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Estou de férias! Já vos disse que estou de férias e a adorar? Pois, é a mais pura das verdades. Estou de férias naquela que quase que diria que é a minha segunda terra, já que a maior parte das férias é aqui que passo
(e só não venho mais vezes, principalmente no Inverno, porque aqui, tirando a praia e a biblioteca, não há mais nada. O que é uma pena porque Sesimbra teria tanto para dar em todas as estações do ano e é tão pouco aproveitada)
Mas adiante que hoje não vos quero fazer pirraça com as minhas férias. Hoje quero falar nos problemas que a maior parte dos comerciantes de Sesimbra tem para passar o inverno.
Sesimbra, nos meses de verão, está cheia de gente. Gente que vem passar o dia, que vem passar o fim-de-semana, que passa cá a quinzena ou o mês. Gente que vai e volta e que fica. No Inverno a gente que fica é a gente da terra. Pouca gente. Gente que não vai todos os dias ao café (muitos nem uma vez por semana lá vai) e gente que raramente janta fora, come um gelado ou vai petiscar. São gente, é verdade, mas não são turistas. E, por isso, no Inverno, é vê‑los, aos cafés, às tascas, aos restaurantes e às gelatarias sem gente, às moscas, só com os empregados.
Esses mesmos cafés, tascas, restaurantes e gelatarias, no verão, estão cheios, onde se esgotam gelados e bebidas, em que é preciso voltar à padaria porque o pão acabou e onde a gente que é turista gasta os euros que trouxe para passar um dia diferente.
Seria de esperar que esses cafés, tascas, restaurantes e gelatarias que passam, literalmente, as passinhas do Algarve para sobreviver no inverno, aproveitassem, ao máximo, os meses de Verão, abrindo todos os dias, estando sempre disponíveis para atender as gentes que vêm de fora.
Só que não.
No Verão, quando chegamos a Sesimbra (e acredito que noutras terras seja igual), há cafés, restaurantes, tascas e gelatarias que fecham para descanso de pessoal a um qualquer dia de semana (e até ao sábado e domingo quando há mais gente), outros que fecham para férias (e um mês inteiro se for caso disso) e outros que, às 22h, se recusam a servir uma refeição.
Caramba! Não discuto aqui o direito ao descanso e às férias, desenganem-se. O que discuto é o facto de que, na altura do ano em que podem ganhar mais dinheiro, em que podem fazer como a formiga e amealhar para o inverno, se comportem como cigarras. Com todo o prejuízo que isso acarreta para eles próprios e para a credibilidade da vila.
Se calhar, valia a pena pensarem nisso, não?
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