layout - Gaffe
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Olá Constança, por aqui hoje? Como tem sido as suas leituras? Estou a ver que se rendeu aos e-books… não era a Constança que dizia que não queria e-books? Pois, percebo. Menos peso e mais barato. Uma boa escolha, sem dúvida. Então que precisa daqui do nosso estaminé hoje? Uma mascara capilar para esses cabelos? Entendo, estão estragados de tanta pintura e muito espigados. Se eu acho que é preciso cortar? Não, claro que não. Tenho aqui a solução perfeita, vai ver. Compota de abobora com amêndoa. Sim, sim, eu sei que é estranho mas temos de pensar fora da caixa, sair da zona de conforto. Experimente, não se vai arrepender. Para além de ficar com o cabelo a cheirar lindamente, a compota de abobora com amêndoa deixa o cabelo suave, brilhante e fácil de pentear e com um aspecto invejável. Basta usar duas a três vezes por semana. Como? Então lave o cabelo com o shampoo normal. Depois seque ligeiramente, deixando-o húmido. Depois, aplique a compota de abobora com amêndoa, começando pelas pontas, e massaje através do comprimento. Deixe a fórmula rica actuar durante 2 minutos e enxagúe abundantemente. Seque e penteie como habitualmente. Agora não se esqueça é que a compota de abobora com amêndoa só pode estar aberta uma semana senão estraga-se. Por isso o melhor é, após cada utilização, comer o resto com tostinhas ou com uma torradinha. Dois em um, é uma poupança daquelas. Vai levar 3 embalagens? Perfeito, faço a conta já aqui ao lado. E o saquinho para levar? De papel ou de plástico? Então aqui está, tudo pronto. Boas leituras.
May we meet again
Texto de participação no desafio de escrita dos Pássaros
A convite do sapo-mor do riacho onde chapinhamos, fui ao estaminé do Sapo na semana passada. Ainda mal tinha entrado e já estava a tentar fugir. Não por causa do Pedro, que é sempre simpático e atencioso mas porque o David Carreira andava por lá e seguia-me... como não sou especialmente fã, não lhe quis dar um autografo e acabei a esconder-me numa sala. Claro que, assim que me sentei (ou quase, vá) a coisa começou a gravar, eu não dei por isso e pronto. Foi uma desgraçada que podem ouvir aqui.
A conversa fluiu muito naturalmente quer porque o Pedro é um grande comunicador que nos deixa completamente à vontade quer porque eu sou uma faladora desgraçada e com uma dificuldade enorme em estar calada. Falamos sobre como é ter um blog há 11 anos, como nasceu a minha paixão pela leitura, os livros (nomeadamente sobre Crime, disse o livro que é, certamente, dos livros com a premissa mais engraçada que já li), e, claro, sobre o Desafio dos Pássaros.
Vá, ide lá ouvir (se ainda não foram) e depois contem-me o que acharam.
May we meet again
Ana sabia que aquele era o último dia que podiam estar na cabana. Acordou cedo para poder acabar de arrumar aquilo que queriam levar e, quando acabou sentou-se na mesa na cozinha.
Tinham sido tão felizes ali, naquela cabana ao pé do mar. Quando para lá foram mal tinham dinheiro para comer, quanto mais para a mobilar. Nos primeiros tempos dormiam no chão, embrulhados em cobertores velhos para não terem frio. Os banhos eram tomados “à gato” até porque nem tinham água canalizada. A roupa era lavada no tanque e as idas para o trabalho eram feitas a pé.
Aos poucos foram conseguindo, com muito esforço, fazer pequenas poupanças. Quando juntaram dinheiro suficiente para comprar o primeiro objecto para a casa, decidiram-se pelo mais improvável: um frigorífico. Afinal, já estavam habituados a dormir no chão, os cobertores, apesar de velhos, aqueciam. Só que não tinham onde guardar comida e o frigorífico era perfeito. Até podiam congelar algumas coisas.
E tudo se foi compondo, ao redor daquele frigorífico. A vida foi melhorando, foram comprando outras coisas para a casa. Uma mesa, cadeiras, sofá, a cama. Depois vieram os filhos e Anne sabia a felicidade era o amor, uma cabana e o seu frigorífico como testemunha de tudo.
Agora era tempo de mudarem. A cabana estava numa zona protegida e teria de ser demolida. Ana entendia essa decisão. Só queria ter tido mais tempo para se despedir do frigorífico que tanto a tinha apoiado nos primeiros tempos.
Quando ele voltou a entrar em casa, Ana estava abraçada ao frigorífico. Devagarinho, para não a assustar, chegou-se e abraçou os dois. Era o último dia em que os três estavam juntos.
May we meet again
Texto de participação no desafio de escrita dos Pássaros
Acordei morta. E como é que sei? Bem, dei comigo num cais, com uma fila enoooorrrmeeeee à minha frente. Ao fundo duas barcas, uma mais enfeitada e com muita gente e outra assim meio feeinha, com um anjo na proa. Lembrei-me logo que tinha lido sobre isto. Afinal Gil Vicente tinha razão. Ali estavam a Barca do Inferno e a Barca da Glória. Mas onde andavam o Diabo e o Anjo? Ouvia-se um grande burburinho entre as barcas mas nada de gente a avançar nem para um lado nem para o outro. A curiosidade aguçou e lá fui eu furando a fila até chegar à frente.
