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O Tempo entre os Meus Livros comemora cinco anos de existência e, para festejar, vai oferecer vários livros, entre eles dois dos meus, Viagens e Episódios Geométricos.
Se não for pelo passatempo, vale a pena visitar este Tempo entre os Meus Livros já que, por lá, se fala também de livros.
Corram lá, vá. Concorram e leiam. Vale a pena.
Chegou cá alguém à procura de testemunhos de quem odeia o seu trabalho. Não sei, sinceramente, a que texto acedeu porque eu sou daquelas pessoas que gosta do que faz e faz o que gosta.
Comecei a minha vida profissional muito cedo. Não tinha – não tenho – feitio para estar parada demasiado tempo e as férias de Verão, por melhor que me soubessem, chegava a um ponto e estava em desespero pela inactividade. Acho que tinha 15 anos quando fui, como voluntária, para uma creche ajudar com os miúdos quando iam para a praia. À tarde ou em dias que não pudesse ir, dava uma mão (ou mesmo as duas) no escritório.
Dai para a frente nunca mais parei nas férias de verão. Contei pregos e parafusos (entre outras coisas) para o inventário duma drogaria, colaborei na contabilidade duma loja de materiais de construção, vendi livros numa livraria (ohhh emprego de sonho, rodeada de livros por todo o lado), vendi material de papelaria. Gostei de todos os trabalhos – até mesmo do inventário – porque em todos aprendi alguma coisa.
Mais tarde tirei um curso de informática e trabalhei uns meses num part time nessa área na mesma entidade em que tinha tirado o curso. Aprendi coisas novas e claro que também gostei.
Pouco tempo depois um curso em revisão de contas deu-me direito a um estágio numa SROC a que se seguiu o meu primeiro emprego a sério. Confesso que gostava imenso do que fazia mas não gostava nem do ambiente nem de estar fechada num gabinete das 9h às 18h, sempre com as mesmas pessoas.
E chegamos a Abril de 1997 e a possibilidade de vir para o meu actual local de trabalho. E, desde essa altura, sinto-me realizada profissionalmente. É verdade que o que faço pouco ou nada tem a ver com a minha formação académica mas tem muito a ver comigo. Apesar de estar num aquário – nome que dou aos gabinetes de vidro onde só falta termos de abrir e fechar a boca a intervalos regulares para sermos autênticos peixinhos – a verdade é que tenho um excelente relacionamento com quem trabalha directamente comigo assim como com a hierarquia. Os dias não são monótonos porque atendemos ao público. E que público. Os clientes mais novos terão, em média, 17/18 anos – são jovens à procura da primeira casa para arrendar ou que vem estudar para a faculdade e precisam duma casa para residir. O cliente mais velho esteve cá a semana passada. Tem 98 anos e uma mente saudável num corpo saudável. Conversar com ele é fantástico, pela experiencia de vida que ele tem. Temos clientes que não sabem ler nem escrever e outros que somam mestrados e doutoramentos. Outros que não sabem onde vão buscar o dinheiro para a próxima refeição e alguns que nem sabem o dinheiro que tem.
Com todos, mas mesmo com todos, aprendo alguma coisa. Seja pela positiva ou pela negativa. A aprendizagem, aqui, é fundamental e o gosto pelo trabalho torna-se ainda mais agradável.
É por estas razões que eu digo que gosto do que faço e faço o que gosto. Aqui, neste blog, o que se pode encontrar é testemunhos de quem gosta mesmo do seu trabalho e não de quem o odeia.
No telejornal ainda agora:
Vamos então em directo para o Hospital de Santa Cruz Vermelha
Eu sempre disse que queria ser mãe. Até estipulei um prazo - até aos 30 tenho de ter o meu primeiro filho. E disse isto desde os meus 17/18 anos. Quando me divorciei do meu primeiro marido, aos 23 anos, continuei a dizer a mesma coisa. E quando me perguntavam como ia fazer se estava sozinha, eu respondia - aos 30 vou ter o primeiro filho. Se estiver junta com alguém, muito bem. Se não estiver, lanço-me na produção independente. Sim, essa era a minha decisão bem definida. Alguma coisa se haveria de arranjar. E arranjou-se :) namorei, juntei-me e quando fiz 31 anos estava grávida da minha filha. Dois anos depois nasceu o meu filho.
