layout - Gaffe
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A Van perguntou se o medo é o que nos move? e é curioso que, há uns dias atrás, depois duma reunião mais atribulada, houve uma outra pessoa que me perguntou o que é que me movia.
Bom, no caso da dita reunião, a resposta foi simples – move-me a promessa feita a uma pessoa de que iria fazer de tudo para resolver o imbróglio existente. E pronto. A senhora em causa já faleceu mas o problema está longe de estar resolvido. Mas promessas são promessas e eu faço de questão de cumprir o que prometo. Mesmo quando um ou outro anormal me ofende. Felizmente tenho dois ouvidos e portanto as ofensas entram por um lado, saem pelo outro e assunto arrumado.
Mas depois de ler o texto da Van…
(vá, vão lá ler num instantinho, eu espero aqui)
…
Já leram? É muito bom, não é? E ajuda-nos a refletir.
Continuemos então.
Dizia eu que, depois de ler o texto da Van, fiquei na dúvida sobre o que me move no resto. O medo ou a coragem? Não me considero especialmente corajosa, antes pelo contrário. Mas se calhar também não sou especialmente medrosa – excepto no que toca a trovoadas e alturas. Ai sou terrivelmente medrosa e não consigo, por mais que tente, resolver esses medos.
Já outros medos que eu tinha foram sendo enfrentados. Achei-os estúpidos, apesar de os ter e resolvi enfrentar. Por exemplo, andar de metro ou de elevador era um martírio. Aos poucos consegui tratar-me (sozinha) e hoje ando de metro ou de elevador sem qualquer receio. Ou com algum mas nada que me impeça de os utilizar. Aliás, é como o medo de viajar de avião e que foi suplantado pelo gosto de viajar.
Parece-me que, refletindo um pouco sobre isto, se calhar o que me move é um misto de medo e de coragem. Porque há medos que os enfrento e resolvo, com a coragem que vou tendo. E outros que não tenho coragem de enfrentar. Sim, se calhar é assim que todos nós, não acham?
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