layout - Gaffe
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Quando começamos a viver juntos - eu e o maridão - as tarefas domésticas eram divididas entre os dois. Depois vieram os filhos. E tratar dos filhos foi, desde o primeiro momento, tarefa... dos dois. Só assim fazia sentido, naturalmente.
Quando as crianças começaram a crescer, tivemos a preocupação (entre todas as outras claro) de tentar perceber como é que os haveriamos de ensinar a terem responsabilidades e a serem responsáveis?
Começamos então a dar-lhes tarefas domésticas. Adaptadas, claro, à idade. Hoje, com 13 e 11 anos, os meus filhos são responsáveis por: por/levantar a mesa, levar o lixo para a rua, passear e alimentar as cadelas, limpar as gaiolas e alimentar os coelhos. A Maggie já vai pedindo para cozinhar uma ou outra refeição (e até cozinha bem, ao contrário da mãe)...
No último teste de português que a minha filha fez, foi-lhe pedido que reflectisse sobre o seguinte tema: as tarefas domésticas devem ser partilhadas pelos homens e pelas mulheres. E esta foi a resposta que me deixou orgulhosa, felicíssima e sem palavras:
Eu concordo com a divisão das tarefas mas acho que essa não devia ser a maior preocupação de agora.
Os homens e as mulheres partilham as tarefas domésticas, sim, mas então e aqueles com filhos? Nos casais com filhos as tarefas domésticas deveriam ser distribuídas por todos, não apenas pelo homem e pela mulher. Há casos em que os pais são "escravos" dos filhos e estes não fazem a ponta "d'um corno". E eu não acho que isso esteja certo porque eles não aprendem a desenrascar-se sozinhos e transformam-se nuns pirralhos mimados que ninguém tem paciência para aturar. E como se isso não bastasse, ficam dependentes dos pais para tudo.
Voltando ao assunto dos homens e das mulheres, a realidade está alterada sim e há mulheres com cargos muito importantes e homens que são dependentes das suas mulheres. Mas eu não gosto das observações criticas que algumas mulheres recebem por ficar em casa e fazerem as tarefas domésticas. Alguns homens também são criticados pela mesma razão e eu acho que isso não está certo. As pessoas deviam poder fazer o que quisessem com a vida delas, sem terem ninguém a criticar.
Sim, estou orgulhosa. Sim, estou uma mãe babada. Sim, estou inchada que nem um peru em véspera de Natal. Mas acho que tenho razão para isso!
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