falar com eles se nos apetecer, já é bom.

Já vos falei no Regresso ao passado... No ISCAL noutras vantagens do facebook. Foi através do facebook e da internet que voltamos a ter contacto depois de alguns quiproquós nos terem separado - na altura em que saímos da faculdade ainda eram poucos os que tinham telemóvel ou email. Através do facebook fomos reatando o contacto e hoje temos um grupo fechado, no facebook, onde vamos conversando e combinando os nossos encontros.

Há ainda aqueles casos em que retomamos a amizade no preciso sítio onde a tínhamos deixado. Há ainda a família - aquela que só encontrávamos em casamentos e funerais ou que vive noutro país - e com quem, agora, por causa do facebook, falamos quase todos os dias.

Se há coisas más? Há, mas também há quando vou ao café, ao cinema, jantar fora…

O facebook, aliás, todas as redes sociais - são, única e exclusivamente, o retrato da nossa sociedade, com todas as coisas boas e coisas más que a vivencia em sociedade tem. Resta, aos utilizadores, saber aproveitar o lado positivo e relegar para último plano as coisas negativas. E só afasta quem se quer afastar e só junta quem se quer juntar. Tal e qual como num café ou numa pastelaria, quem quer estar junto, está, quem não quer não está.

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Aprender uma coisa nova por dia

por Magda L Pais, em 06.02.15

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Hoje é dia de follow friday e eu não podia deixar de destacar o novo blog dedicado exclusivamente à rubrica Aprender uma coisa nova por dia nem sabe o bem que lhe fazia.

Pode lá encontrar informações úteis sobre tudo - desde piolhos ao vinagre, passando por bordados, assembleias de condóminos e respiração (são só alguns exemplos).

Visite, não se vai arrepender. E se acha que tem alguma coisa para ensinar, inscreva-se para participar.

 

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As aventuras de João sem Medo e uma professora

por Magda L Pais, em 05.02.15

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A primeira vez que li este livro estava no 1º ano do ciclo (actual 5º ano) e foi o meu professor de português, do qual já falei aqui, que me incentivou a pegar nele. Daí para cá já o li umas dez vezes e, de cada uma delas, descobri ainda mais razões para gostar. Foi com este livro que aprendi a gostar da literatura do fantástico – porque é disso mesmo que se trata.

Se não conhecem o livro, vejam, mais abaixo, a sinopse e depois leiam. Vão ver que vale a pena. É de leitura fácil, bastante acessível e muito, mas mesmo muito bom.

Quando algum estudante me pede opinião sobre que livro deve apresentar na escola, na disciplina de português, confesso que é este livro que me vem logo à cabeça precisamente pelas características que falei mais acima. Além disso, José Gomes Ferreira (o escritor, não o jornalista da SIC) é, seguramente e para mim, um dos melhores escritores portugueses de sempre.

Vem isto a propósito de que ontem foi a vez do meu filho, que está no 6º ano, me falar que a professora de português tinha dado, como trabalho de casa, a leitura dum livro à escolha para depois ser apresentado na aula. Perguntei-lhe que livro estava ele a pensar apresentar, ele pediu a minha opinião e eu fui fiel ao mesmo princípio – recomendei este livro.

O gaiato foi para a escola e, à noite, lá lhe perguntei o que tinha dito a professora. Só que não estava nada preparada para a resposta que me deixou, no mínimo, chocada.

Oh mãe, a professora deixa-me fazer sobre esse livro mas diz que não sabe que livro é e nem tem a certeza quem é o autor

Juro, pela minha saúde, que fiquei sem palavras. Uma professora de português não sabe quem foi José Gomes Ferreira? A sério?

Que o comum dos mortais não saiba quem foi, que não conheça o escritor, que julgue que é o jornalista da SIC, e que tenha dúvidas que obra é esta, eu até posso aceitar. É impossível conhecer todos os escritores assim como todos os livros que cada escritor publicou. Agora uma professora e de português?

Isto faz-me confusão, faz-me mesmo muita confusão e, sinceramente, faz-me temer pelo futuro literário das crianças que agora andam na escola.

 

Sinopse

João Sem Medo habita na aldeia Chora-Que Logo-Bebes, cujos habitantes vivem presos à tradição de que tanto se orgulham: chorar de manhã à noite. Um dia, o nosso herói decide saltar o Muro que protege a aldeia da Floresta Branca, local onde «os homens, perdidos dos enigmas da infância, haviam estalado uma espécie de Parque de Reserva de Entes Fantásticos». Tem assim início uma viagem surpreendente, na qual João Sem Medo se irá cruzar com bichas de sete cabeças, gigantes de cinco braços, fadas, bruxas, animais que falam, e ainda com o mítico Príncipe das Orelhas de Burro. História fantástica que recorre ao imaginário mágico, por vezes de inspiração surrealista, este romance de José Gomes Ferreira é um prodígio de efabulação e engenho narrativo. Uma obra intemporal que continua a arrebatar tanto adolescentes como adultos.

As Aventuras de João Sem Medo de José Gomes Ferreira foi publicado, pela primeira vez, em 1963.