Apesar disso, apesar de sempre ter querido ser mãe, a verdade é que não é como mãe que me sinto realizada. É como Magda - a mulher que trabalha, lê, arrisca umas escritas num blog, é filha, é mãe, casada, tem amigos, etc e tal. Tudo o que sou e faço faz de mim uma pessoa realizada e não necessariamente pela ordem que indiquei. Ter filhos é uma parte da realização mas não é A realização. Amo imenso os meus filhos, quem visita o meu blog sabe o orgulho que tenho neles mas não é por causa deles que me sinto realizada. É por ser tudo o que sou, por tudo o que faço, maternidade incluída.
Acho, acredito, que, apesar de sempre ter querido ser mãe, me sentiria realizada tanto quanto me sinto hoje se não os tivesse. Não da mesma forma, mas também realizada. Poderia ter sido opção não os ter. Mas nunca a considerei. Apesar de haver imensas coisas que não fiz por causa deles, a verdade é que também houve coisas que só fiz por causa deles. E há sentimentos que só quem é mãe consegue sentir e perceber e dos quais não saberia prescindir.
No entanto esta foi a minha opção - ser mãe. Não percebo, por isso, que haja quem critique as mulheres que optaram por não ter filhos. As opções que tomamos - sejam lá elas quais forem - são exactamente isso: as nossas opções. Por isso temos de tomar aquelas que nos realizam e não aquelas que a sociedade espera que tomemos. E sermos felizes com elas. Como eu sou por ter optado por ter os meus filhos.
É hoje, às 14h30, Cruz Vermelha Portuguesa da Delegação da Costa do Estoril e com entrada gratuita que se irá realizar uma conferência com a Ana Vale, autora do blog Mulher Filha Mãe e cujo tema será a Saúde Mental no Pós-Parto. A Ana irá ainda aproveitar para falar sobre o seu novo projecto que já foi aqui anunciado.
Espero que seja um sucesso!
As fotos das auroras boreais são sempre lindíssimas. Vistas do espaço ainda mais. E se forem em tons vermelhos, como estas, além de lindíssimas, são raras. Parece que tem esta tonalidade devido à forte tempestade solar que está a ocorrer e que é a maior desde 2005. Aliás, é de tal modo que a foto abaixo foi tirada... o Minnesota, nos Estados Unidos, onde nunca tal foi visto.
Há pessoas que nos marcam. Que entram de mansinho nas nossas vidas e que, aos poucos vão ganhando o seu lugar e que, de repente, damos conta que já não passamos um dia sem dizer olá, sem conversar com elas. Foi assim com a Vera. E quando a Vera começou a enviar-me partes deste seu romance eu fiquei encantada. Já sabia da sua apetência para a escrita mas, confesso que, ainda assim, me surpreendeu pela positiva. É um livro viciante, que se lê na pressa de chegar ao fim e de saber, afinal, se a Maria fica com a sua paixão ou não. E digo-vos eu, que tive o grato prazer de o ler antes de ser editado, que todos nós devíamos amar assim.
Mas o meu prazer não fica por o ter lido antes de ser lançado. Vai ser ainda maior porque a Vera me convidou a apresenta-lo no dia do lançamento. Que coincide com o dia da apresentação das minhas Viagens na Amadora. É no próximo dia 4 de Julho, às 17h. Conto convosco a essa hora!
Sinopse
Maria é uma mulher de meia-idade, casada, com três filhas e com um trabalho estável onde perde os dias. No entanto, não é feliz.
Durante anos Maria coloca em papel as palavras que lhe intoxicam a alma e que são a descrição de um amor impossível, que a acompanha desde sempre, num crescimento e formação pessoal.
Este livro é a descrição dos anos que passam por entre a vida, num sentimento lúgubre de ausência, abandono, inutilidade e amor obsessivo e um acompanhamento da perda das suas capacidades mentais e físicas até lhe ser dada a perceber a real dimensão do sentimento que a consome.
Passagem do livro
Amo-te. Repito hoje, creio que te repeti ontem e às vezes já nem sei as vezes que repeti na cantilena das folhas secas que caem nos jardins do bairro.
E nunca amei assim, com esta dimensão de vida que me calca o peito e a alma e comanda as palavras. Nem – porque não dizê-lo? – os meus filhos. Nunca amei alguém, com ganas de morrer e viver e saltar e ficar quieta, em prantos de ausência, como te amo a ti. Nunca amei a pessoa errada.
Desta forma errada.
E ainda assim, repara, acredita, ainda assim juro que nunca estive tão certa do que sinto e do que me constrói naquilo que sou. Amo-te. Nasceu sem eu dar conta. Cresceu de mansinho em cada manhã, em cada palavra banal, em cada olhar teu de abismo.
