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Doença de Crohn e médicos

por Magda L Pais, em 03.03.15

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Ir ao médico quando se tem a Doença de Crohn (como é o meu caso) é, muitas vezes, fonte inesgotável de desespero.

Para quem não sabe, a Doença de Crohn é uma inflamação crónica da parede do intestino e da qual eu padeço numa forma ligeiríssima, felizmente. Aliás, nos últimos anos nem sequer preciso de tomar medicação, só tenho de ter alguns cuidados básicos com o que ingiro.

E no que ingiro, inclui-se a medicação. Eu sei que há medicamentos que não posso tomar, como a Aspirina e o Nimed. E sei que, sempre que vou a algum médico, tenho de informar que tenho esta doença - ainda que ligeirinha - porque há medicamentos que me podem fazer mal. E é isso que eu faço. 

O ridículo é chegar a um consultório médico, seja com aquilo que for, ser observada e quando o médico vai passar a receita, eu informar que tenho esta doença e a resposta ser, quase sempre

ahhh e então, que medicamento quer que lhe passe?

 

como se eu fosse a médica e ele o doente. Faz sentido, certo? sou só eu que estou a ser muito miudinha, não é?

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41 comentários

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Aerdna a 03.03.2015

Infelizmente encontramos de tudo. E é verdade, alguns médicos não se sabem expressar. Outros estão na profissão por tradição familiar, por prestigio e até por dinheiro, por tudo menos por vocação e gosto. Isso também explica o porquê de se levar tanto tempo a conseguir um diagnòstico.


Na verdade, a doença uma vez diagnosticada e acompanhada é relativamente fàcil de levar, mas enquanto esperamos pelo diagnòstico pode ser um inferno.


No meu caso também fiz intolerância à lactose, mas como não sabia ingeria iogurtes porque todos me diziam que faziam bem aos intestinos. Hoje posso comê-los se não abusar.


Hoje em dia, estou medicada. Tentei fazer o tratamento biològico (infliximab) durante 2 anos, mas o sistema imunitàrio ressentiu-se e tive de parar. Mas sò elimino certos alimentos da minha dieta em caso de sintomas, que hoje em dia identifico como uma profissional, de resto tento comer o mais variado possìvel. Mas fiz mudanças radicais na minha vida, como estabelecer rotinas de sono, horas de comer, ter o cuidado de me manter hidratada e outros pequenos gestos que havia perdido com a entrada no louco mundo da rotina do trabalho.


Em Portugal, sempre fui seguida pelo mesmo médico na Gastro dos HUC, e sò tenho que agradecer. Agora em França, continuo a ser acompanhada por uma médica e até agora não tenho nada a apontar.


Obrigada por partilhar a sua experiência. Estas partilhas são muito importantes para os que acabaram de receber o diagnòstico. Lembro-me que de inicio devorei informação.


Saùde.
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Magda L Pais a 04.03.2015

nunca mais comi iougurtes ou sumo de laranja. Só de pensar nos sintomas que tive fico logo sem vontade. Uvas e alho francês tambem foram banidos da minha alimentação (as uvas com imensa pena porque adoro) mas tenho muito medo de ter os sintomas e por isso não como.
Nós somos as melhores pessoas para saber o que podemos, ou não, comer. Muita gente estranha quando eu digo que mais depressa bebo um copo de coca cola do que um copo de sumo de laranja, mas a verdade é que o mal que a coca cola me faz não é nada comparado com o que sentia e sofria depois dum copo de sumo de laranja.
Na medicina, como em tudo, há bons e maus profissionais. Se bem que acho que a dificuldade em diagnosticar esta doença tem muito a ver com o facto dos sintomas serem diferentes de pessoa para pessoa e serem muito semelhantes a outras doenças.

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