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Não gosto de pessoas arrogantes nem de atitudes arrogantes. Admito que o problema seja meu, mas é assim que me sinto. E ainda gosto menos quando essas pessoas e/ou atitudes vem de gente que devia pensar duas vezes antes de o fazer.
Ontem o meu cunhado veio almoçar comigo e, resolvemos variar. Fomos almoçar a um restaurante aqui perto onde raramente vou. E, depois de ontem, dificilmente lá voltarei.
Quando chegamos, as mesas, no interior, estavam todas vazias. Eu sabia o que ia comer e, assim que nos sentamos, e um dos empregados veio ter connosco, pedimos logo. Ele foi-se embora e, entretanto, começaram a chegar mais clientes. Até aqui tudo normal, pois claro.
O problema começou quando começamos a ver as outras mesas a receber as bebidas pedidas. Chamamos o empregado, perguntamos porque é que ainda não tínhamos as bebidas e o rapaz, muito atrapalhado, pediu muitas desculpas e foi buscar as nossas limonadas.
Passados uns minutos começamos a ver as outras mesas a receberem a comida. E nós só com as limonadas. Chamei, mais uma vez, o empregado e perguntei por que razão todos estavam a comer, menos nós que até tínhamos sido os primeiros a sentarmo-nos à mesa e a fazer o pedido. Veio o dono do dito restaurante ter connosco e explicou que não tínhamos razão, que os pedidos são atendidos por ordem de chegada e que a nossa comida haveria de chegar.
Atitude bonita!…
Não, eu não defendo que o cliente tem sempre razão – porque a verdade é que nem sempre tem – mas há maneiras e maneiras de dizer a mesma coisa. Além de que, e isto é que me deixou ainda mais irritada, o senhor nem se deu ao trabalho de ir verificar o que se passava.
Passei-me! E, como dizem os brasileiros, desci do salto, rodei baiana e atirei-me. Mas com a minha educação britânica que não me apetecia fazer uma cena de faca e alguidar. Respirei fundo e disse-lhe: ouça-me, nós fomos os primeiros a entrar e a fazer o pedido. Pedimos, ambos, a sugestão do chefe tal como a mesa aqui ao lado que chegou muito depois. E o homem, com o seu ar arrogante, insistia: mas o vosso pedido foi registado depois! Ao que lhe respondi: vou explicar outra vez, mais devagarinho e vou falar em português: Nós fomos os primeiros a pedir.
Interrompe-me o senhor com a sua arrogância: a senhora não está a perceber!
Perfeito. Primeiro diz a uma cliente que não tem razão e depois ainda que ela não percebe! Tudo boas práticas no atendimento ao público, seguramente. Eu é que sou burra.
Aqui foi-se a educação britânica e o mau feitio prevaleceu. Falei mais alto – sem gritar (o que foi um esforço grande) e tentei mais uma vez – quem não está a perceber é o senhor! Já lhe expliquei que pedimos antes de toda a gente que está aqui sentada e que já está a comer enquanto nós temos apenas as bebidas porque chamei a atenção do seu empregado. Quer que lhe faça um desenho?
E responde o anormal: vou já ali buscar o registo dos pedidos para a senhora ver que eu tenho razão.
Teria sido tão mais bonito e mais educado dizer que ia buscar o registo dos pedidos para confirmarmos o que se passou…
Curiosamente – ou então não – o palerma arrogante não voltou à mesa. Eu vi que ele tinha pegado nos registos e voltado a pousar. Achei eu, na minha boa-fé, que o mínimo seria um pedido de desculpas, quer pelo atraso quer pelas atitudes menos próprias. Pois que não. Pois que, quando fomos pagar a conta, ofereceu os dois cafés e disse apenas – não sei o que se passou com o seu pedido mas oferecemos estes dois cafés como compensação pelo atraso.
Senhores… fiquei sem vontade de ali voltar! E, enquanto me lembrar da arrogância com que fui atendida, seguramente não irei. É que, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Quem atende clientes não tem de se rebaixar constantemente nem tem de dar sempre razão ao cliente – mesmo quando não a tem. A única coisa que tem a fazer é saber falar, averiguar os factos antes de dizer o que quer que seja e mesmo tendo toda a razão… saber dizê-lo sem ser arrogante!