Quem é apaixonado por livros e lê bastante, conhece quase todo o mundo pelos livros. Viajamos, sem sair do mesmo sitio, por todo o globo. Vamos ao Peru, passamos por Londres, e damos um salto a Lisboa. Passamos por La Mancha, pelo Canadá e num pulo estamos em Nova Iorque. De seguida vamos a Svalbard, depois a uma ilha desabitada no Hawai e quando damos por nós estamos em Kyoto. E tudo sem sair do mesmo sitio, viajando pelos livros.
A Love Reading, uma organização inglesa, que, como o nome indica, é apaixonada por livros, achou que seria uma boa ideia mostrar, no Google Maps, as localizações onde se passam as histórias contadas nos livros que lemos. Mas não satisfeitos com isso, ainda permitem que todos adicionem livros que leram de modo a que o mapa fique ainda mais completo.
Nas palavras do director e co-fundador da Lovereading, Peter Crawshaw: "Tivemos a ideia de um mapa do livro por que o livro te transporta para o local onde ele acontece - e eu, por exemplo, sempre gosto de ler um livro baseado em lugares que eu vou viajar"
E que rica ideia!!! Eu já andei a passear pelo mapa e é muito engraçado. Façam uma visita aqui e não se vão arrepender.
Mas não se fiquem pelo mapa. A Love Reading tem, no seu site, várias opções que fazem a delicia de qualquer booklover. Desde excertos do inicio de livros, a conselhos sobre o próximo livro a ler (com base nas leituras anteriores), ou a consulta de várias opiniões sobre os livros que temos em espera, tudo pode ser encontrado neste site.
Altamente recomendado para booklovers ou mesmo para quem se está a iniciar na leitura.
Não é apenas uma profissão, é uma devoção que se entranha nas veias e só morre com o "hospedeiro" e por isso não há reforma, nem desemprego que iniba o olhar crítico e analítico de um jornalista. Para os que já são veteranos... basta um olhar para o que se cruza à sua frente, para ver para além de um comum cidadão.
Mas são comuns cidadãos? São... mas também são o olhar que vê, questiona e pesquisa mais longe.
E é esta "doença", que me atinge há décadas, que me fez pensar... porque não usar uma plataforma como esta para dar a conhecer, ou desenvolver, os mais variados temas, que se cruzam no meu dia a dia, ou que, por uma razão ou outra eu procuro, sejam eles positivos ou negativos.
Podia descansar e deixar-me disto? Podia... mas não seria viver por inteiro.
Por isso, a partir de agora, as "reportagens" passam por aqui, porque este é o meu vício, a minha forma de estar na vida e às quais dediquei a maior parte da minha existência.
Um jornalismo menos formal, mais descontraído mas sempre rigoroso.
Se podem colaborar? Claro que sim. Basta expor o assunto... a pesquisa e investigação, é deste lado.
Por isso sejam bem-vindos e... venham as notícias.
E é assim que a Anabela Santos, uma boa amiga, apresenta o seu novo projecto News In & Out, onde iremos encontrar reportagens sobre tudo o que se cruzar no caminho da Anabela por boas (in) ou más (out) razões. A acompanhar!
As portas e muros de Sesimbra foram decorados, desta forma, nos últimos tempos. Uns mais bonitos que outros, uns feitos com mais cuidado, outros mais coloridos e outros mais naturais. O que importa é que Sesimbra se mostra, este ano, mais cuidada que nos anos anteriores e onde estavam paredes a cair, surgiram estes desenhos que animam quem por lá circula.
Mas não é só as paredes. Algumas janelas também estão mais cuidadas, com flores e engalanadas como se de uma festa se tratasse. Pode não ser uma festa mas é, sem dúvida, o meu local de eleição para umas boas férias.
Férias que passam, naturalmente, pela praia. E que bela praia. A água costuma ser fria, mas no passado sábado estava bem apetecível. Entre a leitura, aquela que me acompanha sempre onde quer que eu esteja, e um ou outro banho, foi uma tarde fantástica e que terminou quase às dez e meia da noite. Ao contrário do que é habitual, a noite estava bastante agradável e não nos apeteceu ir logo para casa.
Ainda para mais porque estávamos guardados. E bem guardados. Aparentemente a Marinha estava em exercícios em Sesimbra. Ou então fomos invadidos e ninguém nos avisou...
Claro que ir a Sesimbra e não comer peixe é um crime com punição máxima. São servidos?
Ainda não foram as férias. Para essas faltam três semanas. Mas foi um fim de semana com cheiro a férias, que deu para matar saudades e para nos mentalizar que estamos quase lá.
