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A importância do chip para um final feliz

por Magda L Pais, em 25.11.16

(ou, o que fazer se encontrar um animal perdido)

 

Ontem tivemos direito a um dia diferente. A minha gaiata encontrou uma cadelinha à porta da escola. Muito bem tratada, pelo escovado, um casaquinho de dias mais frios e extremamente dócil, ou seja, com todos os indícios de ser cão de alcatifa e de não ter sido abandonada.

Claro está que a minha pequena (nãotãopequenaassim) não deixou (e bem) a cadela sozinha. A professora entendeu o que se passava e disse-lhe que fosse tentar encontrar os donos em vez de ir à aula que não era grave. E assim foi.

Depois de lhe por uma trela para garantir que não voltava a fugir e de lhe dar água, naturalmente fizemos o mais indicado nestes casos - fomos a uma clínica veterinária para ler o chip onde deveria estar a identificação dos donos para os contactarmos a avisar que a cadelinha estava connosco. Ainda por cima a leitura do chip é um serviço gratuito, ao dispor em todas as clínicas veterinárias.

Só que a cadela não tinha chip...

Portanto, passo seguinte: registar a cadela na base de dados dos animais perdidos no site encontra-me.org. Este site é fantástico e permite que donos e animais se reencontrem com mais facilidade. E, através do site, pode-se imprimir os cartazes que são necessários para a fase seguinte. Espalhar, na zona onde o animal foi encontrado, cartazes com uma foto do animal, que permita a identificação. Os cartazes podem ter os contactos de quem o encontrou ou, em alternativa, indicar apenas o número do anúncio no site. O problema de não indicar os contactos é que nem toda a gente tem acesso à internet. Foi o que fizemos. Imprimimos várias cópias do anuncio, com o meu telemóvel e o email, e a piquena, mais a cadelinha, foram distribui-las.

Foi importante a cadelinha ir porque podia alguém passar por elas e conhecer a cadela. Neste caso não resultou, ninguém na zona onde foi distribuído o anúncio conhecia a cadela.

Passo seguinte. Fazer um post no facebook e distribuir por várias páginas. Associações de apoio aos animais e canil municipal incluídas e pedir que seja partilhado até à exaustão. Enviar fotos do animal para todas os veterinários que actuem na área onde o animal foi encontrado. Avisar a PSP/GNR de que encontramos um animal perdido não fosse dar-se o caso dos donos ligarem a dar conta de o terem perdido.

Pelo meio, levamos a cadelinha à clínica que acompanha as nossas patudas para uma segunda tentativa de leitura do chip. Pode acontecer não ser lido num lado e ser lido no outro.

Quando chegamos a casa, fui ver, no facebook, se alguém tinha comentado alguma das partilhas. E não é que tinha? A dona estava desesperada à procura desta cadelinha desde as 10h30 da manhã. A minha filha encontrou-a por volta das 10h45 o que significa que a Geraldina apenas esteve sozinha 15 minutos. Passou em zonas de trânsito e felizmente não foi atropelada. Teve sorte. Muita sorte. Porque alguém - a minha filha - percebeu que ela estava perdida, porque a professora a deixou sair da escola e não ir às aulas para procurar os donos e porque não foi atropelada.

Menos de 12 horas depois, a Geraldina estava com a sua dona em casa, calculo que ambas bastante felizes pelo reencontro. Que poderia ter acontecido menos duma hora depois da cadela se ter perdido se ela tivesse chip...

E é acima de tudo isto que recomendo a todos os donos de animais. Coloquem-lhes chip. Mesmo que andem sempre com trela, que achem que não podem fugir e que estão controlados. Mesmo que sejam gatos que não saiam de casa. Façam-no, não porque é obrigatório por lei, mas para que, caso se percam - e acreditem que acontece imensas vezes - possam voltar rapidamente para casa. É que nem todos tem a sorte da Geraldina.

Se encontrar um animal perdido na rua, saiba aqui o que fazer, com mais pormenor.

 

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Já participaram no Passatempo aniversário?

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Passatempo aniversário

por Magda L Pais, em 24.11.16

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Atenção pessoal do Barreiro

por Magda L Pais, em 23.11.16

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Podem ajudar a divulgar por favor? esta cadelinha foi encontrada no Barreiro, mais concretamente da zona da escola Padre Abílio Mendes/Augusto Cabrita. Aparenta estar perdida. Está muito bem cuidada, limpinha e com uma tshirt. Neste momento está connosco e não tem chip. Ajudem a divulgar para se encontrar os donos por favor.

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48 update

por Magda L Pais, em 16.11.16

Ora então, e no seguimento daqui, hoje tive a reunião com o conselho directivo para resolver a questão fulcral: porque é que o meu filho tem faltas a educação física se ele calça o 48 e não se encontram sapatilhas para ele?

