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Aquele momento...

por Magda L Pais, em 17.06.16

Em que entras num táxi, a rádio está com o som baixinho e, de repente, começas a ouvir o taxista... primeiro a murmurar qualquer coisa e depois a cantar. Com uma boa voz para escrever à máquina...

E foi a viagem toda assim.

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Coisas de condomínios #1

por Magda L Pais, em 13.04.16

Numa empresa duma pessoa conhecida foram enviados os pedidos de pagamento das quotas de Abril, sendo que, nos avisos, constava:

- 4º prestaçao do orçamento

- 4º prestação do fundo de reserva

Receberam de resposta dum condómino:

Não percebo porque estão a pedir a quarta prestação das quotas se estamos em Abril!

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'tou baralhada!

por Magda L Pais, em 31.03.16

A semana passada mandei um email a vários condóminos com a acta e alguns documentos.

Em resposta, um deles mandou-me um email a pedir que lhe enviasse tudo em papel. E eu, bem mandada, imprimi tudo e mandei em papel.

Acabo de receber um telefonema do senhor a discutir comigo porque estou a mandar as coisas em duplicado, que já me tinha dito que só queria as coisas em papel e que não percebe porque estou a mandar as coisas em papel (sim, sim, foi exactamente assim) e que não sabe se eu recebi a carta a dizer que quer tudo em papel porque o email é muito confuso.

Tentei explicar-lhe que estava apenas a fazer o que ele me tinha pedido, a enviar em papel o que tinha enviado por email... ao que ele me responde: não está a perceber, eu quero tudo em papel, não quero nada por email. Sim, eu sei, foi o que eu fiz - mandei em papel.... E vai e ele responde: ou eu me estou a explicar mal ou a senhora não está a perceber.

Tentei outra vez: eu enviei-lhe a acta e alguns documentos em papel porque o senhor me pediu que queria tudo em papel e não queria por email. E ele: mas não está a perceber!

Desisti!

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Aquele momento...

por Magda L Pais, em 02.03.16

em que pedes a uma cliente que te mande as instruções por escrito e ela responde:

 

mas escrever custa-me muito porque estou aqui com uma dor grande nas pernas

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E como é que ela (a médica) sabe que o que tenho é uma dor muscular se não me mandou fazer um RX?

Obviamente que o facto de terem estudado uns anos valentes não lhes dá a capacidade de fazerem diagnósticos nem de perceberem o que é uma dor muscular...

Veja lá que estou aqui cheia de dores de cabeça e com a tensão alta. Esta manhã também me doeu mas eu pedi à minha vizinha que me tirasse o mau olhado. E olhe que tinha. Mas o mau olhado nunca me aconteceu à noite, agora deve ser outra coisa.

Naturalmente que as dores de cabeça de manhã são do mau olhado. À noite vai-se ao hospital...

Só mesmo a força dum homem é que conseguia agora mexer esta cadeira de rodas

Claro que sim, principalmente se a pessoa que a está a tentar mexer estiver a empurrar no sentido da porta....

 

E ainda:

 As bolachas que servem aos doentes sabem lindamente quando estamos esfomeados porque não jantamos.

 Se um médico estiver com dificuldade em falar... é ele que vai ter de chamar os doentes com os nomes mais esquisitos e é ele que vai ter o microfone avariado.

 