Gostaria de vos convidar a estarem presentes na apresentação do meu livro Viagens que se vai realizar na Amadora, no próximo dia 4 de Julho, pelas 18h30, na Livraria da editora (na Avenida Conde Castro de Guimarães, 22 A). Bem sei que é um dia de praia (se o S Pedro deixar) mas gostava de vos ver por lá.
Aproveito a ocasião para vos dizer que, através dessa livraria, do site da editora ou do meu email podem adquirir este meu livro ou o meu segundo livro (Episódios Geométricos). Ambos têm um custo de € 10,00 e os portes de envio – para Portugal Continental – estão incluídos.
Se gostam de fazer compras on line podem ainda optar pela Bertrand, Fnac ou Wook.
Se preferirem comprar o livro directamente numa livraria, pois que o podem encontrar na Livraria da editora (nesta livraria encontram todos os livros da editora e das outras) ou então numa das livrarias abaixo listadas:
Fnac
Agepress-Ag.De Comércio
Inter. Repres.,Lda – Carcavelos
Ao Pé Das Letras - L.G.C., Lda. – Vila Nova Da Barquinha
Bulhosa Livreiros, SA – Lisboa
Breaktroug, Lda – Lisboa
Dinapress – Lisboa
Domuspepe Livraria – Évora
Escritus Infinitus – Alcobaça
Feliciano Maria Passinhas
Papelaria E Livraria, Lda – Borba
Laicu's Book - Distribuidora Editorial,Lda – Barcarena
Legendas E Reticências, Lda – Macedo De Cavaleiros
Ler Devagar Livraria De Fundos – Lisboa
Ler Devagar Livraria De Fundos – Óbidos
Letraria Especial, Lda. – Miraflores – Algés
Leya Na Buchholz – Lisboa
Livraria Almedina (Coimbra E Porto) – Porto
Livraria Almedina Arco (Coimbra E Porto) – Coimbra
Livraria Arquivo - Bens Culturais, Lda – Leiria
Livraria Leya Barata – Lisboa
Livraria Leya Rossio – Lisboa
Livraria Boa Leitura – Leiria
Livraria Capa Rica – Costa Da Caparica
Livraria De José Alves – Porto
Livraria E Papelaria Clineto – Tomar
Livraria Ferin – Lisboa
Livraria Ler – Lisboa
Livraria Lusitana – Mirandela
Livraria Mensagem Aberta – Vila Franca De Xira
Livraria Nazaré & Filho – Évora
Livraria Palavras De Culto – Amadora
Livraria Papelaria Espaço – Algés
Livraria Papelaria Nova – Tomar
Livraria Pó Dos Livros – Lisboa
Livraria Ponte Do Raro – Torres Novas
Livraria Sousa E Almeida – Porto
Livraria Varadero – Porto
Livraria Triângulo – Póvoa De Sta. Iria
Lusíada Livraria Papelaria – Póvoa De Sta. Iria
Loja Do Arco (Rigra-Cultura E Turismo) – Sintra
Orvil Livraria E Papelaria – Portela
Página A Página- Divulgação Do Livro – Lisboa
Papelaria Canento & Martins – Carcavelos
Papelaria Morgado – Oeiras
Phantasticus – A Casita Do Drax – Viseu
Poetria Xxi – Porto
Rg Livreiros – Cascais
Ronda Das Letras – Quinta Do Conde
Traga-Mundos – Vila Real
Unicepe - Coop.Livreira Estudantes Porto – Porto
Versão Animada – Alhos Vedros
Vivacidade Espaço Criativo – Porto
Que a água em Sesimbra está óptima. E agora vou ali dar um mergulho.
Aqui ficam algumas fotos do lançamento do meu terceiro livro Viagens. Tenho de agradecer àqueles que, apesar dos constrangimentos causados pela greve do metro, conseguiram lá estar. E tenho também de dizer aos que não conseguiram pela mesma razão, que os entendo perfeitamente. O trânsito estava um caos e o estacionamento muito dificultado. Oportunidades não irão faltar, com certeza.
Um beijinho especial à Maria Sebastião (que veio a Lisboa - de Mértola - de propósito), à Anacb e à Cristina por lá terem estado, bem como à Fernanda Palmeira pela apresentação e tambem porque ainda teve de falar por mim por causa da carraspana que se estava a começar a instalar (é a CDI, a DNA ou a PDI a instalarem-se, com certeza). E um grande obrigado ao Paulo Afonso Ramos que também teve de me substituir pela mesma razão.
Aproveito para deixar já a informação que a próxima apresentação vai acontecer na Amadora, no dia 4 de Julho, às 18h30. Brevemente darei mais notícias.
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