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É inevitável. A partir de determinado momento as nossas crianças deixam de ser tão crianças assim e começam a querer tomar decisões. Pode ser o sítio onde se vão sentar para comer, a roupa que vão vestir ou se pegam numa faca para cortar a comida. Tudo serve para contrariarem os pais e tentarem levar a deles avante.
E isto é positivo, apesar de nem sempre os pais o perceberem. É sinal que estão a crescer e a ganhar autonomia. E por isso batalham ao máximo para que os pais cedam e os deixem fazer as coisas como eles querem. Levando a coisa ao extremo, quase que nos sentimos num verdadeiro cenário de guerra, com os pais a dizer alhos e os filhos a dizerem bugalhos, acabando por se envolverem em conflitos constantes, em que pais e filhos se esgotam – em argumentos e em paciência.
Ninguém quer viver em conflito. Qual é o pai/mãe que gosta de acordar a discutir com os filhos e passar assim o dia todo, até se ir deitar? Nenhum, obviamente.
Mas, por outro lado, quem é que gosta de ser constantemente contrariado, de que não lhe permitam ter ideias, decidir ou escolher? E é isto que os filhos sentem quando os pais fazem valer, a todo o custo, as suas decisões.
Há que encontrar um meio-termo, uma solução que permita que os pais não passem o dia a discutir e a impor-se aos filhos e, ao mesmo tempo, permita que os filhos tomem decisões.
A solução? Escolher as batalhas, as situações em que realmente é importante que os pais imponham a sua posição. Qual é a diferença entre a blusa azul ou a amarela? Entre a cadeira do lado direito e a do lado esquerdo? Se a vida da criança não está em risco, se a sua integridade física está garantida e se não vai ser mal-educada com alguém, porque é que tem de fazer daquela maneira e não doutra?
Ao escolhermos quais as situações em que é fundamental que a criança obedeça e ao deixarmos que, noutros casos, seja ela a escolher, estamos a respeitar a criança, a deixa-la crescer e a mostrar-lhe que confiamos nela. Ao mesmo tempo estamos a passar-lhe a mensagem de que, quando exigimos alguma coisa, é porque é mesmo importante e não um simples capricho da nossa parte.
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