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Ora aqui está um tema diferente... um momento que me tenha marcado. Tantos, mas tantos... principalmente porque,  enfim, pronto, há coisas que só a mim.

Podia contar-vos do Momento muito Ups que me aconteceu na feira do livro em 2016. Ou das vezes que saio de casa sem ver como vai estar o dia e acabo de sandálias num dia de chuva. 

Também podia contar que, no outro dia, fui ao médico buscar uma receita para uma RM com anestesia (tentei fazer sem anestesia mas ia fugindo) e, já na consulta, descobri que me tinha esquecido da receita original em casa.

E das quedas e quedas que já dei?

Mas o que vos contar - se o número limite de palavras deixar - passou-se em meados de 2007 no meu local de trabalho.

Como sabem trabalho num banco e com atendimento ao público (apesar de não ser num balcão). Agora Imaginem a cena. Eu com uma mantinha nas pernas que estava frio e uma bruxa ao lado do computador. Na altura trabalhávamos num espaço ao lado dum balcão e com ligação interior entre o nosso espaço e o balcão. Por esse espaço entrou um senhor com a gerente do balcão que se dirigiu a mim e ao meu colega e nos cumprimentou. 

Cumprimentei o homem e virei-me para o computador. E ele foi fazendo perguntas e eu respondendo entre dentes, de costas para ele e só pensava: mas quem é este que está para aqui a chatear?

A conversa continuou, entre ele, o Rui (que trabalhava comigo) e com a gerente. E eu a ignorar toda a gente, de volta do trabalho.

Quando o homem e a gerente se foram embora, virei-me para o Rui e perguntei: quem é este? Responde o Rui, a rir à gargalhada (quase em lágrimas de tanto rir)

Ninguém importante... era só mesmo o presidente do conselho de administração!

May we meet again

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Dizem que, quando morremos, vemos a nossa vida em flash. Laura, naqueles últimos minutos de vida, viu os seus últimos 25 anos, tentando perceber onde tinha errado.

Tinha sido amor à primeira vista. Assim que o viu, soube que era o amor da sua vida. E, nos primeiros anos, tinham sido felizes.

Seis anos depois, o primeiro estalo. Laura chamou-o a atenção – já nem se lembrava porquê – e ele deu-lhe um estalo. Da surpresa passou ao riso enquanto ele a abraçava e pedia desculpa. Passaram-se meses e Laura já tinha esquecido este estalo quando, depois de lhe pedir que não fizesse disparates, ele lhe deu um pontapé. Mas como ele a beijou logo de seguida, riu-se e perdoou.

Depois de quinze anos de vida em comum, Laura já estava a ficar habituada aos estalos, aos pontapés e aos murros. Mas como podia revoltar-se se ele era um bom rapaz e a abraçava e beijava logo a seguir, pedindo perdão?

E Laura perdoava. Como poderia ser diferente? Ele era o seu amor maior, a maior paixão que alguma vez tinha sentido.

Quando viu que ele tinha uma navalha, achou normal. Depois foi uma arma. E Laura achou normal. Afinal viviam numa zona problemática, ele saia muitas vezes à noite, sem que soubesse exactamente onde e com quem ia.

Quando ele começou a pedir-lhe dinheiro, Laura esforçou-se para lhe dar. Mesmo que isso significasse não comer ou não comprar os sapatos que precisava. Ele estava sempre em primeiro lugar – não é isso que fazemos por quem amamos, pensava Laura.

Quando o dinheiro acabou, as tareias a Laura aumentaram para a forçar a arranjar o dinheiro que ele precisava. Laura desconfiava que seria para drogas ou outras mulheres mas como lhe poderia fazer frente?

Enquanto morria e revia todas os estalos, pontapés ou facadas que tinha levado, Laura só pensava: e eu que te amei tanto, meu filho, porque me fizeste isto?

 

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Problemas, só problemas

por Magda L Pais, em 13.09.19

45 minutos a olhar para uma folha de papel com o titulo “problemas, só problemas” e a única coisa que me vem à cabeça é: porque raio me meti nisto?

É verdade que gosto de sarna para me coçar. Ou, dito doutra forma, de coisas que me obrigam a exercitar a mente. De manter o cérebro (ou pelo menos aquele bocadinho) ocupado.

Problemas, só problemas…

O maior problema, ainda por cima, é que, no outro dia, enquanto conduzia para Lisboa, lembrei-me de meia dúzia de coisas que podia falar neste primeiro dia do desafio. Mas… enfim, a conduzir não dava muito jeito escrever – até porque tenho esta mania idiota de não querer ter ou provocar acidentes de automóveis e, portanto, hoje que me faz falta, não me recordo nem de um.  Talvez não fosse má ideia arranjar uma APP, para um Samsung, que accione pela voz para tomar nota do que me lembro enquanto conduzo.

Nunca vos aconteceu? Estarem num sítio onde, por qualquer razão, não podem (ou não devem) tomar notas e depois, quando se sentam em frente ao computador …

(são interrompidos como eu acabei de ser? E depois perdem o fio à meada?)

