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Maze Runner - A Cura Mortal

por Magda L Pais, em 31.07.15

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Maze Runner - A Cura Mortal de James Dashner (vol 3)

Editado em 2014 pela Editorial Presença
ISBN: 9789722353670
 
Sinopse
Thomas atravessou o Labirinto; sobreviveu à Terra Queimada. A CRUEL roubou-lhe a vida, as memórias, e até mesmo os amigos. Mas agora as Experiências acabaram, e a CRUEL planeia devolver as memórias aos sobreviventes e completar assim a cura para o Fulgor. Só que Thomas recuperou ao longo do tempo muito mais memórias do que os membros da CRUEL julgam, o suficiente para saber que não pode confiar numa única palavra do que dizem. Conseguirá ele sobreviver à cura?
 
A minha opinião
Maze Runner – Correr ou Morrer e Maze Runner - Provas de Fogo, os primeiros volumes desta trilogia preparam-nos para tudo o que acontece neste terceiro volume. Quando chegam ao refugio, Thomas e os seus amigos recebem a noticia de que tudo terminou.O diagrama está quase completo, sendo apenas necessária a ajuda deles, devendo o trabalho iniciar logo que lhes sejam devolvidas as memórias perdidas. Mas, quando Thomas acorda, descobre que, afinal, está, de novo, num quarto sem qualquer contacto com os sobreviventes. Porque, afinal, há mais testes que tem de ser feitos para se ter a certeza que Thomas é o Candidato Final. Mas para isso há que saber, primeiro, quais os sobreviventes que estão Imunes ao Fulgor e aqueles que já estão infectados - mesmo que numa fase inicial. E a CRUEL está disposta a tudo, mesmo tudo, para conseguir que Thomas se assuma como Candidato Final e que faça o que é necessário, mesmo que isso signifique a morte de todos de quem ele gosta.
Terminada a trilogia, terei de dizer que, no geral, é melhor do que pensei quando li o primeiro. Sim, estamos a falar duma sociedade distópica, estamos a falar dum extremo mas também estamos a falar duma epidemia que mata, indiscriminadamente, os seres humanos e que foi espalhada deliberadamente como forma de controlo do excesso de população. Cruzes, fez-me lembrar uma entrevista, aqui há uns tempos, duma sujeita qualquer que dizia que a SIDA tinha sido criada artificialmente com esse mesmo intuito.
Não sei se terei vontade de ler mais deste autor. De facto, há alguns excertos que prendem a atenção e que nos fazem ler mais um bocadinho antes de voltarmos a deixar o livro e muitas surpresas ao longo do livro mas... não sei explicar, não fiquei fã. Mas pode ser mau feitio meu. Quem sabe tenho o Fulgor e não sei.

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Blogging

por Magda L Pais, em 31.07.15

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Todos os dias nascem blogs e são colocados milhares de posts nas diversas plataformas existentes, o que torna a informação bastante dispersa, dificultando que leitores e bloggers se aproximem.

Para facilitar a tarefa a quem lê e a quem escreve, nasceu o Blogging, onde agora também podem encontrar esta humilde casa nas categorias de entretenimento e actualidade.

Mas, para além destas categorias, ainda podem encontrar outras categorias que podem ser interessantes, por isso toca a visitar que vale a pena!

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Termina no dia 15

por Magda L Pais, em 31.07.15

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O passatempo que a M.J. organizou  sobre o meu livro Viagens. O prémio... é outro livro. Voo final de Ken Follet. Vá, ide lá ver as regras e participem

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Maze Runner - Provas de Fogo

por Magda L Pais, em 31.07.15

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Maze Runner - Provas de Fogo de James Dashner (vol 2)

