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Família

por Magda L Pais, em 27.09.14

Esta é a minha família, em versão cartoon, feita pela minha filha para um trabalho da escola. Dum lado, do meu, parte da minha família de sangue, aquela que partilha comigo o ADN e que me atura há quase 45 anos. E está o meu marido. Que partilha a casa, a vida, os filhos e os animais comigo. E do lado do meu marido quem partilha com ele o ADN e que me aturam à menos tempo.

 

Hoje vou só falar do meu lado familiar. E do meu lado da família não estão aqui todos. Primeiro porque não cabem todos. Faltam alguns primos e primas, tios e tias. E faltam outras pessoas porque, para mim, a família não se resume a quem partilha o ADN comigo ou com o meu marido. A família não pode ser um conceito tão restrito.

 

Para além da família que está na imagem, faz parte da minha família o meu irmão António. Somos irmãos de pai e mãe diferente. Quando eramos novos, ou estávamos na casa dos meus pais, ou estávamos na casa dos pais dele. Mas estávamos sempre juntos. Crescemos juntos. Ele casou e a Nela é a minha cunhada. Nem sequer há conversa sobre isso. A filha deles é a minha sobrinha assim como eles são tios dos meus filhos (e é assim que estão todos habituados). Não partilhamos o ADN mas partilhamos o sentimento.

 

E ser da mesma família é isto mesmo – é partilhar, mais que o ADN, o sentimento de família. É sabermos que, como família, apesar de discussões, pontos de vista diferentes e distância, que estamos lá para todos. E a minha família é isto tudo. É irmos todos para o hospital quando um de nós está doente, é começarmos a preparar o Natal em Outubro, é estarmos juntos sempre que podemos e sem razão. É discutirmos e logo a seguir estarmos abraçados. É concordar em discordar. É defender com unhas e dentes os seus elementos. É vibrarmos com as vitórias uns dos outros e apoiarmos nas derrotas.

 

E é por isto tudo que tenho orgulho da minha família. Nos avós, nos tios, nos pais, nos primos, nas irmãs e no irmão, nos cunhados e na cunhada, nos sobrinhas e sobrinhas. E no meu marido e nos meus filhos.

 

Se eu podia viver sem a minha família. Não, não podia.

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