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Como se livrar duma filha... #7

por Magda L Pais, em 18.10.18

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Como vos contei, no final da segunda reunião a Maggie levou como TPC decidir entre duas hipóteses:

- terminar cá o 12º ano e candidatar-se para entrar na licenciatura em psicologia clínica em Setembro/2019

ou

- anular a inscrição cá, no 12º ano, e candidatar-se a entrar, em Janeiro/2019, no Foundation Year na De Monfort University em Leicester, em Medical and Life Sciences com passagem, em Setembro/2019, para a licenciatura em psicologia.

Analisados os prós e contras das hipóteses em cima da mesa, a decisão não tardou. Tal como nas outras fases deste processo, coube apenas e só à minha gaiata decidir o que fazer. Corra bem ou mal é ela que terá de viver com as consequências. Nós podemos opinar e aconselhar, mas, no fim, é ela que decide.

Curiosamente, neste caso, a decisão dela coincidiu com a nossa opinião.

A pequena não quer ficar a viver em Portugal. A ideia dela é, após a conclusão dos estudos, ficar a viver em Inglaterra e, quem sabe, dar um pulo a outros países da Commonwealth para lá exercer a profissão que escolheu. 

O aproveitamento final do 12º ano está em risco por causa da matemática, sendo que teria de fazer a matemática do 12º ano como externa dado que a do 11º ano não está concluída. Com a falta de bases que tem, seria sempre muito complicado de concluir com sucesso este ano e de ter uma nota que não lhe baixasse a média. Isto implica que as hipóteses de entrar na universidade em Setembro/2019 para a licenciatura são mais baixas.

Ir para uma zona menos central para inicio de vida no estrangeiro tem diversas vantagens, entre elas o custo de vida. E Londres está ali mesmo ao lado, nada impede que lá vá várias vezes enquanto estuda. Depois do curso terminado e quando estiver a trabalhar... o que impede que, aos poucos, se vá aproximando da cidade onde quer viver?

Resumindo... recebemos ontem ao fim do dia a Conditional Offer Letter. Condicional porque a pequena é menor à data de inicio da frequência das aulas e, portanto, nós, os pais, tivemos de assinar - várias vezes - um documento de 19 páginas (onde consta, por exemplo, que temos conhecimento que a Maggie estará a frequentar aulas com alunos cuja idade pode ser superior a 18 anos).

Também por ser menor, foi preciso encontrar um tutor que resida em Inglaterra. Mais uma vez foi a própria empresa que tratou do tema, e indicou, como tutor, um dos alunos portugueses a estudar na DMU.

Assim acaba por não perder um ano (dado que, muito provavelmente, em Setembro/2019 acabaria por ter de ir frequentar o Foundation Year nesta ou noutra universidade), tem quase 9 meses para se adaptar a viver sozinha num país estrangeiro antes de iniciar a universidade que, naturalmente, exige bastante mais do aluno do que o Foundation Year e, claro, cumpre uma boa parte do seu sonho mais cedo que o previsto.

Só se lamenta - mas não vale a pena chorar sobre o leite derramado, não é o que se diz? - que não tivéssemos tratado de tudo o ano passado, enquanto ela estava no 11º ano. Provavelmente teria ido já em Setembro deste ano para Inglaterra para fazer o dito Foundation Year.

Quanto ao 12º ano português... bem, ela não vai deixar de estudar, vai continuar a fazê-lo. Um dia que queira voltar para Portugal (o que, honestamente, duvido muito) terá o curso universitário tirado em Inglaterra. E caso não o complete (o que também duvido) logo se verá.

O curso será, como previsto, Psychology BSc (Hons) with International Incorporated Bachelor e as aulas começam a 7 de Janeiro de 2019. O Foundation Year (ou International Year Zero) termina em Setembro de 2019, altura em que começa a licenciatura.

Go Maggie, Go!

Mas estes posts continuam. Amanhã trago-vos mais informações importantes sobre o mesmo tema, não vá um de vós quer despachar os filhos para Inglaterra (ou outro país)... e podem ler toda a história de como me vou livrar da minha filha aqui

May we meet again

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4 comentários

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amarquesademarvila a 18.10.2018


Estes posts estão a ser uma incrível ajuda para nós...  Como já tinha dito noutro comentário a minha mai'velha também quer ir estudar para fora, preferencialmente Inglaterra ou EUA (Estes ficam muito fora de mão...) por isso acho que Inglaterra é a grande hipótese. O nosso receio é que, como ela está este ano no 10º, venha o Brexit e lixe tudo quando chegar a altura de ela ir para a faculdade.... a ver vamos...
A mim custa-me comóraio que ela vá, mas é o futuro dela, é a vida dela, é ela quem tem de viver com a suas escolhas e não eu... por outro lado tenho um orgulho gigante desta vontade dela e desta autonomia... 
Obrigada pelas partilhas! 
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Magda L Pais a 18.10.2018

Se estes posts ajudaram a desmitificar a coisa, nem que seja só para a tua filha, já é excelente e cumpriram o seu objectivo.


Ainda não se sabe bem como vai ser depois do Brexit. Resta esperar, nesse aspecto. Mas não sendo Inglaterra há imensas oportunidades por esse mundo fora para alguém decidido como a tua filha
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Inês a 18.10.2018

Gosto muito destes posts. Pensei fazer o curso superior no Reino Unido e, na altura, não o fiz por duas razões: o curso que queria parecia-me muito bom em Portugal (e não via razão para o tirar no Reino Unido) e era um curso muito exigente pelo que estudar e trabalhar em part-time não me parecia boa ideia. Agora que estou no 5º ano sei que tomei uma boa decisão. Seria incapaz de ter tantas horas de aulas, tantas horas de estudo em casa e de estágios nas férias e acrescentar um emprego a isso. Mas percebo perfeitamente os argumentos de quem decide ir, e acho muito bem. Neste momento, equaciono fazer estágio final de curso no Reino Unido e tentar arranjar emprego por lá.
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Magda L Pais a 18.10.2018

Qualquer opção- ir ou ficar- é tão válida como a outra, depende apenas e só de quem decide


Dado o Brexit, se a tua ideia é ires, talvez fosse boa ideia te informares rapidamente das possibilidades uma vez que as condições vão mudar 


Obrigado!

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