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Pedro e o lobo

por Magda L Pais, em 05.11.15

Lembram-se da história de Pedro e o Lobo? Um conto infantil, escrito por Sergei Prokofiev, e que nos traz a história de Pedro, um pequeno pastor que vivia afastado dos outros meninos da aldeia onde vivia. Um dia Pedro, por se sentir sozinho, resolve chegar à aldeia e dizer que vinha um lobo a caminho para comer os animais. Toda a aldeia se mobiliza contra o dito lobo… que não aparece. Pedro tinha mentido porque queria atenção. Chamado à atenção promete não voltar a fazer. Só que foi sol de pouca dura e pouco tempo mais tarde volta a repetir. Grita que vem um lobo a caminho, a aldeia junta-se em defesa dos seus animais… mas de lobo nem sinal. Mais uma vez Pedro é repreendido pela sua atitude e compromete-se a não fazer. Só que fez. Fez mais uma, mais duas…. Até que, um dia, um lobo aproxima-se mesmo do rebanho que Pedro guardava. Pedro, assustado, corre até à aldeia a pedir ajuda… mas ninguém na aldeia acredita nele. Acham que é mais uma mentira de Pedro para chamar a atenção. Quando Pedro volta para o seu rebanho, já a alcateia tinha matado quase todo o rebanho.
Num só conto Prokofiev traz-nos várias lições de moral. Primeiro que não devemos mentir. Se mentirmos, um dia podemos dizer a verdade e ninguém vai acreditar em nós. Por outro lado, e mais grave ainda, é quer chamar a atenção para nós próprios em detrimento de tudo o que nos rodeia. Um dia essa necessidade de chamar a atenção pode levar-nos a perder todo o que temos.
Um conto antigo, mas intemporal.
Vejamos vários exemplos de como esta história devia ser interiorizada por todos, sem excepção.
- Vou deixar de cantar - Sou fã de Pedro Abrunhosa. Nos seus primeiros tempos, fui a quase todos os concertos dele. Num dos concertos Abrunhosa anunciou que ia deixar de cantar e que o último concerto que ia dar seria no Terreiro de Paço, uns meses mais tarde. Nos tempos que se seguiram a este anúncio, os fãs foram enviando cartas (que ele publicou), foram feitos vários pedidos para que continuasse, enfim, as atenções centraram-se nele. Fui ao concerto anunciado como último e a última frase que ele disse foi – Adeus e até sempre. Ficamos convencidos que tinha sido o último mesmo. Ora bem, isto passou-se há mais de dez anos e, de lá para cá, já saíram mais dois ou três cd’s de Pedro Abrunhosa. Se hoje ele voltar a dizer que vai deixar de cantar… acham que alguém vai acreditar?
- Vou cortar os pulsos – A primeira vez que é dito, amigos e familiares ficam em cuidados, tentam perceber porquê, tentam demover, dar apoio… em suma, dão atenção. Se as ameaças inconsequentes se mantêm, aos poucos, e porque também tem vida própria, com os seus próprios problemas, amigos e familiares deixam de ligar… até ao dia em que até pode ser verdade e já ninguém vai ouvir.
Quem me conhece sabe que uso, com frequência, a seguinte expressão – vou ali matar-me, já volto. Digo-o sempre que estou irritada, com algum problema que, numa primeira análise, é complicado, ou quando vejo coisas que me deixam com comichão na ponta da língua. É claro que, se volto depois, é porque não me vou matar. Certo? Todos sabem disso e até há quem me responda – vai lá que eu espero aqui. Não demores.
Respeito-me demasiado para fazer ameaças que não pretendo cumprir. Aliás, respeito-me demasiado para não fazer ameaças, ponto final. Quando tomo uma decisão, tomo-a em plena consciência e não aviso. Faço. Respeito-me. Respeito‑vos. E tomada a decisão, não volto atrás. Posso arrepender-me. Mas fi-lo e assumo as minhas opções. Sem histórias. Sem invenções. Sem mentiras. Mesmo que não acreditem em mim. Em suma, não sou o Pedro nem vejo lobos onde não os há. Não quero, não creio e nem aceito os Pedro´s desta sociedade de lobos solitários...

 

(texto escrito e publicado aqui em Novembro de 2008 e que ainda é tão, mas tão, actual

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Chapéus (de chuva) há muitos

por Magda L Pais, em 10.10.15

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Sua palerma...

Quem te manda a ti, Magda Maria (sem Maria) sair de casa, em dia de chuva, sem chapéu? ainda para mais, sua idiota, espreitaste pela janela da cozinha e percebeste logo que, apesar de, no Barreiro, estar apenas a chuviscar, as nuvens por cima de Lisboa anunciavam chuva e daquela que molha parvos e menos parvos.

