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(Depois dum final de tarde na praia, o dia a seguir é passado assim)
Contava-me aqui há dias uma amiga que, quando lhe perguntaram onde ia de férias e ela respondeu que não iam sair de casa porque a cadela mais velha está doente e não pode viajar, ficaram a olhar para ela como se fosse uma ave rara e ainda disseram, escandalizados: mas não vais por causa da cadela?
Ora vamos lá a ver. Se um de vocês, em casa, estiver doente e não poder ir viajar ou, eventualmente, esteja em risco de vida, os outros vão, alegremente, de férias e borrifam-se para o doente? Se é isso que fazem, bom, então sim, admito que fiquem escandalizados por uma família não abandonar um dos seus membros por essa mesma razão. Se não o fazem, então porque razão se admiram que alguém o faça?
Quando adoptamos – ou melhor, quando fomos adoptados – a Bunny e a Saphira as nossas meninas, elas passaram a fazer parte integrante da família. São animais, é verdade, tem quatro patas em vez de duas, mas as diferenças terminam por ai. Assumimos, com elas, um compromisso que só cessará no dia em que elas morram. Tal como num casamento, é um compromisso a cumprir no bem e no mal, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença.
E é, também, um compromisso a cumprir no Verão e no Inverno, no Outono e na Primavera. Todos os dias do ano.
Até que a morte nos separe.
E porque assumi esse compromisso – aliás, assumimos todos lá em casa – tal como a minha amiga, seria incapaz de ir de férias se uma delas estivesse doente e não pudesse viajar.
Tal como faria com qualquer outro membro de família.
Pena que algumas pessoas não o façam e abandonem membros da família por desculpas esfarrapadas.
e ainda:
obi wan Saphira
obi wan Bunny
(a Bunny e a Saphira são bem mais giras que o original, não acham?)
Vim tomar uma banhoca, mas não faz mal que eu adoro água. Só é pena não poder correr mas acho que não iam achar muita piada comigo a correr aqui pela sala...
Viram como fiquei ainda mais bonita? e até tive direito a laço no cabeça
Oh p'ra eu com complexo de ET...
Não tou cá...
Já vos disse que odeio banhos? mesmo muito?
Mas fiquei lindinha, não fiquei? e com direito a um laço também!
Leia o artigo da Sábado (clique na imagem para aceder) e descubra qual é o melhor para si. Nós, lá por casa, escolhemos estas meninas e sentimo-nos completos com elas.
e digam lá que não viemos todas bonitas?
temos uma vida mesmo agitada... o melhor é descansar mais um pouco
Ontem, numa das minhas séries preferidas – Bem Vindo a Beiras – a aldeia procurava o que fazia os seus habitantes sorrir. E que belo mote para um post num dia invernoso, não acham?
Então a mim, o que me faz sorrir é a família; o cheiro dum livro novo; o sorriso das crianças; as lambidelas das Bunny e da Saphira; o arco-íris; o (re)encontro com amigos e amigas; ler na praia; sentar-me, sem tempo e hora, num banco de jardim com um livro por companhia.
Para cinzento já basta o dia lá fora e por isso deixo-vos o desafio. Vamos lá encher os nossos blogs de sorrisos e do que vos faz sorrir. Contem-nos lá o que vos faz sorrir.
dado pelo Sapo Blogs a quem a Bunny manda uma lambidela de obrigado
Podem ver o texto destacado aqui
Dois anos. São dois os anos que separam a primeira da segunda foto.
Faz hoje dois anos que fomos, eu e a família toda, comprar feno para os nossos coelhos à loja dos animais em Coina. Sempre que lá íamos, estavam vários cães e gatos para adopção na loja que nunca nos chamaram a atenção. Até esse dia.
Nesse dia estava uma cadelinha, a da primeira foto, na caixa ou lá o que quiserem chamar e gania. Gania imenso. Gania porque tinha sido oferecida a uma criança no Natal mas a família resolveu, no dia de Reis, devolve-la porque – pasmem-se – fazia xixi e ladrava. Ainda hoje, passados dois anos, não consigo perceber como é que se adopta um cão e não se sabe que ele vai fazer xixi e ladrar. Mas isto sou eu que tenho mau feitio.
Adiante, que hoje não é dia de dizer mal das pessoas que adoptam animais só para fazer o jeito e depois os devolvem às lojas/entregam a associações ou, pior, os abandonam ou maltratam – até porque essas pessoas são, seguramente, mais animais que os outros.
Dizia eu então que chegamos à loja e ficamos – os quatro – apaixonados pela cadelinha. E ela por nós. Foi amor à primeira vista. O meu marido, que nunca quis cães em casa, ainda hoje acha que foi drogado ou coisa que o valha. E se calhar foi. Foi ele, fui eu e foram os nossos filhos. Drogados? Se calhar é uma palavra muito forte. Fomos adoptados é mais certo. Sim, foi ela que nos adoptou e nos levou a repensar aquela nossa decisão de não ter cães em casa.
