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Missão emagrecer - Take 6 (um ano depois)

por Magda L Pais, em 12.09.17

Há mais ou menos um ano decidi que estava na altura de perder algum peso. Bom, algum não. Muito peso já que estava com quase 130 quilos e o meu aspecto era este:

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Apesar de tudo, o peso não me afectava psicologicamente. Claro que não andava muito (ainda estou para descobrir como raio fiz uma rotura muscular no psoas mas pronto), mexia-me o menos possível, comia de tudo e sem cuidados alguns. A boa disposição, essa, manteve-se sempre comigo, se bem que ficava (e fico) muito irritada com alguns constrangimentos por ser maior que o normal (e até cheguei a ir às queridas manhãs da SIC falar sobre isso).

Mas dizia eu que, há coisa de um ano, mais precisamente a 7 de Setembro de 2016, tive a minha primeira consulta de nutrição com a Dra Simone. Uma excelente escolha, tenho de reforçar, porque, pela primeira vez, um plano alimentar foi feito à minha medida. Acho que já vos disse que tenho algumas restrições alimentares por causa da Doença de Chron. Iogurtes, alho francês ou laranjas são alguns dos alimentos que não posso comer. E o que acontecia cada vez que tentava consultas de nutrição, é que cinco minutos depois de ter explicado essas restrições, era-me dito para comer iogurtes... 

Com a Dra Simone isso não aconteceu o que me fez pensar, logo no momento, que finalmente tinha acertado. Um ano depois continuo com essa certeza. A Dra Simone é a médica certa para mim. Estamos em sintonia, as duas, o que facilita imenso.

Além do plano alimentar - o tal feito à minha medida - decidi também que, apesar de não gostar nem sequer da ideia, que ia passar a frequentar o ginásio duas vezes por semana. Não é muito mas para quem não gosta, é melhor que nada. Só comecei praticamente em Janeiro deste ano, quando tive alta da fisioterapia mas comecei e só interrompi nas férias e quando tirei a vesícula.

Passou um ano. Não foi um ano perfeito. Fiz algumas asneiras, quer nas férias grandes quando estive em Sesimbra quer neste último fim de semana que comi que nem um alarve (na zona de reguengos, pleno Alentejo, mal seria se comesse mal).

Mas no geral estou satisfeita comigo. Perdi 6,2 quilos. Perdi 7 centímetros na anca, 3 no peito e 1 cintura (este valor pode estar errado uma vez que tenho estado com prisão de ventre e posso estar mais inchada. Na penúltima medição tinha reduzido 4 centímetros). A massa gorda também baixou 7,4 quilos e o IMC baixou 1.39. Aumentei - são bons aumentos - 1,2 quilos na massa magra e 2,3% na água.

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Tenho de aumentar, novamente, a quantidade de líquidos que bebo por dia. Este é um dos meus maiores problemas. Beber líquidos é uma complicação para mim. Eu bem meto lembretes, tenho um copo e uma garrafa aqui mesmo ao lado mas acabo sempre por me esquecer. Mas tenho esperanças de vir a conseguir. E agora com o retomar da rotina, com o tempo a não convidar tanto a gelados (apesar de comer mais os novos soleros que tem poucas calorias), tenho esperanças de melhorar ainda mais.

Vou também tentar passar a ir três vezes por semana ao ginásio... Continuo a não gostar mas é pelo melhor.

Hoje estou assim:

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Sinto-me bem melhor, fisicamente. Já subo e desço escadas sem me sentir cansada, ando a pé sem medos, tenho roupa que me está larga, comprei roupa nova um número abaixo do normal.

Não vou desistir agora. Nunca serei uma miss Universo nem coisa que se pareça mas tenho uma meta - que o meu peso volte a ter dois dígitos. Nem que seja daqui a uns anos, mas lá chegarei.

Acompanham-me?

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Missão emagrecer - Take 5

por Magda L Pais, em 20.04.17

Estou viva! pode não parecer pela minha ausência mas estou viva e de saúde (apesar das visitas constantes aos hospitais... parece um raio duma praga, isto das visitas aos hospitais!).

Ora bem, e falando de visitas a hospitais, ontem, para além da fisioterapia (os meus músculos não gostam de mim, estou com nova contractura na lombar), tive consulta de nutrição.