Bom, na verdade, não é só quem atende clientes que não deve ser arrogante. A arrogância é, talvez, das piores características que um ser humano pode ter e a que mostra menos respeito pelos outros.
São muitos os jovens, hoje em dia, que, mesmo tendo emprego, também tem falta de vontade para o manter. Conheço vários casos desses, em que, à mínima contrariedade se vão embora, desaparecem sem dizer coisa alguma e que continuam a viver à conta dos pais. Falta-lhes maturidade para perceberem que a vida também é feita de sacrifícios e que é importante não esperar que as coisas caiam no céu.
No outro dia fomos almoçar a Elvas, a casa da minha sogra
(lá ganhei mais uns quilos, quem me manda ter uma sogra que cozinha maravilhosamente? E que, ainda por cima, gosta de nos mandar comida – da boa, da muito boa – para casa? E o bolo de mel e noz que ela faz? Senhores, de comer e chorar por mais)
Mas continuemos.
Dizia eu que fomos almoçar a Elvas e, como é nosso hábito, paramos na área de serviço de Montemor.
Fomos, nesse dia, atendidos pelo Pedro, um rapaz que deveria ter uns 25/30 anos. Conversa puxa conversa e o rapaz lá me contou que é formado em Economia e que começou a trabalhar aos 16 anos. Enquanto tirava o curso fez part-times, full-times, trabalhou numa gasolineira e numa papelaria. Nunca esteve desempregado porque nunca se achou superior. E tem planos para o futuro. Quer arranjar um emprego melhor – cá ou no estrangeiro – mas não se preocupa se não for na área que estudou. O que lhe interessa é continuar a pagar a casita que comprou e o carro que adquiriu em segunda mão.
Contou-me ainda que os amigos e colegas de curso achavam muito estranho ele aceitar trabalhar em qualquer lado. Mas hoje todos os invejam porque tirou o curso, vive sozinho e tem carro para se movimentar dum lado para o outro – tudo fruto do trabalho e sem depender dos pais para isso. Claro que os pais ajudaram. Mas não suportaram tudo. Ajudaram apenas.
Foi uma conversa bastante animadora. Admirei a maturidade e a força de vontade deste Pedro mas, ao mesmo tempo, fiquei com pena que nem todos os jovens adultos pensem assim.
para haver novidades. Das boas. Daquelas mesmo mesmo boas!
Hoje a Dona Pavlova acedeu a estar No Blog Com...
Estava eu num funeral, quando dou por mim a rir que nem uma tolinha a olhar para o telemóvel. Como estamos no início das aulas os emails não param de chegar e eu, de 10 em 10 minutos, lá estou a verificar a caixa. O meu marido, que estava ao meu lado, mandou-me logo uma cotovelada que até vi estrelas, o que foi ainda pior, porque fiquei com aquela vontade descontrolada de rir… tive que sair da igreja e ir apanhar um bocado de ar. As figurinhas que uma pessoa faz!
Culpada: Magda.
Assunto do email: convite para participar na rubrica “No Blog com…” em que sou convidada obrigada a participar sob o pretexto de que se declinar passo a ser vítima de bullying. Além disso, ela diz que não obriga ninguém a aceitar e que até tenho 2 hipóteses de resposta: o Sim e o Sim.
Resultado: cá estou eu, optei pela 2ª hipótese; quanto ao funeral, fica a dica, não abrir mais emails da Magda em locais públicos, sérios e com desconhecidos à mistura. ;)
E também é isto, o blog Dona Pavlova, ou como por vezes a Magda me chama “Dona Pavolva”, um local onde se lê de tudo um pouco, com peripécias que me vão acontecendo, com os meus gostos pessoais e hobbies à mistura, nomeadamente e principalmente a Culinária e a Atividade Física. O blog foi criado com a intenção de ter um espaço onde colocar, primeiramente, as minhas receitas e só mais tarde é que começaram a surgir os posts com os meus gostos pessoais.