Editado em 2013 pela Editorial Presença

ISBN: 9789722350815
 
Sinopse
Atravessar o Labirinto devia ter sido o fim. Acabar-se-iam os enigmas, as variáveis e a fuga desesperada. Thomas tinha a certeza de que, se conseguissem fugir, ele e os Clareirenses teriam as suas vidas de volta. Mas ninguém sabia realmente para que tipo de vida iriam regressar... Lá fora, ao invés da liberdade, encontram mais uma prova. Agora têm de atravessar a Terra Queimada, uma região desértica e ameaçadora, onde os Crankos, pessoas cobertas de feridas e infectadas por uma misteriosa doença chamada Fulgor, vagueiam pelas cidades devastadas à procura da próxima vitima. À medida que Thomas vai recuperando algumas memórias confusas do passado, não pode deixar de se perguntar: saberá ele de alguma forma o segredo para a liberdade, ou ficará para sempre à mercê da CRUEL?
O segundo volume da série Maze Runner ameaça tornar-se um clássico moderno para os fãs de títulos como Os Jogos da Fome.
 
A minha opinião
Maze Runner – Correr ou Morrer, o primeiro livro deixa imensas questões em aberto. Quem é a CRUEL, que doença vitima a humanidade que tenha levado à criação da Clareira e do Labirinto e porque é que, na Clareira, só havia rapazes (entre imensas outras). Muitas destas questões são respondidas neste segundo volume, que, confesso, me agradou mais que o primeiro.
Thomas e os Clareirenses acordam, depois de salvos da CRUEL, com os Crankos a bater nas janelas dos dormitórios onde ficaram de véspera e todos os que os tinham salvo estão mortos. Teresa, a rapariga que tinha despoletado o fim da Clareira e do Labirinto desapareceu e, no seu lugar, está Aris. É nessa altura que os Thomas e os Clareirenses descobrem que havia outro laboratório como o deles mas só com raparigas e onde Aris foi quem despoletou o fim. É-lhes então explicado que chegaram à Fase 2 dos testes que estão a decorrer e que só terminaram quando chegarem ao Refugio, uma zona a norte do sitio onde estão, mesmo no centro da Terra Queimada para onde foram enviados os Cranckos - pessoas infectadas com o Fulgor, uma misteriosa doença que matou uma boa parte da população do planeta. Cabe-lhes descobrir o caminho e resolver todas as variáveis que lhes serão colocadas ao longo do trajecto sem que saibam, ao certo, quais são. Só sabem que é fundamental lá chegar e que é neles que está depositada a confiança para que descubram a cura para o Fulgor.
De facto este livro é mais interessante que o primeiro. Talvez por esclarecer mais coisas do que dúvidas que deixa. Se bem que, tal como Thomas e os seus amigos, nunca sabemos bem se o que está a acontecer é parte da realidade ou parte da ficção criada pela CRUEL para resolver o enigma da cura da doença. Ficam, naturalmente, questões por esclarecer que se espera (ou eu espero) que se resolvam no terceiro. Por isso... vou ali até à praia queimar os últimos cartuchos e ler o terceiro volume.
 

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Blue Moon

por Magda L Pais, em 31.07.15

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Blue moon,

You saw me standing alone,
Without a dream in my heart,
Without a love of my own.

Elvis Presley

 

 

Hoje à noite olhe para o céu e veja uma Lua Azul. Não, não espere que ela tenha mudado de cor. Na verdade a Lua Azul – que não é azul – é uma expressão usada para designar a segunda lua cheia num único mês (a primeira foi no dia 2 de Julho).

Olhe e veja a Lua em todo o seu esplendor porque a próxima só irá acontecer em Janeiro de 2018, uma vez que este fenómeno só uma vez em cada três anos.

O facto de existirem duas luas cheias num mesmo mês deve-se às diferenças entre o calendário civil e o lunar — enquanto os nossos meses podem ter uma duração variável entre 28 e 31 dias, no caso dos lunares o ciclo é sempre o mesmo, isto é, de 29,5 dias (aproximadamente). Por esse motivo, não é de estranhar que, volta e meia, duas luas cheias roubem protagonismo às estrelas num mesmo mês.