Portanto... comecei esta missão em Setembro, ou seja, há 7 meses. Ou, se quisermos ver de outra forma, comecei esta missão há 4,2 quilos. Ou há 6 centímetros. Façam as contas como quiserem, os resultados são estes:

Data Peso IMC Gordura total (%) Massa gorda (kg) massa magra (kg) % água Água (kg) Peito Anca Cintura
07/09/2016 127,10 41,29 52,30 66,50 60,60 35,30 44,90      
10/10/2016 127,20 42,01 49,80 63,30 63,90 37,10 47,20 129 145 124
19/11/2016 124,70 41,19 52,50 65,50 59,20 35,10 43,80 125 144 119
26/12/2016 124,00 40,96 53,40 66,20 57,80 34,50 42,80 129 143 119
30/01/2017 125,00 41,29 51,10 63,90 61,10 36,10 45,10 129 142 119
27/02/2017 123,20 40,70 51,70 63,70 59,50 35,60 43,90 129 140 119
19/04/2017 122,90 40,59 49,10 60,30 62,60 37,50 46,10 126 143 118

 

Resumindo, estas são as diferenças:

Peso IMC Gordura total (%) Massa gorda (kg) massa magra (kg) % água Água (kg) Peito Anca Cintura
-4,20 -0,70 -3,20 -6,20 2,00 2,20 1,20 -3 -2 -6

 

(a negativo o que perdi, a positivo o que ganhei)

Estou a beber mais água, é verdade. Instalei um tamagochi no telemóvel que me lembra, de meia em meia hora, que tenho de pegar num copo e beber. O bichinho até fica sorridente quando eu lhe digo que bebi água.

Estou a ter mais cuidado com a alimentação. Não passo muitas horas sem comer, como sopa, fruta e saladas. Não como sempre o mesmo, e não sou radical. Mudanças suaves no que como, porque radicalismos e sacrifícios não funcionam comigo. De vez em quando abuso (o sushi é uma das minhas perdições, não há nada a fazer) e outras vezes não resisto (este domingo de Páscoa devo ter comido umas 20 cavacas, de certeza!).

Apesar disso continuo a perder peso.

Vou ao ginásio (vá, em Abril ainda não fui um único dia por causa dos compromissos profissionais) mas, em contrapartida, comecei a subir e descer escadas no local de trabalho. 

Ando mais a pé e não me canso tanto. 

Deixei de usar o 54 nas calças e nos vestidos e passei a usar o 52 em calças e o 50 nos vestidos.

Ainda há um longo caminho a percorrer mas, com calma, sem stress e sem pressa alguma. Porque assim sinto-me bem e a melhorar e esse é o melhor incentivo que posso ter.

Isso, e a vossa companhia apesar da ausência.

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Missão emagrecer - Take 4

por Magda L Pais, em 08.02.17

As últimas semanas tem sido assim para o complicadito a nível profissional e, por isso, nem tenho conseguido cá vir.

Fui a semana passada à nutricionista fazer a avaliação. Na segunda feira a seguir ao Natal tinha lá ido mas esqueci-me de anotar a evolução. Sei que, na altura, tinha perdido 700 gr mas não anotei mais nada.

Ora bem, tendo em mente que, quando comecei esta missão vestia o 54 de calças e tinha pouco mais de 127 kg, aqui estão os números das últimas consultas:

 

Data Peso IMC %Massa gorda %massa magra % água Peito Anca Cintura
10/10/2016 127,20 42,01 49,80 63,90 37,10 129 145 124
19/11/2016 124,70 41,19 52,50 59,20 35,10 125 144 119
26/12/2016 124,00 40,96 53,40 57,80 34,50 129 143 119
30/01/2017 125,00 41,29 51,10 61,10 36,10 129 142 119

 

Pois bem. Em quatro meses foram dois quilos embora, a cintura diminuiu 5 cm e a anca 3 cm. Este fim de semana tive de ir comprar umas calças porque as minhas caiam-me pelo rabo abaixo. Na semana passada estive ao telefone com um amigo por cinco ou dez minutos enquanto andava a pé e cheguei ao fim da conversa sem estar a arfar.

Parece pouco, eu sei. Mas não é. Acima de tudo porque estou a conseguir o que pretendia - estou a perder peso de forma consistente, sem excessos, sem medicação e sem sacrifícios. Pronto, vá, faço um sacrifício - ir ao ginásio. Continua a não ser a minha praia mas percebo os benefícios. E mais que os perceber, sinto-os no corpo.

Sei que ainda há um caminho a percorrer mas também sei que estou motivada. Sinto-me bem comigo.

Continuam a acompanhar-me?

 

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Missão emagrecer - Take 3

por Magda L Pais, em 01.12.16

Já era para cá ter vindo dar notícias desta missão até porque, desta vez, as noticias não são boas, são excelentes!