Quanto a mim, sou a Sofia, uma pessoa introvertida, que entro muda e que saio calada (frase da minha sogra), mas se me sentir à vontade e rodeada de pessoas que gosto, sou muito divertida, brincalhona e com um sentido de humor acima da média. Sou uma pessoa bastante ativa, “maria-rapaz”, que adoro as coisas simples da vida, como ler, passear, estar com a minha família e fazê-los felizes. Aprendi, graças a um problema de saúde, a dar valor somente àquilo que realmente me faz feliz, e não faço fretes nem engulo sapos. Aprendi também a dizer “Não” quando essa é a minha vontade, sem me importar se isso é o “politicamente correto” ou se “parece mal” e por isso, algumas vezes, sou apelidada de arrogante e egoísta. Mas querem saber uma coisa? É para o lado que durmo melhor!
Pode parecer demasiado cliché, mas sem sombra de dúvida "Carpe Diem", que significa "Aproveita o momento". E é exatamente isso que carateriza a minha vida, aproveitar cada momento e evitar gastar o tempo com coisas inúteis e sem valor (para mim), e sempre sem medo do amanhã, porque podemos já cá não estar.
Fui agora mesmo pesquisar e já existe um livro com esse nome... ora bolas!
O Blog tinha que ter um nome, e no dia em que decidi criá-lo comi a melhor Pavlova da minha vida, que por acaso fui eu que a fiz. Quando estava no computador a criar o blogue, deu-me um ataque de gula e lá fui eu buscar mais uma fatia... olhei para ela, olhei para o ecrã e só podia ter esse nome. É a minha sobremesa favorita e como sou vossa amiga, fiquem com o link da receita. Façam-na e depois digam-me se gostaram ou não. Se por acaso não gostaram, enviem-me os restos que eu como.
http://donapavlova.blogs.sapo.pt/a-melhor-pavlova-do-mundo-4284
Eu moro em Viseu, uma cidade do interior, onde gosto muito de viver. É uma cidade calma, que está perto de tudo e longe das grandes confusões, dos aglomerados de gente, do trânsito, etc.. Não é à toa que tem sido considerada uma das melhores cidades portuguesas para se viver.
No entanto, tenho uma paixão muito grande por um cantinho à beira-mar plantado, onde sou muito feliz. Adoro aquela praia que só quem conhece sabe do que falo. Quem quiser saber clique aqui: http://donapavlova.blogs.sapo.pt/as-25-mais-belas-praias-de-portugal-110149. Um refúgio para o qual fujo sempre que posso, onde me perco nos dias e nas horas. É o nosso paraíso, a nossa paixão e assim vai continuar a ser para o resto da vida.
Deixo várias sugestões de atividades/exercícios para se exercitarem e queimarem algumas gordurinhas:
- treinos feitos em casa, como por exemplo, o Tabata que não duram mais de 10 minutos e não é necessário nenhum equipamento específico (eu estou viciada neste método);
- caminhadas quer como passeio, quer para o trabalho, quer para passearem os cães;
- aulas de grupo, como por exemplo a zumba;
- e façam mais sexo, porque até os mais preguiçosos gostam de se exercitar com esta atividade.
Qual o teu maior pecado? Coloca-os por ordem, do maior pecado para o menor, e faz uma caraterização tua em cada um deles: Gula; Ganância; Luxúria; Ira; Inveja; Preguiça; e Vaidade.
Igual à 5.
Seguramente a gula e a preguiça, em iguais proporções. Ontem, por exemplo, passei o dia de pijama - coisa que adoro fazer e jantei comida mexicana, que também adoro (e o maridão faz muito bem)
Foi uma viagem silenciosa: nem o rádio tinha ligado. Nenhum de nós queria falar, por isso apenas comunicávamos por relances deitados um ao outro. A bagageira do carro estava cheia com as malas dela mas, mesmo assim, havia malas no banco de trás.
Quando chegamos ao terminal dos autocarros suspirei. Neste último ano a única constante tinha sido o medo. Medo de quê? Medo deste dia. O dia em que ela se iria embora.