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O Bicho-da-Seda

por Magda L Pais, em 04.02.15

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O Bicho-da-Seda de Robert Galbraith
Edição em 2015 pela Editorial Presença
ISBN: 9789722354479
 
Sinopse
Quando o escritor Owen Quine desaparece, a sua mulher contrata os serviços do detective privado Cormoran Strike. De início pensa que o marido se ausentou por uns dias - como já acontecera anteriormente - e recorre a Strike para o encontrar e trazer de volta a casa.
No decorrer da investigação, torna-se claro que o desaparecimento do escritor esconde algo mais.
Quine tinha acabado de escrever um romance onde caracterizava de forma perversa quase todas as pessoas que conhecia. Se o livro fosse publicado iria certamente arruinar algumas vidas - pelo que haveria várias pessoas interessadas em silenciá-lo. E quando Quine é encontrado, brutalmente assassinado em circunstâncias estranhas, começa uma corrida contra o tempo para tentar perceber a motivação do cruel assassino, um assassino diferente de todos aqueles com quem Strike se tinha cruzado...
Um policial de leitura compulsiva com um enredo que não dá tréguas ao leitor, O Bicho-da-Seda é o segundo livro desta aclamada série protagonizada por Cormoran Strike e pela sua jovem e determinada assistente Robin Ellacott.
 

A minha opinião

Poucas serão as pessoas que não sabem que Robert Galbraith é, na verdade,  J.K. Rowling, a aclamada autora da saga Harry Potter e que prova, com este pseudónimo, que a sua escrita é de valorizar e acompanhar.

O primeiro livro de RG foi Quando o Cuco Chama. Oportunamente falarei sobre ele. Neste segundo livro daquilo que se espera seja uma série – à semelhança de Hercule Poirot, Miss Marple ou Sherlock Holmes – vamos encontrar Strike, o detective e Robin, a sua assistente.

A vida profissional de Strike está em fase crescente com a resolução do caso do assassinato de Lula Landry (no primeiro livro) e isso reflecte-se na quantidade de clientes que agora recorrem aos seus serviços de detective.

Leonora, a mulher de Quine, depois de vários dias sem saber do marido, resolve ir ter com Strike para lhe pedir ajuda para encontrar o escritor desaparecido quer porque a filha, Orlando, precisa dele quer porque estão sem dinheiro. Na ideia de Leonora, Quine desapareceu, como fez tantas outras vezes, para estar com alguma amante ou para escrever algum livro mas como ninguém a ajuda, pensa que Strike será a melhor pessoa para o fazer.

Strike, ao contrário do que lhe é habitual, aceita este caso sem ter a certeza que chegue a receber pelo trabalho, porque acha Leonora uma pessoa simples, honesta e apaixonada pelo marido que não a respeita.

Strike e Robin, a sua secretária maravilha que ambiciona ser detective e colaborar ainda mais com Strike, iniciam a investigação, vindo a descobrir, aos poucos, que Quine é um crápula e que escreveu um livro onde retrata, de uma forma maldosa, todos os “amigos” e família.

Até que descobrem Quine morto, numa casa abandonada, da mesma forma em que é assassinada a personagem principal do livro, o que levanta diversas suspeitas, tanto à polícia como ao par principal – Strike e Robin – sendo que são eles que acabam por descobrir o verdadeiro culpado de tão hedionda morte.

Uma boa parte da trama deste livro passa-se no meio literário – editores, autores, bloguistas – o que lhe traz, quanto a mim, um gostinho especial.

Sempre gostei de policiais com bastante suspense, género do qual Agatha Christie é o expoente máximo, na minha opinião. Não vou dizer, de todo, que O Bicho-da-Seda tem a qualidade do Expresso da Meia-noite ou Cai o Pano (ambos com Hercule Poirot como detective) mas direi que anda lá perto. Nota-se, em relação a Quanto o Cuco Chama, uma marcada evolução na escrita da autora e estou em crer que, com a continuação, se superará a si própria num terceiro livro pelo qual ficarei á espera.

De referir ainda que é perfeitamente possível ler este livro sem ter lido o primeiro, que o pode fazer porque, apesar das personagens principais – Strike e Robin – serem as mesmas, as histórias são independentes. Por isso, que esperam? Leiam que não se vão arrepender.

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Chamadas ao telefone

por Magda L Pais, em 04.02.15

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Acho extraordinária a capacidade que algumas pessoas tem de estar mais de 25 minutos, ao telefone, a falarem sozinhas, sem que o interlocutor abra a boca...

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Saphira

por Magda L Pais, em 03.02.15

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Já vos falei aqui da Bunny e de como fomos adoptados por ela.

Com a Saphira a história foi diferente.

Há dois anos atrás, numa quinta-feira, andava o meu marido de volta do OLX à procura duma coisa qualquer, quando viu a foto duma cadelinha cujos donos queriam dar. Foi amor à primeira vista. Dele, meu e dos nossos filhos. Apesar de serem quase 10 da noite, como o anúncio tinha um número de telefone, liguei de imediato mas ninguém atendeu. Então mandei um sms e logo de seguida um email a dizer que queríamos ficar com a patuda.

