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Atravessar a autoestrada a pé

por Magda L Pais, em 12.04.15

Lisbon-suspension-bridge.jpg

Ora então vamos lá imaginar aqui uma situação.

Sábado à tarde, bom tempo, muito trânsito na saída e na entrada de Lisboa, pela Ponte 25 Abril/Salazar ou por cima do Tejo. Saída da ponte, sentido Norte Sul, alguns dos carros seguem para Almada, outros para a Costa da Caparica e os restantes começam a descida - também conhecida por zona de aceleração. Passa-se de 70 km/hora para 120 km/hora.

Acho que já o disse mas volto a dizer - havia muito trânsito o que se traduz por muitos carros e motos em ambos os sentidos.

E o que é que não esperamos ver no meio? Pessoas! Sim, 4 jovens adolescentes a atravessar a auto-estrada. Mais uma vez, numa zona de aceleração, com muito trânsito. Na auto-estrada.

Sabem aqueles nanossegundos em que achamos que estamos a ver mal, que estamos a sonhar ou mesmo a ter um pesadelo? Pois que foi isso que me aconteceu ontem. Achei que não podia ser. Não podiam estar quatro estúpidos anormais engrumemos adolescentes a atravessar uma auto-estrada. Num sábado à tarde. Com imenso trânsito. Na zona de aceleração. Mas estavam. O pior é que estavam.

Não fui a única a vê-los e a ficar sem reacção. Ou por outra, tive, felizmente, o bom senso (sabe-se lá porque) de continuar a conduzir e de não travar - assim como tiveram todos os que estavam nos carros e nas motas a passar naquele sítio, naquele momento. Se um de nós tivesse travado, qualquer um de nós - por causa do susto, da surpresa, ou da inexperiência teria havido um grande acidente e não se teria ficado por danos materiais.

Se por acaso um deles tivesse sido atropelado (parece que não, pelo menos não se ouviu nada nas notícias) a culpa seria, exclusivamente do peão por estar a passar, a pé, num sítio proibido. Mas o condutor como ficaria? E o acidente que poderia ter provocado?

Felizmente não aconteceu nada - aparentemente. E, muito provavelmente, os palermas chegaram ao outro lado da estrada o que os terá feito pensar que podem repetir esta brincadeira.

Mas um dia pode correr mal. E depois? Como ficam as famílias dos jovens e os envolvidos no possível acidente?

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16 comentários

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M* a 12.04.2015

felizmente não aconteceu nada :)
parece que, cada vez mais, os miúdos não têm noção dos riscos... é triste.
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Magda L Pais a 12.04.2015

são uns perfeitos idiotas
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Olívia a 12.04.2015

Nem imagino o susto... Bolas há gente que não regula mesmo bem...
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Cris a 12.04.2015

Uma inconsciência completa! Parece que não pensam!
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Magda L Pais a 12.04.2015

devem ter cérebro só para suporte
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BataeBatom a 12.04.2015

Tudo bem que é porreiro que os jovens aproveitem o bom tempo em vez ficarem sempre em casa, no facebook... Mas evitavam de ir passear a pé para a auto-estrada! Image
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Magda L Pais a 12.04.2015

nem mais! e ainda se estavam a rir como se fosse um grande feito
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golimix a 13.04.2015

E com tanto local com relvinha, com ar simpático resolvem ir passear para a auto-estrada!?
É mesmo para desafiar o risco! O problema é para quem é desafiado e não quer...
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Magda L Pais a 13.04.2015

exactamente! há sempre sitios para passear que não a autoestrada. acho eu!
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Mom Sandra a 13.04.2015

Aposto que chegaram ao pé dos outros amigos, contaram a façanha e foram eleitos os maiores do grupo, os mais malucos, e todos os outros adjectivos "o mais" que os adolescentes acham que é sinónimo de muit'a bom!
Malditos neurónios!
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Magda L Pais a 13.04.2015

no caso é mais sinónimo de muita parvos... muita mesmo
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marrocoseodestino a 30.04.2015


E eu que pensei que só em Marrocos é que se via disso?
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Magda L Pais a 30.04.2015

Parece que cá também acontece. Como está o gatinho?
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Paula a 16.10.2015

No Brasil, fiquei a saber um destes dias, há passadeiras nas auto-estradas! E pelo que me descreveram, ninguém abranda!
É um disparate dos adolescentes, mas como já vi na CRIL um fulano adulto a atravessar, com uma criança na mão, para ver um acidente (sangue, sempre o sangue), já não me espanto muito!
Ainda bem que a presença de espírito suplantou o espanto!
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Magda L Pais a 17.10.2015

não há qualquer civismo ou educação. é por demais evidente.

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