Pousamos as malas no chão do terminal, onde ficaram num amontoado. Estranhos passavam por nós, apressados, sem sequer nos olharem. Apenas nós estávamos conscientes um do outro. Uma voz soou nos altifalantes e essa voz chamava por ela: "É neste que eu vou", disse ela, olhando para os pés ao proferir as primeiras palavras naquela manhã. Senti o coração a apertar-se: "Eu sei", disse, agarrando nas malas e levando-as até ao autocarro para onde ela subiu hesitante, dirigindo-se ao seu lugar, junto à janela.
Com um gesto das mãos pedi-lhe que abrisse a janela. Não podia simplesmente deixá-la ir, sem me despedir. Ela inclinou-se para fora da janela e eu aproximei a minha cara da dela, olhando-a nos olhos.
Sem aviso, ela beijou-me e, com a sua testa encostada à minha, suspirou: "vou ter saudades". Senti a garganta a ficar apertada e virei a cara, quase a chorar. Ela percebeu, e fechou a janela, enquanto eu corria de volta para o carro.
Autora: a minha gaiata de 14 anos!
Será, muito provavelmente, a única vez que vou falar sobre as eleições. As legislativas e as presidenciais que se realizam logo a seguir.
Desde que tenho idade para votar que, a cada eleição, vou cumprir o meu dever que é, em simultâneo, o meu direito - o de votar naquele que entendo ser o melhor representante. Na verdade e agora que penso nisso, creio que faltei uma vez por estar bastante doente e não ter saído de casa.
Por o fazer, por ir votar, sinto que tenho o direito de opinar sobre o estado - da educação, da saúde, da economia, da política, etc. Afinal, mal ou bem, contribui, de alguma forma, para aquela ou aqueloutra eleição, não tendo permitido que escolhessem por mim.
Faz-me confusão que haja quem diga mal, que reclame, se oponha e discuta mas, quando chega a hora de votar, prefere ir à praia, ao futebol, ao cinema ou ficar, simplesmente, em casa, a vegetar. É neste acto, o da votação, que nos é permitido opinar e fazer algo para que as coisas melhorem. Não votando, bem podem ir, depois, para aqui e para ali dizer mal deste e de outro. Não lhes reconheço qualquer legitimidade para reclamarem, dado que, quando puderam fazer alguma coisa, não fizeram.
Confesso ainda que, muitas vezes - e desta vez também - olho para partidos, candidatos, programas e discursos e a única coisa que me apetece dizer é: pronto, acabem lá o recreio e as brincadeiras, já é tempo de serem uns meninos crescidos que a malta já está a ficar aborrecida. É que não há, um só que seja, que me inspire, que seja coerente, que mantenha a mesma ideia do principio ao fim, e que lhe junte educação, respeito e civismo (provavelmente estou a ser utópica, mas quando encontrar estas características num politico, garanto-vos que ele ganha o meu voto).
Não sei, por isso, em que partido votar, sendo que o voto em branco não deixa de ser uma opção.
Para mim só há um cenário excluído... a abstenção!
É uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36 000 m² e local onde, diariamente, passam milhares de pessoas e mais uma, que sou eu.
Começou por ser o palácio real onde viviam os Reis de Portugal (totalmente destruído em 1755) e local de passeio. Teve ministérios, secretarias de estado e a Bolsa de Valores. Já assistiu a assassinatos e quedas de regime, feiras, concertos e missas. Viu policias lutarem contra policias e serviu para estacionar carros. Era por lá que Pessoa passava muito tempo naquele que continua a ser o café mais antigo de Lisboa.
Há quase trinta anos que vou quase todos os dias para Lisboa de barco (vá, quando não há greve, pelo menos) e é lá que o barco atraca. Partilho, por isso, algumas memórias com esta praça - o estacionamento, as filas nas paragens de autocarro, a manifestação secos contra molhados entre policias, feiras do livro, um concerto do Pedro Abrunhosa, árvores de Natal, e obras. Muitas obras.
Todas as obras são chatas e irritantes. E pior ainda quando temos de mudar o trajecto habitual por causa delas. Foi o que aconteceu aqui.