 

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Maze Runner – Correr ou Morrer

por Magda L Pais, em 31.07.15

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Maze Runner – Correr ou Morrer de James Dashner (vol 1)

Editado em 2012 pela Editorial Presença

ISBN: 9789722348508

Sinopse

Quando desperta, não sabe onde se encontra. Sons metálicos, a trepidação, um frio intenso. Sabe que o seu nome é Thomas, mas é tudo. Quando a caixa onde está para bruscamente e uma luz surge do teto que se abre, Thomas percebe que está num elevador e chegou a uma superfície desconhecida. Caras e vozes de rapazes, jovens adolescentes como ele, rodeiam-no, falando entre si. Puxam-no para fora e dão-lhe as boas vindas à Clareira. Mas no fim do seu primeiro dia naquele lugar, acontece algo inesperado – a chegada da primeira e única rapariga, Teresa. E ela traz uma mensagem que mudará todas as regras do jogo.

A minha opinião

Não vi o filme, não conheço o escritor e curiosamente nem li críticas sobre os livros. Por isso, não comecei a ler este livro com opinião formada. Comprei-os a pedido da minha piolha e agora chegou a minha vez de os ler.

Thomas acorda quando está num elevador. Sabe que é um elevador, que se chama Thomas mas não sabe mais nada. Não tem qualquer recordação palpável da sua vida até aquele momento. Quando a caixa pára, Thomas sai e está numa clareira desconhecida com imensos rapazes à volta e que lhe dão as boas vindas. Thomas tem imensas dúvidas sobre tudo mas, ao mesmo tempo, tem a sensação que chegou a casa. Tudo é novo para ele, inclusivamente as regras rígidas pelas quais aquela sociedade de adolescentes se rege. Aos poucos e durante as primeiras 24 horas, consegue perceber que os jovens já ali estão à dois anos, que recebem, regularmente, comida através da mesma caixa e que, fora da clareira, está um labirinto que é habitado por Magoadores. Diariamente as portas da clareira abrem-se e os exploradores (um grupo escolhido dos jovens) sai para explorar. Ao fim do dia as portas fecham-se e quem esteja do lado de fora morre. Essa é a regra principal da Clareira, não ficar do lado de fora quando as portas fecham ao do dia.

Um dia depois de Thomas chegar à Clareira chega mais alguém pela Caixa. Uma rapariga que traz, como mensagem, que é a última e que tudo irá mudar. Thomas, entretanto, desobedece à regra principal e fica do lado de fora da clareira e consegue sobreviver. E a partir daí começam as mudanças. E a primeira é que as portas não se voltam a fechar. Terá o grupo alguma hipótese de sobreviver aos Magoadores?

Distopias. Estas foram as férias das distopias. Umas melhores, outras piores e outras assim assim, como é o caso desta. Não direi, de todo, que é o melhor livro de sempre mas lê-se bem, é um livro interessante e que nos faz questionar o que virá na página seguinte. Não sei se o filme é melhor ou pior (porque não o vi) mas o livro merece uma leitura.

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Nevoeiro na praia

por Magda L Pais, em 30.07.15

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Não gosto de casas frias

por Magda L Pais, em 30.07.15

Vou ferir susceptibilidades...
Não gosto de casas assépticas. Casas que não parecem lares. Que parecem saídos do catálogo Moviflor. Sem cabelos no chão. Sem areias na tijoleira. Sem almofadas fora do sítio. Casas sem livros espalhados pela sala. Pela casa de banho. Pelos quartos. Casas que cheiram a lixívia. Sem nódoa. Sem chinelos perdidos nos tapetes.
Casas com os tupperwares por ordem e sem brinquedos perdidos pelo chão.
Com tudo lavado, arrumado, higienizado. As casas de método. Sem espaço para o desvio. Para o erro. Para a linha fora do sítio. Sem perdão a gavetas abertas.
Não gosto de casas frias. Sem vida. Cheias e sem vida.

(Rita Marrafa de Carvalho)

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Triplo

por Magda L Pais, em 30.07.15

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Triplo de Ken Follett

Editado em 2013 pela Editorial Presença

ISBN: 9789722350334 

Sinopse

No ano de 1968, Israel esteve por detrás do desaparecimento de 200 toneladas de urânio, material destinado a dotar o Egito da bomba atómica com a ajuda da União Soviética. Contudo nunca se conseguiu determinar como é que um carregamento daquele minério, suficiente para produzir 30 armas nucleares, desapareceu no mar alto sem deixar provas que comprometessem Israel. Follett pegou nesta enigmática ocorrência e criou a partir dela um thriller único, onde um suspense de alta voltagem se combina com factos históricos. 