Foi uma decisão de impulso, é verdade. E, dizem, esta é a pior maneira possível de se adoptar um animal. E eu acredito. No nosso caso correu bem. Correu muito bem mesmo, porque todos, sem excepção, nos envolvemos, de alma e coração, com a nossa Bunny (baptizada assim pelo meu filho).
Dois anos passados, a nossa casa nunca mais foi a mesma. Tem de ser aspirada com bastante mais frequência, o chão vai ter de ser substituído no próximo verão, algumas prateleiras, livros e utensílios foram roídas, mas o amor que sentimos nela e por ela (e, claro, também pela Saphira – se bem que a história da Saphira só será contada dia 15 de Março) compensa tudo. Compensa haver quem ache que, por termos uma cadela, não somos bons da cabeça, compensa os maus fígados de algumas pessoas, o que se gasta em comida e veterinário, os estragos em casa, não podermos sair sem deixar alguém a tomar conta delas, etc. Tudo, mas mesmo tudo, é compensado por elas, em dobro ou triplo.
Obrigado Bunny por teres tornado a nossa vida ainda melhor.
Mais sobre as nossas meninas aqui
Aqui há umas semanas, em conversa com a Sofia Margarida, falei-lhe que gostava de ter alguma peça feita por ela em feltro. Para quem não sabe, a Sofia é uma fada do feltro (ok, eu sei que prefiro bruxas, mas no caso da Sofia, o que se aplica é mesmo o termo fada - das mãos dela saem trabalhos feitos à mão - exclusivamente à mão - absolutamente extraordinários).
Quando lhe falei nisto, a pergunta foi a sacramental - que peça? pois, fiquei na dúvida. Queria uma coisa diferente, que me dissesse alguma coisa. E então lembrei-me. Lembrei-me das duas meninas de quatro patas que andam aqui por casa, que são a nossa alegria e que adoramos - a Bunny & a Saphira. Já vos falei delas aqui, aqui e aqui.
Mostrei então esta foto à Sofia e disse-lhe que queria uma peça em feltro com as minhas patudas:
(A Saphira é a cor de mel, a Bunny é a que tem quatro olhos)
A primeira reacção da Sofia foi - ah e tal, não sei se consigo. Mas vou tentar.
A seguir foi preciso decidir que tipo de peça seria. Um porta chaves? Um enfeite de Natal? Aqui já não foi difícil decidir. Afinal, sendo os livros a minha paixão e dado que a ideia era poder leva-las sempre comigo, decidi-me por um marcador de livros. Aliás, por dois, um com a Bunny e outro com a Saphira.
Deitada a mão à obra, a Sofia foi fazendo o favor de me ir enviando fotos do processo criativo. E que processo. A cada nova foto, a minha vontade de ter as peças comigo era ainda maior. Estavam a ficar lindíssimas.
Até que, no dia do meu aniversário, a Sofia mostrou ao mundo o resultado final - podem conferir aqui. Confesso aqui, que ninguém nos ouve/lê, que quase que me apeteceu saltar de satisfação (pronto, não o fiz porque senão podiam achar que era um tremor de terra...) pela qualidade do trabalho. Estavam, em tudo, semelhantes às pequenitas que aqui andam. Foi uma excelente prenda que me foi oferecida, naquele dia.
E ontem recebi as peças. Coisas dos correios, que andam sempre atrasados - ainda para mais em Dezembro - mas elas cá chegaram. E só vos posso dizer que estão ainda melhor do que parecem nas fotos que a Sofia mostrou:
Não ladram, é verdade. E são bastante mais maneirinhos que os modelos originais. Mas tirando isso, o cuidado com os pormenores é, de facto, fabulástico (sim, eu sei que esta palavra não existe. O que não quer dizer que não a possa usar para definir o trabalho da Sofia). Até temos uma cauda que abana.
Eu sei que já falei aqui muitas vezes da Sofia e já recomendei várias vezes que visitem o blog dela. Só o fiz porque a Sofia é uma amiga extraordinária, daquelas que, apesar distante, está sempre presente. Carinhosa, brincalhona, sincera, trabalhadora, simpática - são apenas algumas das características da Sofia. Junte-se a humildade e temos uma pessoa extraordinária, uma das melhores descobertas neste bairro que é o sapo blogs.
Agora, e hoje, não vos recomendo o blog dela. Recomendo que visitem apenas os trabalhos dela aqui. Vejam a evolução entre a primeira peça que ela fez para oferecer à mãe e as peças acima e encomendem peças personalizadas para vocês e para oferecerem. Vão ver que não se arrependem. Eu sei que não me arrependi.
Ou então arrependi-me. Já me roubaram a Bunny. A minha filha quer ficar com ela e eu não sou capaz de dizer que não. Raios!
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