Ora se viste isso tudo, explica-me lá porque raio saíste de casa ligeirinha, sem chapéu de chuva?

Não tens resposta, não é? Pois... e depois queixaste que te molhas, que ficas encharcada, que te constipas... e que gastas imenso dinheiro em chapéus de chuva que ficam espalhados pelos quatro cantos porque te acabas por esquecer onde os deixas!!!!

Toma juízo, 'pariga, toma juízo que o Inverno está a chegar, a chuva também e vê se te habituas a andar de chapéu. É que, se não te habituares, quem vende chapéus agradece mas a tua carteira não!!!

 

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Uma (má) tarde nos tribunais

por Magda L Pais, em 08.10.15

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Depois de, na semana passada, ter estado umas horas nos Julgados de Paz de Lisboa à espera de quem não prometeu vir, ontem foi dia de ir ao Campus da Justiça, em Lisboa, para uma audiência preliminar onde se pretendia ouvir ambas as partes dum processo com vista a um entendimento de modo a evitar o julgamento.

Não, eu não sou advogada. Sou mais testemunha profissional. Até já pensei em colocar essa faceta no meu curriculum. Por causa da minha profissão é-me pedido, diversas vezes, que testemunhe por uma das partes e eu acedo sem problemas. Se bem que, depois da aventura da semana passada e da aventura de hoje, começo a ter alguma irritação com isto.

Bom, audiência marcada para as 14h, às 13h45 chegou uma das autoras, às 13h55 cheguei eu e o advogado. Em cima da hora mas só tínhamos de entrar no edifício, subir no elevador e estávamos no sitio.

O prédio tem segurança, claro e nós entregamos os documentos de identificação ao jovem que lá estava que, muito solicito, nos disse que nos devíamos dirigir ao segundo piso e aguardar a chamada. 

E nós lá fomos para o piso indicado - o segundo. 

Chegados lá, pegamos na notificação e mostramos a um funcionário que nos disse - é só aguardar que já chamamos.

Tudo tranquilo até aqui.

Lá nos sentamos e fomos conversando. Nada de aparecer a contraparte, o que achamos estranho mas pronto. Fomos ouvindo algumas chamadas para julgamento, e quando chegou as 14h30 achamos que já era coisa para ser um bocadinho demais. Mas como não estavam funcionários à vista, deixamo-nos ficar. Afinal, quer o segurança quer o funcionário já nos tinham dito que era esperar a chamada.

Às 15h achei que já era espera a mais. Peguei na convocatória e fui em busca dum funcionário. Encontrei uma no andar de cima. E lá expliquei que estava no segundo piso desde as 14h à espera duma audiência mas que não nos chamávamos. A senhora olhou para o papel, olhou para mim e disse-me: mas isto é no sexto piso, porque é que estava no segundo?

Paniquei!

Fui buscar quem estava no segundo - advogado e a autora - e lá fomos os três para o sexto andar. Não em corrida mas quase. Lá chegados fomos informamos que, pois que sim, mas enfim, o senhor doutor juiz deu por encerrada a diligência, tem de fazer um requerimento a justificar a falta.

Justificar a falta?? mas se nós não faltamos, chegamos a horas, só que fomos mal encaminhados!

Poupo-vos as discussões que começaram nessa altura e só acabaram quando saímos do campus da justiça às 16h15. Tivemos de ir pedir ao segurança uma declaração com a hora a que chegamos. Depois essa declaração tinha de ser assinada pela secretaria do sexto piso que se recusou porque nós tínhamos ido primeiro ao segundo. Depois que, no segundo, e a custo, aceitaram assinar a declaração, voltamos para cima e não queriam aceitar os documentos porque tinha de ser pelos mecanismos normais (citius). Acabamos por conseguir entregar os documentos em mão e agora é esperar que o juiz agende nova audiência. Se assim o entender...

No final do mês vou a outro julgamento. Desta vez no Palácio da Justiça. E sempre ouvi dizer que não há uma sem duas, nem duas sem três. Até tremo de pensar que seca vou apanhar e que raio irá acontecer por lá...