A minha opinião

Primeiro livro lido no Clube da leitura organizado pela Dona Pavlova de onde tambem fez parte a Joana. Tratando-se de Ken Follet – um dos meus escritores favoritos – dificilmente me iria desiludir.

Mais uma vez, a história real mistura-se com a ficção. KF pegou num acontecimento histórico – o desaparecimento de 200 toneladas de urânio, provocado por Israel – e romanceou o resto, a forma como tal aconteceu.

Nathaniel é um judeu que sofreu horrores nos campos de concentração. Quando a segunda guerra mundial termina, Nathaniel vai estudar para Oxford, e conhece a mulher do professor Ashford por quem se apaixona. Cortone, um mafioso italiano que deve a sua vida a Nat visita-o na Universidade tendo a oportunidade de conhecer Eila, acabando, ambos, por descobrir que Eila é amante de Yasif Hassan.

Uns anos mais tarde, Nat pertence aos serviços secretos Israelitas e é incumbindo de roubar urânio para que Israel possa construir uma bomba atómica para que fique em pé de igualdade com o Egipto. Ao fazê-lo, acaba por reencontrar Hassan e Rostov, que conheceu em Oxford bem como Suza, a filha de Eila e Ashford.

O roubo do urânio terá de acontecer sem que a Eurotron – a entidade que controla a circulação de urânio na europa – se aperceber mas também sem por a vida de Nat em risco. Será que é possível?

Uma trama bem ao jeito de Follet – espiões de dupla face, espiões rígidos e o amor que tudo vence – ingredientes que, mais uma vez, fazem deste livro uma leitura bastante aprazível, sendo certo que o assalto (não interessa ao quê) é um dos momentos mais intensos e que me obrigou a quase me escaldar ao sol porque não consegui interromper a leitura enquanto o dito não acabou. Quando tal acontece… é porque o livro vale mesmo a pena, mesmo quando o final é previsível.

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Estou na dúvida...

por Magda L Pais, em 30.07.15

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que livro vou ler agora?

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Conversas #12 em casa

por Magda L Pais, em 30.07.15

A propósito da Lua Azul de amanhã, diz-me o meu marido:

- marida, amanhã é Lua Azul.

e eu respondo:

- a que horas?

 

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Amamentação

por Magda L Pais, em 30.07.15

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 (foto da campanha A Mãe Decide da Associação Bairro do Amor)

Tenho andado para falar neste tema e hoje é o dia. É um post um bocadinho longo, mas pronto.

Todos sabemos – é público – que a amamentação tem benefícios para o bebé e para a mãe. Não vou aqui falar sobre isso, vou antes falar do meu caso específico.

Como já disse várias vezes, sempre soube que queria ser mãe. E quando engravidei a primeira vez, falei várias vezes com o médico sobre a amamentação e conclui que sim, se tiver leite, amamentarei. Mas impus a mim mesma que, logo que nascessem os primeiros dentes à bebé, acabava-se, literalmente, a mama!

Nasceu a gaiata, de cesariana e, no hospital, perguntaram-me se eu ia amamentar ao que eu disse que sim. Ela mamou, foi para o berçário e eu fiquei na cama para passarmos aquela que seria a nossa primeira noite separadas em vez de juntas. Tudo tranquilo, até porque, se ela precisasse de mim durante a noite eu teria de pedir ajuda porque não me podia levantar. Pelo meio a enfermeira avisou-me que, de manhã, iriam trazer um spray para ajudar a subida do leite (frase bonita, não acham?).

