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Vi, aqui à momentos, uma noticia (nem sei bem onde) que dava conta que há quem esteja a pedir que as cinzas de Nicolau Breyner sejam colocadas no Panteão Nacional.
Faz sentido. Aliás, já fez sentido que Eusébio fosse para lá, agora vai o Nicolau. E a seguir vai o Mário Soares, depois Eunice Muñoz e a seguir a Lídia Jorge. Segue-se Júlia Pinheiro e ainda Cristina Ferreira. E Teresa Guilherme e José Carlos Malato mais Passos Coelho e Sá Carneiro.
E já agora o Zé dos Plásticos, o Ti Manel das Iscas e a Balbina. E eu que pago os impostos a horas e a minha mãe que é uma mulher fantástica e o meu avô - o primeiro homem que amei, a par e passo com o meu pai que, já agora, também lá merece um lugar.
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Tenho todo o respeito e consideração por Nicolau Breyner assim como tinha por Eusébio mas acho que se está a vulgarizar a ida para o Panteão. Supostamente o Panteão acolhe os túmulos de grandes vultos da História portuguesa mas a verdade é que, neste momento, já não se percebe bem que critério leva a que os túmulos lá seja colocados. Aliás, no caso do Eusébio nem sequer passou o tempo que é suposto o caixão estar enterrado e, no caso do Nicolau, as cinzas ainda nem sequer arrefeceram.
E temos ainda o problema do espaço. O Panteão é um espaço limitado. Vão passar a obrigar os grandes vultos (ou mesmo só os vultos...) da história portuguesa a optarem pela cremação? ou será que vão arranjar uma grande távola redonda que vá rondando e mostrando os caixões à vez? Ou fazem-se umas prateleiras até lá cima e metem-se os caixões por ordem alfabética e com um elevador panorâmico? Também se pode ter, na entrada, um chapéu com cartões e cada turista pode tirar do chapéu quatro ou cinco cartões correspondentes aos quatro ou cinco túmulos que pode ir ver.
Será que sou a única a ver o ridículo a que estamos a chegar?
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