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Em actualização

por Magda L Pais, em 05.08.15

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Na maior parte dos casos, eu percebo bem quando uma noticia num site dum jornal está em actualização. É porque não se tem as informações completas, o número de mortes continua a aumentar, está-se a aguardar que os deputados votem, etc e tal. 

Agora neste caso... Que actualização estão à espera? que a Ana Hatherly volte do além? que alguém diga que Morreu Ana Hatherly, há um morto a lamentar?

Senhores, a senhora está morta! e não há actualizações possíveis a esse estado...

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Carta ao meu nariz

por Magda L Pais, em 13.07.15

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Caro Nariz

apesar de estarmos juntos à mais de 16.436 dias - por isso acredito que te posso tratar por tu - esta é a primeira vez que te escrevo.

Quase desde sempre que me lembro de, de vez em quando, me deixares assim. Fosse no Verão ou no Inverno, na Primavera ou no Outono, a verdade é que eu, tu, e os lenços de papel, sempre fomos inseparáveis. Uns dias mais que outros, mas a verdade é que passavam sempre alguns dias, muitos, entre cada vez que me dizias - Estou aqui, não te esqueças de mim. Sem saberes, claro, que nunca me iria esquecer, já que, sem ti, não poderia respirar. E sabes, habituei-me de tal modo a respirar que já não vivo sem isso. Manias, que queres. Com esta idade já posso ter manias, não é?

Mas, se era só de vez em quando que me pregavas partidas e pedias toda a minha atenção, agora a verdade é outra. São raras as vezes em que não me fazes andar a gastar lenços de papel como se não houvesse amanhã, a tomar anti-histamínicos constantemente e a precisar de usar gotas para te desentupir. Alturas há em que penso pegar em dois tampões e meter um em cada narina para apanhar a aguadilha que cai sem dar sossego, seja de dia seja de noite.

Andas tão ansioso por seres apertado pelos lenços de papel que nem me deixas dormir uma noite descansada... mesmo que tenha tomado o Zyrtec que, normalmente, me faz dormir 12 a 13 horas seguidas...

Querido nariz, gostava que soubesses que gosto de ti, tanto como gosto de mim mas que tenho esta mania de querer respirar. É uma mania, eu sei, provavelmente conseguiria viver sem isso mas acho que tal não é possível. Já pensei seguir o exemplo do Voldemort mas não me queria separar de ti. Se calhar sou pateta mas acho que a nossa relação pode ser salva se houver, da tua parte, um esforço. Um pequenino esforço em me deixar respirar normalmente, que não me faça andar sempre de lenço de papel a apertar-te e que não me leve a quase te arrancar a pele (coisa que eu acredito que também não gostes mas é complicado não o fazer). É um pequeno esforço que te peço em nome dos dias que já passamos juntos e dos dias que ainda podemos passar juntos.

Peço-te ainda que não me obrigues a espirrar tanto. Como sabes, os meus espirros vem lá do fundo da barriga e quase que me sinto a desconjuntar cada vez que dou um. Ainda por cima espirro alto. Muito alto. E tu, de vingança, não te satisfazes com um, são logo cinco ou seis de cada vez (quando não são mais). Estou para ver o dia em que sais disparado da minha cara por causa dum espírito.

Meu amigo nariz, pensa, por favor, nos meus pedidos, acho que não estou a pedir demais. Em troca prometo amar-te e estimar-te, como se de mim própria se tratasse.

A tua

Magda

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Parvoeiras #3… no Multibanco

por Magda L Pais, em 15.04.15

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Ora vamos lá hoje rir com algumas situações caricatas a que assisti e que envolvem multibancos. Lenços a postos, se faz favor, que são muito engraçadas.

