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Redes Sociais

por Magda L Pais, em 07.02.15

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De vez em quando lá vem os arautos da desgraça dizer que “ah e tal as redes sociais acabam com os relacionamentos pessoais” ou que “por causa das redes sociais as pessoas falam cada vez menos e as amizades desaparecem”… isto para juntar em duas frases apenas o que tanta gente diz por ai.

Apresento-me perante vós, defensora acérrima desta modernice chamada rede social. E porque é que sou tão defensora?

São tantas as razões que vou começar pelas mais velhas e que andam lá em casa todos os dias. Os meus filhos. Estranho não é? Ou então não, se pensarmos que conheci o meu marido através das redes sociais (na altura chamava-se ICQ). Estamos juntos há 15 anos. Tanto que se fala hoje nos casamentos pela internet e nós, há 15 anos, fomos quase que os pioneiros. Nós e não só, claro.

Conheci gente fabulosa através desse ICQ, amizades que ainda hoje se mantém, com maior ou menor contacto mas, a verdade, é que continuamos amigos.

Através do Luso-poemas e do meu blog conheci mais umas quantas pessoas de quem me tornei amiga inseparável.

E, no topo do bolo, aquela cereja sumarenta que todos queremos, é, de facto, o facebook e a ajuda que dá em reencontrar aqueles amigos e amigas que julgávamos perdidos de vez. Já me aconteceu isso e, acreditem, é uma sensação indescritível. Em muitos casos, só o sabermos que estão ali e que podemos falar com eles se nos apetecer, já é bom.

Já vos falei no Regresso ao passado... No ISCAL noutras vantagens do facebook. Foi através do facebook e da internet que voltamos a ter contacto depois de alguns quiproquós nos terem separado - na altura em que saímos da faculdade ainda eram poucos os que tinham telemóvel ou email. Através do facebook fomos reatando o contacto e hoje temos um grupo fechado, no facebook, onde vamos conversando e combinando os nossos encontros.

Há ainda aqueles casos em que retomamos a amizade no preciso sítio onde a tínhamos deixado. Há ainda a família - aquela que só encontrávamos em casamentos e funerais ou que vive noutro país - e com quem, agora, por causa do facebook, falamos quase todos os dias.

Se há coisas más? Há, mas também há quando vou ao café, ao cinema, jantar fora…

O facebook, aliás, todas as redes sociais - são, única e exclusivamente, o retrato da nossa sociedade, com todas as coisas boas e coisas más que a vivencia em sociedade tem. Resta, aos utilizadores, saber aproveitar o lado positivo e relegar para último plano as coisas negativas. E só afasta quem se quer afastar e só junta quem se quer juntar. Tal e qual como num café ou numa pastelaria, quem quer estar junto, está, quem não quer não está.

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10 comentários

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Sara a 07.02.2015

Eu não tenho conta em lado nenhum (tirando aqui claro) e as pessoas ficam chocadas quando digo isto...lol. Sempre tive algumas preocupações sobre o assunto: o grau de dependência da coisa, o quantidade de informação partilhada que nunca irá desaparecer e sabe-se lá quem mais lê, as estranhas relações que se formam...Acho que as redes vieram alterar o conceito de amizade para as gerações mais novas (um dia amaremos exclusivamente no virtual...) e tb o conceito de privacidade. Outras coisas as redes vieram por em evidência como a terrível solidão em que se vive hoje: estamos desesperados por ser ouvidos e por sermos notados. Uma contingência do mundo moderno...Nada contra quem usa claro. Ouvi dizer que há uns jogos giros lá.

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Magda L Pais a 08.02.2015


há questões que são, de facto, fruto da modernidade - o facto de nada desaparecer, o que se partilha, etc. Mas a verdade é que algumas dessas questões existiram sempre mas num conceito mais pequeno. Eu, que sou uma dinossaura da net - já a uso há + ou  - 15 anos - aprendi, desde o primeiro dia, que só se partilham as informações que partilharia se chegasse a um café novo numa cidade nova. Infelizmente sempre assisti a pessoas que partilham de tudo e mais um par de botas (deles, da família, dos amigos) sem qualquer preocupação. Usado com moderação, sem excessos, o facebook tem, efectivamente, vantagens (na minha opinião). Agora quando as pessoas perdem a noção da realidade e só vivem para o facebook... bom, algo está de errado com a pessoa (e não no facebook, como muitos querem fazer querer).
Sim, há jogos giros por lá :p confesso que já joguei mais, agora nem tanto
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nice a 07.02.2015

Eu sou da opinião de que desde que se usem com consciência, as redes sociais só podem trazer coisas boas.
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Magda L Pais a 08.02.2015

basicamente é isso mesmo
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Eu sou da opinião que usado com moderação não pode fazer mal, agora exageros não! Lembrei-me duma mãe que manda sms ao filho para vir para a mesa!!! Oh pá, não sei há cada coisa....
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Magda L Pais a 08.02.2015


assim meio na brincadeira, eu e o maridão chegávamos a estar sentados os dois ao computador, lado a lado, e falávamos por mensagens. eheheheheh mas não era sempre, claro.

Sim, com moderação é positivo, com exageros não
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Claro que às vezes sucede, trocar umas mensagens, mas esta mãe não sabe falar com o filho de outra forma, até para o repreender, mesmo que esteja ali ao lado! É uma daqueles casos  já no limite!
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Magda L Pais a 08.02.2015


credo... isso já é demais, de facto...
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BataeBatom a 08.02.2015

Adorei a conclusão!
E eu que, ao início, não queria aderir ao facebook...Só me convenceram quando entrei na faculdade e tive que criar uma conta, para poder estar em contacto com cerca de 300 pessoas, num grupo.
Mas recentemente tive mais uma prova de como nos pode facilitar tanto a vida: fui aos computadores da biblioteca da minha faculdade e encontrei, junto do teclado, um cartão de estudante (que pode estar associado a uma conta bancária e é uma chatisse perdê-lo). Em vez de optar por deixá-lo na receção, fui ao facebook, digitei o nome que constava no cartão e mandei-lhe uma mensagem a informar que o tinha na minha posse. Passados poucos minutos, a rapariga (estava lá perto) veio ter comigo e ficou resolvido. Ainda nem tinha dado pela falta do cartão e não se chegou a preocupar com o assunto! :D
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Magda L Pais a 08.02.2015


ora ai está mais uma utilidade da qual não me tinha lembrado. É só querer e encontramos coisas boas.

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