Mas compensou. E de que maneira. Hoje a praça pertence, de novo, a quem por lá quer passear. Sem carros a impedir a passagem, com várias esplanadas e com a vista sempre magnifica sobre o Tejo.
Quem vai de barco e sai na Praça do Comércio/Terreiro do Paço, tem oportunidade de a ver em todo o seu esplendor. E, acreditem, é de tirar o fôlego. Pena que nem todos se apercebem disso...
Deixo-vos algumas fotos desta praça para verem como tenho razão:
Ser bibliófila com laivos de bibliomania é, também, gostar de partilhar convosco os livros que leio, as leituras que faço, o que penso ou sei sobre este ou aquele escritor. Acima de tudo é partilhar convosco tudo o que um livro pode fazer por nós.
Nesta minha casa, para além dos livros, falo de tudo o resto. Falo da minha vida, das coisas soltas da vida que povoam o meu quotidiano. Sem amarguras nem fatalismos, com aceitação, simplicidade, ironia e alegria. Com humor – com todo o tipo de humor. E assim continuará.
Mas os livros também eles são a minha casa, para onde regresso sempre e de onde nunca saio. Quando acabo um livro é como se morresse uma parte de mim mas que, logo que pego noutro, essa parte ressuscita mais forte que nunca.
E quando me afasto deles – dos livros, da leitura – pelas incontáveis distracções que me tentam, sinto a ausência dessa presença tão confortável, sinto falta do calor que os livros me transmitem, das vidas que vivo e das viagens que faço. Por isso o afastamento é sempre por pouco tempo.
Os livros são a minha droga, a minha bebida. Sabem a mar, a praia, a sol e a férias. Sabem a Natal, a prendas e a amor. Amor, sim, porque é amor aquilo que sinto por eles.
Pelo amor que sinto por eles, por eles também serem a minha casa, mereciam já um cantinho especial, um espaço só deles. Nasceu hoje, por isso, um espaço que será a continuação deste mas dedicado exclusivamente a livros, leituras, escritores e autores.
Espero a vossa visita no Stone Art Books!
Começou o ano lectivo. Lá em casa são dois a estudar, com dois anos de diferença entre cada um. Agora ela está no 9º ano e ele no 7º ano.
Apesar da legislação dizer que os manuais escolares devem servir durante seis anos (acho que são seis anos) e apesar da diferença entre os meus filhos ser de apenas dois anos, a verdade é que só este ano lectivo pude aproveitar os livros dum para o outro. A razão? Novas metas curriculares ou, em português de gente, novos programas (nalguns casos foi apenas a ordem em que a matéria é dada que foi alterada, levando a que haja novos manuais e, por conseguinte, maior custo para os pais).
Portanto, em livros escolares e para os dois, este ano, gastei “apenas” 238 euros. Quase todos para o 9º ano, ele apenas precisou do livro de Francês, já que a irmã optou, por Espanhol. Considerando que, no ano passado, o custo dos livros escolares para os dois foi de quase 650 euros, fico feliz por ter poupado quase 400 euros.
Quando chega o reembolso do IRS ponho logo algum dinheiro de parte para esta compra. É que a Wook, caso se compre os livros escolares em Julho, oferece um desconto de quase 20% o que, parecendo que não, também ajuda. Fiquei com um vale de quase € 19,00 para gastar noutros livros – e todos sabemos que acabo por os gastar, certo?
Adquiridos os livros escolares, falta o resto. E por resto entenda-se tudo o que é preciso para a escola. Papel cavalinho, papel de fotocópia, papel para dossier, cadernos, réguas, esquadros, transferidores, canetas, lápis, borrachas, afias, reforços para furos, marcadores, máquinas de calcular, micas, dossiers, separadores, mochilas, sapatilhas, ténis e fatos de treino, etc e tal.
Algumas coisas conseguem-se aproveitar dum ano para o outro, outras nem por isso.
