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Quando eu era pequenina
(não que agora seja muito grande, até sou a mais pequena lá de casa…)
Dizia eu, quando eu era pequenina, aprendi muitas coisas com os meus pais e avós. Entre elas estava uma regra fundamental – a passagem da estrada é feita na passadeira. Com cuidado que os carros podem não nos ver ou não conseguir parar a tempo, e sempre na passadeira. E quando há semáforos, para além de se ter os mesmos cuidados, há duas coisas muito simples a respeitar – quando está vermelho, para-se. Quando está verde, anda-se. Até os bonequinhos do semáforo estão a andar, no verde e parados no vermelho. E se, por muito azar, tiveres mesmo de passar pela estrada fora da passadeira, é para passar em linha recta, em acelerado, de modo a estares o menor tempo possível na estrada.
Sempre achei que eram regras simples. Vermelho – parada. Verde – toca a andar. E cuidado para não levar com um carro em cima que só tenho este corpinho que os meus pais me deram e que não permite substituição de peças e um carro é coisa para o danificar seriamente.
Parece óbvio, certo? Nada de muito complicado, não é preciso um QI dum Einstein para perceber estas regras.
Então porque é que todos os dias vejo pessoas que desrespeitam estas regras? Que passam de qualquer maneira, em qualquer lado, levando, muitas vezes, os condutores, a fazerem manobras perigosas para evitarem levar alguém sentado no capô do carro? E porque é que, havendo passadeiras, passam fora delas, às vezes na diagonal? E porque é que, quanto menos mobilidade as pessoas, mais desrespeitam estas regras?
Todas as manhãs vejo pessoas que correm para o autocarro e atravessam a estrada sem esperarem pelo sinal verde para os peões, na diagonal e sem verem se vem algum carro. E às vezes há acidentes. E depois tentam culpar os condutores. E esquecem-se que tudo aconteceu porque o vermelho é para parar e o verde para andar.
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