por Magda L Pais, em 10.07.15

A Princesinha de Frances Hodgson Burnett
Reeditado em 2013 pela Oficina do Livro
ISBN: 9789897410826
Sinopse
"Alguma coisa surgirá, se eu pensar e esperar um pouco. A Magia dir-me-á — afirmou numa voz suave e expectante." Sara Crewe, uma aluna excepcionalmente inteligente e imaginativa do Colégio de Miss Minchin, fica devastada quando o pai morre. Sem dinheiro, Sara é rebaixada, humilhada e forçada a trabalhar como criada. Mas a história não acaba aqui e o seu destino reserva-lhe a felicidade.
A minha opinião
Há livros que nos trazem
memórias. Que nos lembramos deles sempre que falamos em livros. E depois há livros cuja história entranha em nós mas que nos esquecemos do nome. Quando era pequenita (e não vale dizerem-me que continuo a ser pequenita, eu já sei que sou a mais pequena cá de casa), li um livro sobre uma menina de sete anos que nasce na Índia e que o pai a manda estudar em Londres num colégio interno. A mãe tinha morrido no parto e Sara estava habituada a ser só ela e o pai. Sara, apesar da idade, tem bastante maturidade e é bastante inteligente. Quando entra no colégio, rapidamente se torna a líder natural das alunas, até porque, apesar de ser a mais rica de todas, Sara é humilde e faz questão de ajudar as colegas. Ao contrário das outras alunas que olham as criadas da copa com desdém, Sara vê nelas crianças como ela que nasceram, por acidente, noutro extracto social e que, por isso, devem ser ajudadas. Mas no dia em que Sara comemora o seu décimo primeiro aniversário chegam as más noticias. O pai morreu na miséria, e, sem outra família ou amigos, Sara é obrigada a ficar no colégio de Miss Minchin como criada de copa, uma escrava para todo o serviço. Para Miss Minchin é a oportunidade que sempre esperou para humilhar Sara. Só que Sara não é uma criança normal e não cede apesar de todas as contrariedades e de todo o sofrimento. E um dia é recompensada por isso.
Sim, eu lembrava-me tantas vezes desta história. Das personagens. Da educação da Sara, apesar de lhe fazerem a vida negra. Da forma como Sara enfrenta as adversidades sempre com um sorriso, apesar, por dentro, estar a sofrer. Mas não me lembrava do livro, do autor, da capa.
Até que um dia descobri tudo isso. E não descansei enquanto não o comprei. E aqui um obrigado do tamanho do Mundo à
M* que o encontrou, comprou e me mandou. Confesso que a alegria de o voltar a ter nas mãos só pode ser comparada à alegria de o reler. Demorei menos de um dia a acabá-lo (bom, pode ser também porque passei a manhã nas finanças à espera de ser atendida, mas isso agora não vem ao caso) e que bem que me soube reler tudo isto e perceber que, 30 e tal anos depois, continuo apaixonada por este livro.