As mochilas, ou se compram minimamente resistentes ou, com a quantidade de coisas que eles tem de levar para a escola, acabam por se rasgar com facilidade ou deixam entrar água e estragam tudo o que está lá dentro. Não é preciso comprar a mais cara, mas entre os 20 e 40 euros conseguem-se mochilas resistentes, duráveis e impermeáveis e que, em condições normais, servem mais do que um ano.
O mesmo se passa com os cadernos. Se comprar os mais baratos (e eu fiz a experiência, usei um caderno dos mais baratos profissionalmente e aconteceu-me o mesmo), ao fim dum mês estão rasgados. Gastando mais um euro em cada caderno, compramos mais resistência e durabilidade. São nove disciplinas para cada um, nove euros a mais no material escolar que acabam por compensar por não ser necessário comprar mais até final do ano.
Este ano, como disse, aproveitámos algumas coisas do ano passado mas nem sempre é possível. Juntemos-lhe uma promoção do Pingo Doce e outra da Papelaria Universal e gastamos, para os dois, quase 160 euros. Falta ainda saber que material é necessário para educação visual e tecnológica (a lista só é entregue na primeira aula) e falta comprar os fatos de treino, as sapatilhas e os ténis (como os gaiatos medraram imenso este verão… nenhuma da roupa do inverno do ano passado lhes serve).
O ano passado gastamos bastante mais. Ambos precisavam de mochilas e de máquinas de calcular e, por isso, o custo final ficou entre os 250 e os 300 euros.
Raramente compramos material de marca. Ou, quando compramos, é porque testámos antes o material de marca branca e percebemos que poupamos no momento mas acaba por não compensar até final do ano escolar. É o caso, por exemplo, dos marcadores. Comprando de marca branca, ao fim de dois ou três meses, estão secos, mas comprando duma marca melhorzita (e não precisa de ser a mais cara), gasta-se mais uns euros mas duram até final do ano.
Em ano de exames – foi o caso no ano passado, que ele esteve no 6º e será o caso dela este ano, que está no 9º – há ainda, como opção, os livros de preparação para os exames. Não vi ainda o custo, ainda não decidimos se iremos comprar ou não.
Feitas as contas, este ano e porque aproveitamos os livros dela para ele e algum material do ano passado, já gastamos 400 euros. Faltam os materiais para educação visual e tecnológica, os fatos de treino, as sapatilhas e os ténis para educação física, pelo que o custo final, para os dois, deve ser de cerca de € 500,00.
Feitas as contas, o ano passado, gastamos cerca de € 900,00 (tudo incluído). São dois, logo ficou em € 450,00 para cada um.
Por isso, sei, por experiência, que, quando dizem que os pais – para o ciclo e para o preparatório – gastam, em média, € 500,00 em material escolar, não há grande exagero. Provavelmente foram contabilizadas as coisas que mencionei não se aproveitando qualquer material do ano anterior.
Se descermos à primária… os valores são extremamente mais baixos. Lembro-me que os livros escolares rondavam os 40/50 euros e que o material rondava outro tanto. Na altura também pensava como a M.J. e a Cláudia, que seria um exagero as noticias que falavam nos custos da educação que deveria ser, tendencialmente, gratuita. Depois… bom, depois os gaiatos passaram para o ciclo... e lá se foram as minhas ideias de exagero.
Está extenso este post, mais do que gostaria. Falarei noutro dia sobre as exigências das escolas… assunto que também dará pano para mangas.
Passo dois: colocar os ju..carne na câmara de... Panela
Passo três: desligar o gás quando os gritos parare... *cof* quando tiver passado 40 minutos
Passo quatro: depois bata a carne ate ficar tenra e mande tudo para uma vala..tacho e encha o resto com terr... condimentos
Passo cinco: derreta os judeus diabético até formar uma pasta de caramelo dourada e suave
(em caso de dúvida, leia o que penso sobre Humor negro)
- livros escolares comprados
- material escolar comprado
(e ainda farei um post sobre isto)
- roupa de inverno doada, nenhuma do ano passado serve aos gaiatos
- filho doente
Nada de novo, portanto…
Como já contei, só este mês é que comecei a ver a série televisiva Game of Thrones, baseada nos dez livros escritos por George R.R. Martin, A Game of Thrones – A Song of Ice and Fire (A Guerra dos Tronos - As Crónicas de Gelo e Fogo, em português).