Conhecendo-me como conheço (ao fim de quase 47 anos convém que nos conhecemos a nós próprios) eu sei que ainda me vou rir da conversa surrealista e idiota que tive. Porque essa é a única solução, seguramente.

Lá tentei explicar que sim, que tenho procurado em todo o lado, sites portugueses, alemães, americanos. Que o moço não sai ao resto da família e que gosta de desporto. Que também não há muitos modelos de meias para este número, que não fui à escola antes porque contava com o bom senso da professora (que já se percebeu que não tem), que falei com a directora de turma e que enviei recados na caderneta e que não percebo a razão das faltas quando toda a gente envolvida sabe do que se passa pelo que, mesmo que acabe por encontrar uma solução, as faltas tem de ser retiradas.

Irredutíveis! Professora de educação física e directora da escola.

Porque, resumindo, eu sou mentirosa porque há de certeza sapatilhas nº 48 ou mais ainda. E sou descuidada com a educação do meu filho porque só agora é que fui à escola falar sobre o assunto. Além disso, o gaiato não quer é fazer educação física e estava na altura dele ter uma atitude positiva em relação à escola e à educação física. E quem está irredutível sou eu que não aceito as sugestões da escola para resolução do problema.

E que soluções são essas? usar as sapatilhas que usou do ano passado (e que são nº 45!) porque a professora experimentou no pé dele e, apesar do rapaz dizer que apertam, ela diz que mete o dedo à vontade no pé. Em alternativa, arranjar meias grossas do número dele e aplicar-lhes o antiderrapante que se usam para os móveis.

Confesso que esta última solução me fez rir. Porque sim, faz todo o sentido... (#soquenao).

Estava com muita vontade de amanhã ir direitinha ao Ministério de Educação. Porque, acima de tudo, me preocupam - mais que a avaliação ignorante que foi feita do meu papel de mãe - as faltas do pequeno. Falei entretanto com a directora de turma que vai tentar falar novamente com a professora de educação física para que as faltas sejam retiradas, arranjando-se uma solução de compromisso para ambas as partes (até porque as ditas sapatilhas só são usadas enquanto tiverem ginástica de aparelhos, que será mais umas semanas). Se as faltas forem retiradas, dou por encerrado o problema. Se não... bom, irei mesmo até às últimas consequências.

Entretanto, e com a ajuda de pessoas espectaculares, consegui encontrar sapatilhas nº 48 na Amazon Alemã. Estão encomendadas e chegam daqui a aproximadamente 15 dias. Vou gastar quase 30 euros divididos assim:

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Que é, como quem diz, que as sapatilhas custam € 8,92 e os portes € 20,92. E a pergunta fica: e se eu não pudesse gastar este dinheiro?

 

 

 

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48

por Magda L Pais, em 11.11.16

48 é número que um jovem que tem 85 quilos e 13 anos calça. É o número que o meu filho calça. Tem pé para dormir em pé, sem esforço de maior.

O que é um esforço é encontrar, agora, sapatos que ele possa calçar. Até há dois números atrás era relativamente fácil, agora só alguns modelos e, naturalmente, os modelos mais caros.

Mas tudo bem, desde que haja sapatos para o rapaz calçar, a coisa faz-se e, com maior ou menor esforço financeiro, lá se arranja maneira dele não andar descalço e até de ter ténis específicos para ir ao ginásio como ele tanto gosta.

E tudo estaria bem... se não fosse precisar de sapatilhas (modelo abaixo) para fazer as aulas de educação física no pavilhão da escola.

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Aqui é que a porca torce o rabo. O tamanho maior que encontrei (após procura exaustiva nas lojas de desporto físicas e on line) é o 45. Três números abaixo do número que o gaiato calça e, portanto, não servem.

Ou, pela lógica, não servem. Mas parece que a professora de educação física do meu filho acha que calçar sapatilhas nº 45 é perfeitamente aceitável para quem calça o 48. E não aceita, de modo algum, que sejam usados outros ténis para fazer ginástica no interior. Não quer abrir precedentes, diz ela. Já lhe explicamos que não há outra forma e a resposta da senhora foi brilhante: se não há, mandem fazer. Achará a senhora que me saiu o euromilhões e que posso suportar o custo de mandar fazer sapatos para serem usados uma dúzia de dias ou, até, que é assim tão fácil mandar fazer sapatilhas?

Acredito que, quem não conhece o gaiato tem dificuldade em perceber o tamanho do pé dele. O tamanho 48 corresponde a 33 cm. É muito? é! podia ser mais pequeno? podia. Mas não é. E não há nada que se possa fazer quanto a isso. O miúdo não tem culpa de ser grande e de ter um pé enorme. Que ainda está a crescer (aqui há dois meses ele calçava o 47).