Adormeci (efeito da anestesia) e sonhei. Que era Cleópatra e que estava a tomar um banho em leite de burra. De manhã, quando acordei, percebi que não era sonho… eu estava a tomar banho em leite – do meu – e “alguém”, durante a noite, tinha-me tirado as mamas e colocado duas rochas. A enfermeira, quando viu o que se passava, foi logo buscar a bebé (que tinha dormido a noite toda) e meteu-a a mamar. O alívio, o alívio. Ainda hoje me recordo dessa duplicidade de sensações maravilhosas. Tinha a minha filha, ao meu colo, eu estava a amamentar e estava aliviada. Era tanto o leite que a gaiata mamou dum lado e a seguir quase que não pegou do outro. Da segunda vez, troca de lado e pronto. Pensei eu que a produção de leite se iria regularizar.

Qual quê!

No segundo dia e ainda no hospital, a quantidade de leite era tal que já começava a fazer caroços. Quando a bebé demorava muito tempo entre cada mamada eu quase que não conseguia baixar os braços…

Veio então uma enfermeira mais experiente a quem falei nas dores e no peso. Bom, estava quase na hora da bebé mamar e ela resolveu explicar o que deveria fazer para ela beber o máximo possível. E então, enquanto a bebé mamava, ela apertou, esborrachou e voltou a apertar as minhas mamas. Foi como sentir dois balões a esvaziar.

Não me vou alongar em mais detalhes, excepto que me sentia uma autêntica vaca leiteira. Não precisei de nada para ajudar o leite a subir e, quando a minha filha fez um mês e pouco, comecei a ter de tirar leite para congelar porque ela não dava vazão à quantidade de leite que eu tinha e o peito doía-me imenso entre as mamadas porque havia leite a mais. Infelizmente na altura não havia bancos de leite materno senão eu teria doado vários litros. Por dia.!

Quando fui trabalhar, aos cinco meses da piolha, já ela comia sopa ao almoço e ao jantar. E eu continuava a dar de mamar de manhã, ao lanche, ao deitar e a tirar quase 2 litros de leite por dia. Já o disse, eu era uma autêntica vaca leiteira. Tivemos que comprar uma arca congeladora para guardar os saquinhos com o leite que depois aquecíamos quando eu não estava.

Tive, naturalmente, gretas e naturalmente que houve alturas que me doeu horrores. Mas doía-me mais se o leite não saísse e, confesso, entre as duas dores, preferia as das gretas. Por outro lado, havia a hipótese de tomar medicação para secar o leite mas havia contra indicações e não era imediato. Optei por continuar. Eram os nossos momentos – eu e a gaiata, as duas. Eu a conversar com ela e ela a alimentar-se e a crescer. Quase que uma continuação da gravidez.

Quando a piolha fez sete meses começou a vomitar quando lhe dava a mama. Se bebia o meu leite do biberão a coisa ia, se fosse a mama vomitava. E eu ainda tirava um litro e meio de leite por dia. Lá ia eu trabalhar com a bomba, os biberões para guardar o leite e uma geleira pequenina para o trazer para casa. Um filme!

E isto durou até aos 10 meses! Foram dez meses de amamentação e que, apesar das dores, de andar de bomba e afins, foram fantásticos.

Quando o meu filho nasceu achei que ia ser a mesma coisa. Não foi. O leite não tinha tanta qualidade e o piolho precisava de comer. Cedo começamos a dar leite de lata em alternância com o meu leite. Ainda durou uns quatro ou cinco meses mas nem de longe nem de perto o mesmo que durou com a gaiata.

E agora digam-me: fui melhor mãe para ela do que para ele? Ou serei tão boa mãe dum como de outro? Tenho para mim que fui exactamente a mesma mãe para os dois, apesar de ter tido litros de leite a mais para ela que para ele. Não me parece que se possa medir a minha qualidade como mãe por ter dado mais de mamar a um e menos ao outro. Mais, a minha mãe que só teve leite para mim por um mês (ou nem tanto) foi tão boa mãe para mim como eu sou para os meus filhos. Ela é o meu exemplo!

Então se assim é, alguém me explica de modo a que eu perceba, porque é que se enfia pelas cabeças das mães que são piores que as outras por não darem de mamar? Porque é que se leva as mães que não podem amamentar a sentirem-se menos mães que as outras?