Para ser mais fácil de perceber, vou por aqui a tabela (e que vai servir também para meu controlo)

 

Data Peso %Massa gorda % água Peito Anca Cintura
10 Out 127,2 49.8 37.1 129 145 124
19 Nov 124,7 52.5 35.1 125 144 119

 

Em suma... foram menos 2 quilos e meio, menos 4 centímetros no peito e menos 5 centímetros na cintura. Na anca perdi 1 centímetro. Muito positivo. Menos positivo foi que bebi menos líquidos e por isso a percentagem de massa gorda aumentou de novo (e a percentagem de água diminuiu).

Bebi menos água porque, com mais frio, me custa mais beber. Optei, após a consulta, por instalar uma aplicação no telemóvel que me lembra, de hora a hora, que devo beber líquidos e que controla, inclusivamente, a quantidade que devo beber. Tenho tentado respeitar os lembretes (pelo menos quando sei que há uma casa de banho por perto) e espero, na próxima consulta, que a % de água tenha aumentado.

Se é verdade que tenho feito algumas asneiras (nomeadamente comendo sushi algumas vezes), por outro vê-se que as asneiras não tem tido muita influencia no resultado final. Continuo a sentir-me bem com este plano alimentar, não noto esforço de maior e os resultados estão à vista.

Claro que tem sido ainda mais fácil porque o marido e a filha também estão a ser acompanhados pela mesma nutricionista. Em família é muito mais fácil!

Passo seguinte... A rotura muscular ainda me massacra o juízo. Ando a tomar (outra vez) os anti inflamatórios e estou por casa para repousar. Ainda estou a fazer fisioterapia mas agora vou ter TPC's para ajudar a melhorar mais rapidamente. Vou começar a andar pouquinho dia a dia, aumentando todos os dias um bocadinho  ('tou aqui 'tou a andar até ao Porto) e, em simultâneo, vou começar ginásio para fazer passadeira e bicicleta, ambos sem fazer esforço ou carga na perna.

Acredito, por isso, que, na próxima visita à nutricionista, as notícias ainda sejam melhores.

Entretanto o telemóvel apitou. Vamos lá beber mais um chá que está na hora.

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Missão Emagrecer - Take 2

por Magda L Pais, em 11.10.16

Passou mais ou menos um mês desde que comecei esta missão. Pelo meio fiquei de baixa médica. Consegui fazer a RM e concluiu-se que, além da PDI/CDI/DNA, tinha uma rotura muscular. Nada de transcendente, não fosse eu fazer pouco/nenhum desporto.

(tenho de vos contar que tive uns 10 minutos a rir quando o médico me disse que isto parecia uma lesão de futebolista)

Ainda assim, creio que esta rotura terá tido a ver com o facto de ter começado a andar a pé por causa do Pokémon Go mas pronto, avancemos.

A verdade é que, desde que o problema na anca direita começou, a 10 de Agosto, o meu exercício físico era ainda menor do que antes de ter começado a jogar. E nas duas últimas semanas, ainda menos que isso. Li bastante, vi alguma televisão e pouco andei por aqui, quase sempre sem sair do sofá.

Sei que, duas semanas depois de ter começado a reeducação alimentar, já tinha perdido 600 gramas mas com esta inactividade toda, estava preparada para que, ontem, quando cheguei à consulta de nutrição, descobrir que tinha mantido exactamente o mesmo peso, ou, pior ainda, que tinha engordado.

Acertei em cheio e fiquei bastante animada. O peso estava quase igual. Vá, menos 100 gramas do que quando lá fui há um mês, e por isso quase não conta.

Então porque fiquei tão animada? Porque as boas noticias são outras. Perdi quase 3 kg de massa gorda e ganhei quase 2 kg de massa magra. A hidratação do corpo subiu quase 5%.

Estou, por isso, de parabéns! a médica disse-me que prefere este resultado do que ter perdido peso efectivo porque isto significa que a reeducação alimentar está a funcionar.

Mas as boas noticias não se ficam por aqui.

Não me tem custado nada fazer este regime alimentar. Como o que gosto, não tenho fome alguma e mesmo fazendo algumas asneiras (como os pedacinhos de sericaia que comi em Elvas ou o jantar de sushi do outro dia, entre outras), a verdade é que, devagar se vai ao longe. Quero manter o bom ritmo e não quero recuperar o peso (e a massa gorda) que perder.

