por Magda L Pais, em 19.06.15
Caçadores de Cabeças de Jo Nesbø
Editado em 2012 pela Dom Quixote
ISBN: 9789722049856
Sinopse
Roger Brown é um vilão sedutor, um homem que parece ter tudo: é o caçador de cabeças mais bem-sucedido da Noruega - procura e selecciona altos quadros para as maiores empresas -, casado com uma elegante galerista e proprietário de uma casa luxuosa. Mas, por detrás desta fachada de sucesso, Roger Brown gasta mais do que pode e dedica-se ao perigoso jogo do roubo de obras de arte.
Na inauguração de uma galeria, a mulher, Diana, apresenta-o ao holandês Clas Greve e Roger percebe imediatamente que não pode deixar escapar aquela oportunidade. Clas Greve não é apenas o candidato perfeito ao cargo de director-geral que ele tem de recrutar para a empresa Pathfinder, como ainda tem em seu poder o famoso quadro de Rubens, A Caça ao Javali de Caledónia. Roger identifica aqui a possibilidade de se tornar financeiramente independente e começa a planear o seu maior golpe de sempre. Mas depressa se vê em apuros - e desta vez não são financeiros.
Em Caçadores de Cabeças, Jo Nesbø envolve-nos numa conspiração explosiva nos meandros da elite industrial e financeira, que culmina no submundo de assassinos contratados e vigaristas. Uma sucessão de homicídios surpreendentes, perseguições e fugas espectaculares, capazes de prender até à última página o mais exigente dos leitores.
A minha opinião
Quando ficámos a saber
o que andavam os bratáquios a ler vi que o
Francisco estava a ler este livro que andava lá na
prateleira dos livros a ler. Fazia parte da mesma promoção em que comprei
os 36 Homens Justos, e eu desconhecia, por completo, quem era Jo Nesbø e que tipo de livros escrevia. Pedida a opinião ao Francisco, o rapaz, simpaticamente, explicou que
apesar da história não ter relação, senti por momentos que estava a ler um livro do Stieg Larsson (da trilogia Millenium) completamente imprevisível e viciante. Ora depois desta recomendação, eu tinha mesmo de ler este livro.
De facto o Francisco tem toda a razão. Este livro prende-nos da primeira à última pagina. E quando falo na última página, posso, eventualmente, estar a exagerar. A última reviravolta na história acontece a quatro páginas do fim. Nada, mas mesmo nada, é garantido e as surpresas são constantes. Quando achamos que, pronto, agora já percebemos a história toda, viramos a página, e pimbas, uma reviravolta! Ou quando chegamos ao epilogo e pensamos que, pronto, agora é só arrumar a história... nada disso porque também ai há uma surpresa.
É difícil falar mais da história do que se fala na sinopse, sem revelar as reviravoltas e por isso, desta vez, não vou falar dela.
Direi apenas que é um livro que devem ler, com atenção e sem distracções porque uma conversa no café entre duas personagens pode revelar mais do que parece à primeira vista. Ao contrário de alguns livros em que podemos saltar uma ou dias linhas porque é uma parte aborrecida, neste se o fizerem, podem perder o fio à meada.
Leiam, vão ver que não se arrependem. Eu sei que não me arrependi.