Aceito que se fale imenso nos benefícios da amamentação, mas era boa ideia que não se fizesse isso à custa de culpabilizar as mães que, por impossibilidade ou decisão própria, não o fazem? Não caberá, como em todo o resto, às mães decidirem o que fazer?

Em suma, quando é que a sociedade vai perceber que cabe à mulher – e quando muito ao seu parceiro(a) – decidir o que fazer, como e em que condições?

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Filhos

por Magda L Pais, em 29.07.15

Quando se quer fazer de um filho uma criança adoptada, ter um filho é uma obra de caridade. Quando se quer fazer duma criança adoptada um filho, reconhecemo-nos nele, e toleramos melhor a nossa condição humana. Sobretudo porque ele será tudo aquilo que não fomos e fará o que deixámos por fazer.

 

da Sinopse do livro "Abandono e Adopção" de Eduardo Sá e Maria Clara Pereira de Sousa Sottomayor

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Conversar com os filhos

por Magda L Pais, em 29.07.15

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Vejo, cada vez mais, pais e mães com dificuldade em comunicar com os filhos. Normalmente pegam num telemóvel ou num ipad/tablet, pespegam com ele nas mãos dos gaiatos e pronto. Os pequenos jogam, os pais conversam (se não tiverem, também eles, smartphones) e não há conversa com os filhos.

Aprendi, muito cedo, que há necessidade de conversar com os filhos. Desde que eles nascem. E aprendi isso com o pediatra dos meus filhos. Quando a piolha

(é engraçado que, apesar dela ter 1.84 m – ou seja, é maior que eu, eu continuar a chama-la de piolha)

Dizia eu, quando a piolha nasceu, o pediatra disse-me – converse com a sua filha. Fale-lhe, conte-lhe o que está a fazer. Faz-lhe bem ouvir a sua voz. E eu assim fiz. Com ela e com ele.

Aos dois anos, a piolha foi para a creche e eu fiquei com o mais novo em casa. Ainda estava de licença de parto. Foi um drama para ela. Até nascer o irmão, tinha estado em casa da avó. Depois ficou comigo. E a seguir – creche. Correu mal. Pontapeou uma das auxiliares, chorou baba e ranho… enfim, uma miséria. Na segunda semana e por causa duma consulta de rotina do piolho pedi a opinião ao pediatra sobre o que se estava a passar. E ele só me perguntou – já falou com a sua filha? Falar? Mas ela tem dois anos!!! Sim, tem dois anos e obviamente não lhe vai recitar os Lusíadas. Vai-lhe explicar, numa linguagem acessível e enquanto a veste ou lhe dá banho, a razão pela qual ela tem de ir à escola.

E eu, sem saber muito bem o que pensar disto, lá conversei. Entre a brincadeira, vesti-la e despacha-la, lá lhe expliquei porque é que ela tinha que ir à escola e porque é que o irmão ainda ficava em casa comigo. Frases simples, brincadeira pelo meio… e nesse dia a gaiata não chorou na escola e ficou bem. Se não tivesse visto não iria acreditar. Aquele pequena conversa fez maravilhas.

Dai para a frente fiz sempre o mesmo. E por isso cá em casa conversamos sobre tudo entre os quatro. Falo com eles com abertura e honestidade sobre todos os temas, sejam eles quais forem. Eles sabem, por exemplo, que não podem falar com estranhos. E sabem quais os riscos reais se o fizerem. Eles sabem o que é a pedofilia e sabem que tipo de fotos podem colocar na internet. Quando há doenças graves na família eles sabem qual é a doença e que riscos há.

Honestidade e abertura. São as palavras-chaves das conversas cá em casa. E, acreditem, estas duas palavras fazem maravilhas nas relações entre pais e filhos. Porque as conversas são como as cerejas e se falarmos com eles – os filhos – eles falam connosco – os pais. E isso é do mais gratificante que podem imaginar.

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Concurso aqui ao lado

por Magda L Pais, em 28.07.15

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Já leram o meu livro Viagens? A M.J. tem um passatempo a correr no blog dela sobre o meu livro em que o prémio... é outro livro. Voo final de Ken Follet. Vá, ide lá ver as regras e participar.

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