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O meu livro favorito de 2014

por Magda L Pais, em 08.12.14

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Falar do meu livro favorito de um ano qualquer é sempre uma tarefa inglória. Por norma gosto de todos os livros que leio e tenho muita dificuldade em dizer qual foi o melhor. Ou então acabo por dizer que o último livro que li é o melhor de todos os anteriores.

Está a terminar o ano de 2014 e este ano, de acordo com a minha página do Goodreads, li 41 livros. Não vou dizer que gostei de todos da mesma maneira, mas, de uma forma ou de outra, gostei de todos.

Mas, quando os nossos queridos sapinhos me convidaram a escolher o meu livro favorito de 2014 para o especial fim de ano do Sapo Blogs, não tive, ao contrário do que teria acontecido em anos anteriores, um único momento de hesitação e nem sequer considerei que seria inglório, ao contrário do que seria expectável.

E porquê?

Porque este ano tive a oportunidade de ler a trilogia O Século de Ken Follett - A Queda dos GigantesO Inverno do Mundo e No Limiar da Eternidade - que são, seguramente, os melhores livros que li nos últimos anos.

Ken Follett é o meu escritor favorito. Cada livro dele conquista-me da primeira à última página - entre o enredo, a construção das personagens, a maneira de escrever, os diálogos - tudo, nos livros deste escritor, é de excelência. Mas, como já disse anteriormente, nos posts que fiz sobre estes livros, nesta trilogia, supera-se a si próprio.

Esta trilogia pretende - e consegue - recriar a história do século XX que foi tão pródiga em acontecimentos marcantes (alguns pela negativa) para a humanidade - desde a primeira guerra mundial (no primeiro livro), à eleição de Obama (epílogo do último livro), passando pela crise dos mísseis de Cuba, o movimento Hippie, a queda do comunismo, entre outros tantos acontecimentos.

Nestes livros acompanhamos a vida de três gerações de cinco famílias de cinco nacionalidades diferentes - as personagens criadas por Ken Follett - que interagem com várias personagens reais, tanto em situações reais como em situações imaginárias, sempre com respeito pelo rigor histórico. O autor explica, na nota final do primeiro livro, como traça a linha divisória entre a história e a ficção:

A regra que aplico é a seguinte: Ou a cena aconteceu, ou poderia ter acontecido; ou as afirmações foram feitas, ou poderiam ter sido feitas. E se encontrar alguma razão que impeça que a cena tivesse ocorrido na vida real, ou que uma dada afirmação tivesse sido feita - se, por exemplo, uma personagem se encontrava no estrangeiro nesse momento - elimino-a.

E é esta regra simples, conjugada com a qualidade da escrita que já me habituei com Ken Follett e com o intenso trabalho de pesquisa e investigação que foi necessário para escrever estes livros, que tornam estas 2784 páginas nos meus livros favoritos de 2014, se não dos últimos anos.

Quando fechei o último livro foi necessário fazer o luto desta trilogia. A qualidade do que li não podia, não devia, ser manchada por outros livros. Tive de a digerir bem e de abrir a mente para os livros seguintes.

Mais tarde, daqui a uns dois ou três anos, quero voltar a ler estes livros. E isso, a releitura, está guardada para os melhores entre os melhores – que é onde esta trilogia se encontra.

 

(mais uma vez obrigado aos Sapinhos por terem escolhido o meu blog para o especial fim de ano)

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1 comentário

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Mar Português a 09.12.2014

Ainda não li Ken Follett, mas está na minha lista. O meu favorito foi, por acaso, o último que li: Americanah. Um destes dias escrevo sobre ele.

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