Não tive qualquer resposta e, no dia a seguir, continuei a insistir. Liguei umas quantas vezes nessa manhã sem que me respondessem. Enviei vários sms’s e não obtive qualquer resposta. À hora de almoço já estava desanimada e decidi que só ia tentar mais duas vezes. Tentei e nada.

Mas depois pensei – ah, não há uma sem duas nem duas sem três, ‘bora lá tentar de novo. E tentei. E fui atendida. Só que as noticias não eram boas. A Cooper (era o nome da cadela) já tinha um casal interessado e que iriam, ao fim do dia, conhece-la para decidirem se ficavam com ela ou não. Fiquei desanimada e pedi, sem esperanças, que a senhora me ligasse se o casal desistisse.

Passados uns momentos voltei a mandar uma mensagem à anunciante – Todos nós, lá em casa, estamos a rezar para que o casal desista. Seja qual for a decisão do casal diga-nos. Nós não queremos conhecer primeiro a cadelita, queremos mesmo ficar com ela.

Umas horas mais tarde, lá recebi o sms desejado – as vossas preces foram ouvidas. Quando é que querem vir busca-la?

E no dia 15 de Março, sábado de manhã, lá fomos buscar a Cooper. A Cooper, assim que viu o meu marido, saltou-lhe – literalmente – para o colo e só o deixou quando entrou para o nosso carro. Enquanto a moça nos contava que tinha sido forçada a dar a Cooper porque uma das filhas tinha pavor de cães, a cadelita estava ao colo do Miguel, sem ligar àquela que, até ali, tinha sido dona dela. E mesmo quando nos fomos embora, pensamos que ela ia ganir ou mostrar-se triste/receosa mas não, estava alegre e satisfeita – como, aliás, é o normal dela lá em casa.

Logo que chegou a casa foi rebaptizada. Perdeu o Cooper e passou a Saphira – o dragão de Eragon, livro que eu e a minha filha adoramos.

A adaptação dela e da Bunny correu lindamente. Desde o primeiro dia que se dão excepcionalmente bem, apesar de não as termos apresentado da melhor forma de acordo com o treinador. Tem uma diferença de idade de dois meses (a Saphira é mais velha) e isso deve ter ajudado imenso.

Com a Saphira a casa ficou completa. Apesar de ser uma cabra maluca, e de, muitas vezes, fazer disparates, a verdade é que, sem ela (e sem a Bunny) a nossa vida era diferente – para pior!

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Denúncia ao facebook – Update

por Magda L Pais, em 02.02.15

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Passaram-se cerca de oito meses desde que fiz uma Denúncia ao facebook. Aliás, começou por ser uma mas acabei por descobrir, em conjunto com o Projecto Miúdos Seguros na Net, cerca de 200 páginas com conteúdos iguais. Para quem tenha preguiça de ir ver o post original, explico, muito sucintamente, que se tratavam de páginas que incentivam à automutilação de jovens e que foram denunciadas ao facebook mas que não foram consideradas impróprias (?) – apesar de mostrarem braços e pernas com vários golpes; de mostrarem, por exemplo, um caixão e com o seguinte dizer: finalmente gostam de mim (entre outras coisas do género); a ensinarem como ocultar os cortes da família e dos amigos e (uma das que mais me chocou), uma lâmina com a frase: melhor amiga.

Detectei a primeira dessas páginas por causa duma adolescente que lhe fez like e que constava na minha lista de amigos do face. Depois de ter feito a denúncia inócua aos gestores do facebook, verifiquei que a dita miúda continuava a fazer like em páginas semelhantes, que eram denunciadas e que continuavam a ser consideradas “normais”.

Como mãe de adolescentes pensei para comigo – epá, se eu tivesse no lugar daquela mãe, gostaria de ser alertada para o facto dos meus filhos estarem a ver aquele tipo de conteúdo. Tentei, por isso, falar com a mãe dela. Vasculhei nos contactos da miúda e encontrei-a. Mandei-lhe uma mensagem privada a explicar o que se passava e fiquei, no mínimo, estupidificada, com a resposta. É que a mãe da miúda resolveu colocar no mural dela – para toda a gente ver – que eu devia era meter-me na minha vida e que eu, ao enviar-lhe aquela mensagem, lhe tinha arranjado imensos problemas em casa. Nem respondi, apaguei mãe e filha da lista de contactos e desconheço, por completo, o que se passou de seguida. Deixou de ser problema meu.

Ainda em relação ao facebook, foram feitas centenas de queixas – por mim, pelo projecto miúdos seguros na net, por muitos voluntários e pelo Centro Internet Segura. Conseguimos, com isso, que algumas páginas fossem retiradas. Fomos sendo informados, por email que tinham sido revistas as nossas queixas e que as páginas tinham sido fechadas.

Das cerca de 200 páginas detectadas inicialmente, foram fechadas cerca de 20. Agora experimentem colocar uma imagem duma mãe a amamentar e vejam lá o resultado…

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