A primeira aconteceu aqui há uns 20 anos. Numa noite fria e chuvosa de Dezembro, precisei de ir levantar dinheiro para ir à Farmácia que era mesmo ao lado. Se hoje é rara a loja (seja do que for) que não tem multibanco, na altura passava-se exactamente o contrário – quase nenhuma das lojas tinha multibanco. Multibanco na rua, claro e sem o telhadinho que agora os bancos, simpaticamente, colocam. Estão a ver o cenário, certo? Uma jovem pega no cartão, mete o cartão, faz a operação, sai um papel, sai o cartão e ela espera um bocadinho. Volta a meter o cartão, faz a operação, sai um papel, sai o cartão e ela espera um bocadinho. Eu estava em terceiro na fila atrás dela e a fila a continuar a aumentar. E a senhora volta a meter o cartão, faz a operação, sai um papel, sai o cartão e ela espera um bocadinho. À quinta ou sexta vez depois de fazer esta sequência, a senhora vira-se para a fila e pergunta: alguns dos senhores me pode ajudar a fazer uma requisição de cheques? E eu, que já tinha feito uma vez, ofereci-me para a ajudar. Fui para o pé dela e disse-lhe para meter o cartão na máquina. Depois mostrei-lhe quais as opções a escolher. No fim, saiu o talão e o cartão. E diz-me a senhora: mas é isso que eu tenho estado a fazer mas os cheques não saem…

Confesso-vos que tive de fazer um grande esforço para não rir. E lá lhe expliquei que, tal como dizia no talão que tinha saído da máquina, os cheques tinham de ser levantados no balcão da conta cinco dias úteis após aquela data. Acho que a senhora requisitou uns 10 livros de cheques…

A segunda passou-se mais ou menos na mesma altura – há coisa de 20 anos e foi num hipermercado. Estava à minha frente uma velhota a registar as compras. Quando acabou disse à funcionária da caixa que ia pagar com multibanco. A funcionária passou o cartão e disse à senhora, apontando para a máquina do multibanco: agora tem de dizer o código e depois verde. E a senhora diz, aproximando a boca da máquina: 1234 verde! Eu chorei a rir. A funcionária do hipermercado conseguiu – não sei como – ter a presença de espírito para pegar na máquina, digitar o código e fazer o pagamento, sem sorrir sequer. Depois da velhota se ir embora foi risada geral…

A última passou-se à coisa dum ano, no restaurante onde vou almoçar quando estou a trabalhar. Eram os primeiros dias em que eles tinham máquina multibanco e a jovem que atende às mesas não sabia se aceitavam cartão refeição ou não. E pediu-me o cartão para ver se passava na máquina. Bom, contrariamente ao habitual lá a deixei levar o cartão. E diz ela, depois de passar o cartão, alto e bom som, para mim, que estava no extremo oposto da sala – não me deu o código!! E eu, da mesma forma, alto e bom som – chama-se código pessoal por alguma razão, não acha?


E convosco, alguma situação caricata com o uso dos multibancos?

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Atravessar a autoestrada a pé

por Magda L Pais, em 12.04.15

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Ora então vamos lá imaginar aqui uma situação.

Sábado à tarde, bom tempo, muito trânsito na saída e na entrada de Lisboa, pela Ponte 25 Abril/Salazar ou por cima do Tejo. Saída da ponte, sentido Norte Sul, alguns dos carros seguem para Almada, outros para a Costa da Caparica e os restantes começam a descida - também conhecida por zona de aceleração. Passa-se de 70 km/hora para 120 km/hora.

Acho que já o disse mas volto a dizer - havia muito trânsito o que se traduz por muitos carros e motos em ambos os sentidos.

E o que é que não esperamos ver no meio? Pessoas! Sim, 4 jovens adolescentes a atravessar a auto-estrada. Mais uma vez, numa zona de aceleração, com muito trânsito. Na auto-estrada.

Sabem aqueles nanossegundos em que achamos que estamos a ver mal, que estamos a sonhar ou mesmo a ter um pesadelo? Pois que foi isso que me aconteceu ontem. Achei que não podia ser. Não podiam estar quatro estúpidos anormais engrumemos adolescentes a atravessar uma auto-estrada. Num sábado à tarde. Com imenso trânsito. Na zona de aceleração. Mas estavam. O pior é que estavam.