Pois bem, ontem chegamos ao primeiro episódio da quinta e última temporada (pelo menos até agora). Antes do episódio começar festejei (interiormente) o facto de já poder ver esta temporada com legendas (apesar de perceber inglês quase perfeitamente, sou deveras preguiçosa).
Claro está, faltam ainda nove episódios para completar a maratona (houve quem a fizesse em livro nos últimos tempos) mas acredito que posso já fazer este update, uma vez que a minha opinião não deve mudar depois de 41 episódios.
Tenho de reconhecer que os 12 Emmys que a série recebeu esta noite são merecidos. Efectivamente a série é fabulosa, os efeitos especiais, a representação, os cenários… Tudo está perfeito.
Excepto que… eu sei o que vai acontecer a seguir. Sei quem morre, quem sobrevive, os acordos que são feitos ou quem os quebra. Quem se une ou quem se desune. E, apesar de ter acabado de ler o décimo livro em 2012, toda a história está bem fresca – pudera, ninguém está a salvo da morte ou da traição! E saber tudo isto tira imenso entusiasmo à série.
Creio, honestamente, que é ai que reside a história do sucesso da série. O desconhecido. A surpresa, o suspense… Creio que é a primeira série em que as personagens – principais e secundárias, boas ou más – morrem indiscriminadamente, sem pré-aviso e quando mais gostamos delas (das boas, vá).
Sei bem que, no final da quinta temporada estarei em pé de igualdade com quem só viu a série. E que irá sair, em simultâneo com a estreia da sexta temporada, o décimo primeiro livro. Quanto ao livro, confesso que não sei se o comprarei. A leitura do último volume (o décimo) já foi penosa. A sensação que tive, ao longo do livro, é que o escritor estava a tentar arrumar as coisas com sacrifício, só para deixar o mínimo em aberto porque estaria farto – sei que eu estava farta.
Talvez nessa altura, não lendo o livro e vendo a sexta temporada, eu me apaixone pela série televisiva. Para já vejo-a, gosto de a ver, mas sem aquela paixão que outros sentiram.
No blog com... tem hoje a visita da minha querida Neurótika Webb.
Como este blog é de uma escritora, sobre livros e para amantes de livros, vou tentar falar de mim através dos livros da minha vida.
Nasci com alma de artista, e foi por aí o meu caminho. Sou uma apaixonada por todo e qualquer tipo de arte. Apesar das minhas primeiras artes terem sido o desenho e o ballet, os livros sempre foram uma paixão. Acabei a escrever profissionalmente, não livros, mas gostava de um dia me aventurar. Desconfio, no entanto que, vai ser como os meus quadros e os meus desenhos, assim que os acabo, apetece-me mandar tudo ao lixo, acho sempre que posso fazer melhor. Sou a eterna insatisfeita.
Comecei como todas as outras crianças, bem nem por isso, nunca li “Os Cinco”, nem “Os Sete” nem os livros da “Patrícia”, a única saga que li foram os livros das “Gémeas – Colégio das Quatro Torres” da Enid Blyton, talvez porque tivesse um bocadinho a ver com a minha vida na altura.
O primeiro livro “a sério” que li, foi aos treze anos, quando uma das irmãs do meu avô me meteu nas mãos o “Nana” do Émile Zola. Foi o começo da minha jornada pelos clássicos da literatura.
Já na faculdade, há um livro (e um autor) que representa uma mudança no meu gosto pela literatura, “As Formigas” de Boris Vian, um escritor e um dos mais influentes músicos de jazz do movimento surrealista francês. Por essa altura descobri autores como o Milan Kundera, o Mário Vargas Llosa, o Serge Leittz, o Patrick Süskind, o Kafka, entre outros. Já li tantos livros que já nem me lembro…
Tenho um defeito literário, que desconfio que por muitos anos que viva, não vou conseguir corrigir: detesto poesia. Por muito que tente, aquilo aborrece-me de morte…mas também adoro música clássica e detesto ópera.