Para ajudar, logo que a rotura muscular esteja curada, irei começar, devagarinho, a fazer exercício físico. Primeiro vou voltar a andar (aos poucos) e depois já prometi - a mim mesma e à minha irmã mais nova - que ia começar a ir ao ginásio.

Devagarinho as coisas vão-se compor.

 

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Vamos alimentar uma biblioteca?

E não se esqueçam de participar nos dois passatempos em curso - passatempo Órfão X e Passatempo solidário Pilar

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Missão Emagrecer - Take 1

por Magda L Pais, em 13.09.16

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Sempre fui gordinha. Uns quilos a mais aqui, depois outros ali. Apesar disso, e ao contrário da maioria das mulheres, não engordei com as gravidezes. Na primeira engordei duzentas gramas, na segunda um quilo e pouco. 

Ainda assim, até há coisa de quatro/cinco anos o meu peso media-se com dois dígitos. Altos mas ainda assim eram só dois.

Tentei várias dietas e fui a vários nutricionistas. Invariavelmente no final da primeira consulta dizia para mim - isto não vai funcionar. Não que eu não quisesse perder peso mas...

- tenho a doença de Chron e gastrite crónica. A primeira, principalmente, traz com ela muitas restrições alimentares: yougurts, laranja, alho francês e uvas são alimentos proibidos para mim. Espinafres e brócolos só em pequenas quantidades e muito de vez em quando. A primeira coisa que faço quando falo com um nutricionista é explicar-lhe esta problemática. Todos eram muito compreensivos mas logo que iniciavam o plano alimentar mandavam-me comer um yougurt a meio da manhã ou um sumo de laranja ao pequeno-almoço, o que me deixava frustrada e sem confiança. Sim, claro que depois retiravam esses alimentos mas, caramba! era um sinal claro que não me estavam a ouvir, que a reeducação alimentar na ideia deles era chapa5 para toda a gente. E isso desanimava-me logo.

mas não era só este o problema. 

- eu atendo ao público das 8h30 às 15h, com uma hora de almoço pelo meio. E quando estou com um cliente sentado à minha frente e a ser atendido não lhe posso dizer: olhe, agora tenha lá paciência que vou ali num instantinho comer. Nem posso interromper uma reunião porque está na hora de comer. Eu explicava isto e a resposta era: pois, temos pena mas tem mesmo de fazer isso. Um ponto contra porque eu respeito os clientes e não lhes faço isto. A minha profissão é assim e não vou mudar de profissão.

- não gosto de beber água. Bebo quando tenho sede mas não me consigo obrigar a beber água. Parece-me sempre que fico com sapos no estômago. Pois bem, a resposta era: force-se a beber água, tem de a beber e pronto.

Junte-se as exigências em não cometer erros na alimentação, a exigência de horários para tudo e para nada, ter de comer alimentos que eu não gostava, metas de perda de peso surrealistas e outras coisas mais ou menos parvas e o resultado era que cada ida a um nutricionista acabava de forma inglória na primeira consulta, com a minha vontade a evaporar-se.

Aos poucos o sedentarismo aumentou e os meus horários complicaram. E o peso aumentou, passou os três dígitos e eu voltei a pensar em reeducação alimentar. Mas sei que sozinha não consigo e por isso procurei - de novo - uma consulta de nutrição.

Fui na semana que passou à consulta e, pela primeira vez, sai da consulta animada. A reeducação alimentar foi adaptada às minhas necessidades em termos de horário e restrições alimentares. Tenho de beber líquidos e não água (sumos de fruta naturais, chá frio ou água aromatizada). Os alimentos incluídos são alimentos que eu gosto. Em vez do adoçante (que me dá vómitos e a volta aos intestinos), posso continuar a por açúcar no café ou no galão (mas reduzindo, aos poucos, até usar uma pequeníssima parte do pacote). Asneiras alimentares são permitidas (mas só uma vez por semana). E o objectivo a atingir neste primeiro mês é exequível (apesar do problema da perna me deixar em quase imobilidade).  

Aprendi mais naquela consulta do que nas consultas todas anteriores. Por exemplo, sabem que não devemos fazer, todos os dias, refeições iguais (pequeno almoço/lanche)? Se comermos sempre o mesmo o nosso organismo aprende a fazer essa digestão e não gasta energia a "pensar" no assunto, e essa energia gasta ajuda a emagrecer.

Portanto. 

127 kg e mais umas gramas no dia da consulta para 1.74m. Bem distribuídos - valha-me isso - mas ainda assim obesidade grau III. Objectivo a atingir no primeiro mês: perder dois quilos.

Acompanham-me nesta missão?

 

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