- Este bigodes vai contigo. Não o quero lá a conspurcar as minhas vítimas. Ai desculpa, este termo não é correcto, ainda me aparece p’ra ai algum nazi do politicamente correcto! As minhas almas. Não o quero a conspurcar as minhas almas!
- Mas o quê? Achas que, com o que ele fez, tem lugar no céu? Nem penses, coitadas das minhas almas que tiveram de o aturar em vida e ainda tem de levar com ele na morte? Mas é que nem morto o deixo passar.
- Mas nem morto como se já estás morto? Tu ouves os disparates que estás para ai a dizer?
- … Nem vivo! Nem vivo o deixo passar.
- Aber entscheidest du dich? ist, dass sie seit 74 Jahren in diesem gewesen sind ... (que é como quem diz: mas vocês decidem-se? é que já estão nisto há 74 anos...)
Tive de intervir.
- Olhem, desculpem lá, se entre vós não se entendem, e ainda que não tenha nada a ver com isto, não querem chamar Ammut para cá vir?
- Ammut? Mas porque é haveríamos de ir buscar um fulano doutro panteão para resolver a nossa contenta?
- Sim, sim, não queremos cá estranhos. Ou vai com ele ou vai com ele!
- Certo. Mas já viram bem a fila de almas que está à espera da vossa decisão? É que é suposto isto andar e não estarmos aqui parados. A malta tá morta, tem todo o tempo do morto para estar morto mas já agora que não fiquem sempre no mesmo sítio senão ainda ganham raízes. E não me consta que, aqui no purgatório, precisem de árvores…
- És capaz de ter alguma razão. E então é como é que isso funciona? Achas que é só chamá-la que ela vem?
- Não querem mais nada, não? O rabinho lavado com água das malvas, talvez? Estou a dar-vos a solução, agora como é que chegam a ela, é convosco. Pela minha parte tenho a certeza que o coração do bigodes pesa mais do que uma pena de avestruz pelo que vai ser devorado por Ammut. Agora os detalhes é convosco. Não é suposto serem vocês a gerir aqui o estaminé? Então trabalhem!
May we meet again
Texto de participação no desafio de escrita dos Pássaros
Alguém me pode explicar quem é que se lembrou destes temas?
A Beatriz é uma moça gira. Ou pelo menos assim lhe dizem. Com algum peso a mais, nada de extraordinário. Okey, talvez devesse ter uns 40 quilos a menos mas também não é nenhum hipopótamo ou elefante. Beatriz, além de gordinha, tem claustrofobia. Em tempos nem de metro conseguia andar. E quando entrava num elevador, suava as estopinhas todas.
Agora já consegue andar de metro. E de elevador aprendeu – com a paciência de alguns amigos – que pode andar em segurança que, para o elevador cair, é preciso que falhem vários sistemas de segurança. Venceu estes dois medos mas, ultimamente, descobriu outro.
Aqui há uns anos fez uma ressonância magnética à coxa direita. Não achou muita piada à máquina mas como ficou com a cabeça de fora, aguentou-se bem. Quer dizer, teve alguns problemas para fazer a ressonância porque não cabia nas máquinas. Aliás, num dos locais, quase que nem cabia dentro do gabinete onde era para mudar de roupa. E o não caber não era bem porque fosse gorda mas porque a largura dos ombros era superior à largura do gabinete (desconfia, a Beatriz, que eram gabinetes próprios para liliputianos…).
Aqui há um mês, a Beatriz foi fazer nova ressonância magnética, desta vez à bacia. Um palmo mais acima e a cabeça tinha de ficar dentro da máquina. Foi ai que Beatriz disse um redondo Não! E agora, perguntou a família e os amigos.
Beatriz, com aquele mau feitio e maturidade que se lhe conhece, esteve a um palmo de responder: e agora mijas na mão e deitas fora .
Só que realmente precisa de fazer a RM. E portanto Beatriz andou a ligar para várias clinicas a perguntar se faziam o exame com anestesia ou sedação. E recebeu vários nãos como resposta. E agora, Beatriz? O marido, simpático como ele só, sugeriu: vou contigo, levo um martelo e pronto. Antes de fazeres o exame, levas uma martelada na cabeça. Isso é que não, disse Beatriz, que é coisa para doer mais que a agulha do soro para me darem a anestesia (é que a Beatriz tem pavor de agulhas).
Finalmente descobriu um sítio onde fazem a RM com sedação. E veio o problema seguinte: será que cabia na máquina? Sim, disseram à Beatriz. E agora?
E agora, vitória, vitória, acabou-se a história.
(a Beatriz está cada vez mais madura, não está?)
May we meet again
Texto de participação no desafio de escrita dos Pássaros
Que esperam para me acompanhar no facebook e no instagram?
Conhecem o meu blog sobre livros?
Não sou só eu que tenho momentos ups com a hierarquia...
Ontem atendi uma chamada dum cliente.
- Oh Magda, desculpe lá mas estou aqui com uma dúvida, não sei se sou eu enganado ou a minha irmã que está enganada.
- Então diga lá.
- Mim tem dois M e ou só um?
- ....... tem dois.....
- ah então eu estava enganado. Obrigado.
E desligou.
May we meet again
Conheces o desafio de escrita dos Pássaros
Que esperam para me acompanhar no facebook e no instagram?
Conhecem o meu blog sobre livros?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.