Regressando ao tema, problemas têm agora os súbditos de sua majestade. Coitados, aquilo vai por ali uma grande confusão, fazendo-me lembrar a música da Garagem da vizinha do Quim Barreiros. Só que, em vez dum carro, é um país que entra e sai da União Europeia, com deputados que entram e saem dos partidos e membros dum governo que mais parecem desgovernados. E logo agora que despachei a minha gaiata para lá e me preparo para enviar o gaiato no próximo ano.

Problemas, só problemas…

E assim, quase sem dar conta, 287 palavras estão despachadas, num texto com muito pouco nexo e a pensar já na desgraça do próximo tema…

Mas quem me mandou a mim meter-me nisto?

Problemas, só problemas…

 

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Sei o que estava a fazer há 18 anos...

por Magda L Pais, em 11.09.19

Acordei, naquela manhã, a pensar que as férias estavam a acabar e que, regressar ao trabalho, ao fim de mais de seis meses em casa, não ia ser pêra doce. A gaiata - a razão pela qual eu estava em casa há tanto tempo - dormia descansada no berço enquanto eu lia qualquer coisa, à espera que ela acordasse para mamar, com a televisão desligada.

Toca o telefone. Era a Paula e este foi, mais ou menos, o nosso diálogo:

  • estás a ver televisão?
  • Não, estava a ler enquanto a Maggie não acorda
  • Então liga lá, estão aqui a falar que houve um acidente em Nova Iorque e um avião bateu nas torres gémeas mas acho isso estranho, deve ser mentira
  • Quase de certeza, mas espera ai que vou ligar
  • ...
  • Olha, não é mentira, estão a repetir as imagens. Ai espera, não é repetição. Ai, não, não pode ser. Espera... não pode. Não acredito
  • Do que é que estás a falar?
  • Paula... estão as duas torres a arder... uma já estava quando liguei e agora está a outra, o que vi foi um segundo avião a bater na torre. 
  • Mas como é que dois aviões batem nas torres por acidente?
  • Não sei... quando lá estive os aviões passavam bem longe. E as torres vêem-se ao longe, muito longe mesmo. 

E a conversa continuou. 

Nas horas seguintes, e já com a companhia da minha mãe, não conseguimos tirar os olhos do televisor. Vimos as pessoas nas janelas a pedir ajuda que nunca chegou (nem sequer tinham como lá chegar). Vi  a calma desesperante de quem se atirou do último andar (a confusão que me fez o ar sereno de quem optou por morrer desta forma). Vi a vergonha e o alivio nos olhos de quem conseguiu sair a tempo. Vi as noticias sobre os outros aviões desviados para outros atentados.

E vi a queda de ambas as torres, as mesmas onde tinha estado uns anos antes com os meus pais e irmãs. E foi precisamente neste momento que senti medo. Um medo entranhado e visceral, um medo assustador. Não por mim mas por aquela criança que, com pouco mais de 4 meses, estava deitada, inocentemente no berço e que eu tinha trazido a um mundo que tinha, naquela manhã, perdido o rumo.

Morreram quase três mil pessoas durante os ataques. Quem alguma vez esteve nas Torres Gémeas pensará sempre que foram poucas, dados os milhares de pessoas que, diariamente, visitavam e trabalham naqueles edifícios. 

Primeiro dia do século XXI, dizem hoje - 18 anos depois - alguns jornais. A perda da inocência do mundo ocidental, diria eu. Até àquele momento achávamos que os atentados e as mortes de civis eram exclusivos de países em guerra, terceiro mundo. Naquele dia perdemos a inocência. Quiserem que começássemos a viver com medo. E eu, que naquele dia, há 18 anos, tive medo, hoje respondo-lhes que não sei viver com medo.

Aconteça o que acontecer, a minha vida não será vivida com medo.

E vocês? sabem o que estavam a fazer há 18 anos?

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Crepe com açúcar e canela - a receita

por Magda L Pais, em 02.09.19

A propósito desta minha reflexão sobre a incapacidade de sair da caixa de algumas (demasiadas) pessoas, foi-me pedida a receita de crepes que fiz em casa.

Não sou a melhor pessoa para partilhar receitas e muito menos para cozinhar dado que sou um autêntico desastre nessa divisão da casa. Já perdi a conta aos passe-vites e fritadeiras eléctricas que já queimei ...

Consegui, no último Natal, fazer duas ou três receitas, roubadas à Ana. Não correu mal. Houve ali alguns problemas - por exemplo, não tinha em casa nenhuma Maria para lhe banho - mas acabou bem. Ou pelo menos a malta comeu e não se queixou (muito).

Isto para explicar que os crepes que faço são mesmo muito básicos. Uso a Bimby porque me dá muito jeitinho (e porque sou preguiçosa para fazer doutra forma) mas esta receita dá para fazer com a batedeira normal.

Então os ingredientes são: 

  • dois ovos
  • meio litro de leite
  • 1 colher de chá de sal
  • 250 gr de farinha
  • 50 gr de açúcar
  • 1 colher sopa de azeite

Ora então, tudo ao molhe dentro dum copo (ou na Bimby) e bater bem até ficar sem grumos. Depois é só usar uma máquina para os crepes ou, em alternativa, uma frigideira anti aderente com um pouco de azeite.

Ficam óptimos com acuçar e canela, com doce ou com mel (eu prefiro sempre com acuçar e canela).

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