Não fui a única a vê-los e a ficar sem reacção. Ou por outra, tive, felizmente, o bom senso (sabe-se lá porque) de continuar a conduzir e de não travar - assim como tiveram todos os que estavam nos carros e nas motas a passar naquele sítio, naquele momento. Se um de nós tivesse travado, qualquer um de nós - por causa do susto, da surpresa, ou da inexperiência teria havido um grande acidente e não se teria ficado por danos materiais.

Se por acaso um deles tivesse sido atropelado (parece que não, pelo menos não se ouviu nada nas notícias) a culpa seria, exclusivamente do peão por estar a passar, a pé, num sítio proibido. Mas o condutor como ficaria? E o acidente que poderia ter provocado?

Felizmente não aconteceu nada - aparentemente. E, muito provavelmente, os palermas chegaram ao outro lado da estrada o que os terá feito pensar que podem repetir esta brincadeira.

Mas um dia pode correr mal. E depois? Como ficam as famílias dos jovens e os envolvidos no possível acidente?

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Coisas parvas #2

por Magda L Pais, em 30.03.15

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Fui, à hora de almoço, a uma ordem profissional buscar um certificado de um novo membro.

Cheguei à portaria e o jovem sentado na secretária perguntou-me ao que ia e eu lá lhe expliquei. Pediu-me o número do certificado que eu, prontamente, forneci. Tentei entregar-lhe a carta que me autorizava a levantar o dito ao que o jovem me respondeu:

- Quem lhe vai entregar o certificado é a minha colega que está na sala, ao fundo.

E lá fui eu para a sala ao fundo. Expliquei, mais uma vez ao que ia e a senhora pediu-me o número do certificado que eu, prontamente, forneci. Tentei entregar-lhe a carta que me autorizava a levantar o dito ao que a senhora me respondeu:

- Quem lhe vai entregar o certificado é um colega meu que vou agora chamar pelo telefone.

Certo...Porque o senhor que estava na entrada não podia telefonar directamente para a pessoa que efectivamente entregava o certificado...

(ando eu e mais uns quantos a pagar quotas para isto... pelos vistos esta ordem está tão preocupada com o desemprego que tem estas burocracias todas para justificar mais postos de trabalho. 

Ou então não...)

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Vamos lá a ver se eu percebo porque é que homossexuais masculinos não podem doar sangue. Vá, expliquem-me lá, que eu sou muito, mas mesmo muito burra.

De acordo com esta notícia do Público, o Instituto Português do sangue já leva mais de dois anos a decidir se gays podem dar sangue. Ora bem, o sangue dos gays é diferente do meu? tem composição diferente? é doutra cor? ou acham que ser gay se pega?...

É que, reparem bem - foi criado um grupo de trabalho que "tem como missão oficial perceber se há fundamento científico para a actual exclusão de homo e bissexuais masculinos da dádiva de sangue"... mas o dito grupo, constituído por 12 pessoas, não se reúne há mais dum ano, limitando-se, com certeza, a receber os seus honorários que nestas coisas dos pagamentos é importante que não haja falhas.

Se me disserem que, quem tem comportamentos de risco não pode dar sangue, eu entendo. Não entendo é porque é que se associa comportamentos de risco a homossexuais masculinos. Que eu saiba, tanto as mulheres como os homens, tanto os homossexuais, os bissexuais e os heterossexuais podem ter comportamentos de risco. Se assim é, porque excluir, à partida, os homens?

E depois queixam-se que há poucas pessoas a doar sangue. Se calhar há quem queira doar e não possa.

Não entendo, sinceramente não entendo...

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Que espécie de gente…

por Magda L Pais, em 13.03.15

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... está à frente de sindicatos que se plantam à porta dos hospitais à espera que cirurgias e consultas sejam adiadas por causa duma greve? E se fossem eles a precisar? E se fossem os seus familiares?

É nestas alturas que o meu mau feitio vem ao de cima e me faz desejar que esses mesmos sindicalistas precisem, muito – mas mesmo muito – dum médico num dia de greve.

Eu dava-lhes, dava-lhes…

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