Mas há um livro, tal qual a casa materna, ao qual todos gostamos de retornar, que releio todos os anos. Sempre na altura de Natal. Eu que nem sou muito dada a dramas, este toca-me particularmente, nem sei bem porquê: “O Monte dos Vendavais” da Emily Brontë.
Ler é celebrar aqueles raros artistas que nos conseguem fazer viajar com a mente e viver aventuras que enriquecem as nossas vidas.
o café está mesmo engatado. Mas acredito que conseguiremos em breve!
Ainda no seguimento do 125º aniversário do nascimento de Agatha Christie, a Rainha do Crime, há alguns factos pouco conhecidos acerca da autora que o Goodreads partilhou com os seus utilizadores e que vos trago aqui hoje.
Depois de trabalhar como enfermeira durante a primeira guerra mundial, Agatha Christie tornou-se assistente de farmácia permitindo-lhe acesso a uma miríade de toxinas. "A morte por envenenamento foi o método que escolhi, provavelmente por estar rodeada de venenos" explicou a autora sobre a sua decisão de incluir estricnina e brometo no primeiro romance publicado, O misterioso caso de Styles.
Infelizmente, as banheiras modernas eram "muito escorregadias, sem um bom apoio de madeira para o lápis e papel," pelo que acabou por desistir deste hábito.
Teve essa oportunidade numa viagem para o Havai com seu primeiro marido, Archie Christie que já praticava bodyboard, tendo-se adaptado muito rapidamente a este desporto. "Fiquei especialista, ou pelo menos especialista do ponto de vista europeu — o momento triunfal do dia era quando mantinha o meu equilíbrio e ia em pé até à costa na prancha."
O culpado? O livro editado em 1941, N ou M . O MI5 ficou incomodado pela inclusão do romance de um personagem chamado Major Bletchley que alegava possuir segredos críticos em tempo de guerra. Questionaram então se a autora se estaria a referir a uma pessoa real, Dilly Knox, seu amigo e um criptoanalista no Bletchley Park. A romancista insistiu que se tratou apenas duma coincidência — "Bletchley? Meus queridos, eu estava presa nessa estação, na viagem de comboio de Oxford para Londres e vinguei-me, dando esse nome a um dos meus personagens menos amáveis." — e o MI5 acabou por terminar a investigação.
No entanto, e para ser justo, a causa da morte foi taxina, um veneno alcalóide que foi colocado na marmelada que a vítima comeu.
A editar dois livros por ano e com um calendário bastante exaustivo declarou: “Sou uma máquina de encher chouriços, uma autêntica máquina de encher chouriços".
A Rainha do Crime sempre afirmou que a sua infância foi "muito feliz", provavelmente pela educação que lhe foi dada pela mãe, que acreditava ser vidente. Apesar de serem católicos, o exoterismo predominava na sua casa.
É apenas mais uma das teorias (e seguramente a mais parva) que tenta explicar o desaparecimento da autora. Na noite de 3 de Dezembro de 1926, após o marido lhe pedir o divórcio, a escritora despediu-se da sua filha com um beijo, meteu-se no carro e, por onze dias, ninguém soube dela. Mais de 15.000 voluntários procuraram na área sem sucesso. Chegou a ser equacionado que teria sido assassinada pelo marido Archie, até que, onze dias depois, Agatha Christie apareceu num hotel em Harrogate, Inglaterra. Este desaparecimento nunca foi explicado.
Agatha Christie escreveu seis romances sob o pseudónimo de Mary Westmacott, incluindo Retrato inacabado, uma história semi biográfica sobre um escritor que tenta suicídio após seu casamento se desmoronar.
Com quase quatro bilhões de cópias vendidas em 103 línguas, ela permanece como a escritora com mais livros vendidos de sempre
Um décimo primeiro facto interessante é que As Dez Figuras Negras foi escolhido como o melhor romance de Agatha Christie numa votação que se realizou no início deste mês de Setembro.
Princesa Mecânica (Caçador de Sombras - As Origens - Livro 3) de Cassandra Clare
Editado em 2013 pela Editorial Planeta
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