À conta dum pé grande, o meu filho está a ter faltas e recados na caderneta. Porque a professora está a ser obtusa e não percebe que, quem calça o 48, não tem acesso aos mesmos sapatos que os outros.

E sim, a directora de turma já falou com ela várias vezes sobre o assunto e a professora não desarma. Estou, neste momento, a aguardar o contacto da directora da escola que, espero eu, ponha um ponto final nesta história. Se não o fizer... bom, segue-se, seguramente, queixa para o ministério da educação. O rapaz é que não pode ficar prejudicado por ser grande!

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(vamos mazé rir disto para não panicarmos)

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Mais do que admirada pela vitória de Trump, admira-me que, entre mais de 325.000.000 habitantes, tenham sido reduzidos a estes dois, tornando a escolha entre o menor dos males em vez do melhor dos bons.

Qualquer que fosse a vitória, hoje seria sempre o primeiro dia do resto das nossas vidas. Vamos ver como corre. Esperar pelo pior, desejar o melhor. Estaremos algures pelo meio

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Solidariedade de sofá

por Magda L Pais, em 02.11.16

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Nunca, como hoje, houve tantos pedidos para ajudar esta ou aquela causa. São os pobres, os refugiados, os migrantes, os animais, os estudantes, os desempregados, etc e tal. Causas que entram pela nossa casa dentro, em forma de apelo, partilhados vezes sem conta no facebook por almas que procuram ajudar quem delas precisa. 

Mudam-se as fotos de perfil, partilham-se fotos de um qualquer desgraçado (ou duma criança doente), um like aqui em nome de Deus, uma partilha ali que alguma entidade dará dinheiro. Apela-se ao coração e à partilha, por tudo e por nada. E fazemo-lo. Porque somos bonzinhos, porque assim ajudamos e ficamos, com a partilha, de consciência tranquila. Achamos - vá-se lá saber porquê - que partilhar um apelo ou mudar uma foto vai fazer a diferença a quem realmente precisa de ajuda.

A Movimento Animal precisava (e precisa de ajuda). E eu quis ajudar. Ajudei com um donativo mas achei que podia fazer mais. Não sou solidária de sofá, sou-o na prática. Não mudo fotos de perfil, sei que partilhar uma foto não vai fazer a diferença e não apelo em vão à ajuda. Mas ajudo - na maior parte das vezes, sem fazer alarido - as causas que me interessam.

Em nome da ajuda à Movimento Animal, organizei um passatempo solidário, ao qual dei o nome de Passatempo solidário Pilar porque a Pilar foi uma cadela que foi socorrida por eles depois de ter estado ao pé de mim e pela qual pouco ou nada pude fazer. Um livro (cujo custo é de € 14,90) e um suporte (€ 3,50). A única condição para inscrição nesse passatempo era que fosse feito um donativo para a Movimento Animal. Valor mínimo: € 2,00.

O post foi lido por 420 pessoas. Se cada uma das pessoas que leu o post tivesse doado 2 euros, a Movimento Animal teria arrecadado € 840,00. Uma excelente ajuda para uma associação que está a começar o seu trabalho e que, mesmo assim,  já tem 40 animais a seu cargo. O saldo do passatempo? € 30,00 dividido por quatro participações. Mais uma doação de alguém que tem o livro e o suporte e, por isso, não quis concorrer.

Se calhar as pessoas não se identificaram com a causa, dizem-me. Estranho... é que o post foi partilhado em páginas de apoio a associações de apoio aos animais, onde, suponho, a maior parte das pessoas que lá andam sejam fãs de animais. Partilharam sim. Porque pensam que basta partilhar os pedidos e ficam de consciência tranquila.

O problema, caros solidários de sofá, é que não se pode fazer compras com partilhas de posts. E não se evitam mortes por partilhar os apelos. Nem por mudar a foto de perfil.

Não pensem que quero cobrar ajudas (para a Movimento Animal ou qualquer outra associação) ou obrigar quem quer que seja a doar dinheiro (que, muitas vezes, é contado para chegar ao fim do mês). Quero apenas que reflictam no que podem, efectivamente, fazer porque, quem precisa, precisa de acções efectivas e não de partilhas inócuas (apesar de, obviamente, ajudarem a que os apelos cheguem a mais pessoas). E essas acções podem passar por tanta mas tanta coisa que a doação dum valor monetário é apenas uma ínfima parte da ajuda que podemos dar.

A boa notícia? a Biblioteca de Fajã de Ovelha continua a crescer. E podemos todos continuar a ajuda-los. Vamos continuar a alimentar uma biblioteca?

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