Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


Poema violado

por Magda L Pais, em 26.02.09

Enquanto teu beijo repousa nos lábios apáticos de outra pessoa
abraço tua ausência sob a insônia morna de um quarto vazio.
Enquanto condeno-me à calamidade muda da noite lacerada
o nome de outra fruta nasce em tua voz, outra palavra acorda dentro dos teus olhos.

Do teu sorriso rebenta a luz que nunca tocou-me;
de tuas mãos emergem carinhos que nunca senti;
do teu corpo, momentos viris que jamais provei.

Encarcerada à transgressão que é amar-te,
acumulo-me de pecado e pena,
enquanto a lembrança do teu rosto
violenta o meu melhor poema.


Amora

Autoria e outros dados (tags, etc)


Mais sobre mim

foto do autor








Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.