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De vez em quando lá vem os arautos da desgraça dizer que “ah e tal as redes sociais acabam com os relacionamentos pessoais” ou que “por causa das redes sociais as pessoas falam cada vez menos e as amizades desaparecem”… isto para juntar em duas frases apenas o que tanta gente diz por ai.
Apresento-me perante vós, defensora acérrima desta modernice chamada rede social. E porque é que sou tão defensora?
São tantas as razões que vou começar pelas mais velhas e que andam lá em casa todos os dias. Os meus filhos. Estranho não é? Ou então não, se pensarmos que conheci o meu marido através das redes sociais (na altura chamava-se ICQ). Estamos juntos há 15 anos. Tanto que se fala hoje nos casamentos pela internet e nós, há 15 anos, fomos quase que os pioneiros. Nós e não só, claro.
Conheci gente fabulosa através desse ICQ, amizades que ainda hoje se mantém, com maior ou menor contacto mas, a verdade, é que continuamos amigos.
Através do Luso-poemas e do meu blog conheci mais umas quantas pessoas de quem me tornei amiga inseparável.
E, no topo do bolo, aquela cereja sumarenta que todos queremos, é, de facto, o facebook e a ajuda que dá em reencontrar aqueles amigos e amigas que julgávamos perdidos de vez. Já me aconteceu isso e, acreditem, é uma sensação indescritível. Em muitos casos, só o sabermos que estão ali e que podemos falar com eles se nos apetecer, já é bom.
Já vos falei no Regresso ao passado... No ISCAL noutras vantagens do facebook. Foi através do facebook e da internet que voltamos a ter contacto depois de alguns quiproquós nos terem separado - na altura em que saímos da faculdade ainda eram poucos os que tinham telemóvel ou email. Através do facebook fomos reatando o contacto e hoje temos um grupo fechado, no facebook, onde vamos conversando e combinando os nossos encontros.
Há ainda aqueles casos em que retomamos a amizade no preciso sítio onde a tínhamos deixado. Há ainda a família - aquela que só encontrávamos em casamentos e funerais ou que vive noutro país - e com quem, agora, por causa do facebook, falamos quase todos os dias.
Se há coisas más? Há, mas também há quando vou ao café, ao cinema, jantar fora…
O facebook, aliás, todas as redes sociais - são, única e exclusivamente, o retrato da nossa sociedade, com todas as coisas boas e coisas más que a vivencia em sociedade tem. Resta, aos utilizadores, saber aproveitar o lado positivo e relegar para último plano as coisas negativas. E só afasta quem se quer afastar e só junta quem se quer juntar. Tal e qual como num café ou numa pastelaria, quem quer estar junto, está, quem não quer não está.
Eu não tenho conta em lado nenhum (tirando aqui claro) e as pessoas ficam chocadas quando digo isto...lol. Sempre tive algumas preocupações sobre o assunto: o grau de dependência da coisa, o quantidade de informação partilhada que nunca irá desaparecer e sabe-se lá quem mais lê, as estranhas relações que se formam...Acho que as redes vieram alterar o conceito de amizade para as gerações mais novas (um dia amaremos exclusivamente no virtual...) e tb o conceito de privacidade. Outras coisas as redes vieram por em evidência como a terrível solidão em que se vive hoje: estamos desesperados por ser ouvidos e por sermos notados. Uma contingência do mundo moderno...Nada contra quem usa claro. Ouvi dizer que há uns jogos giros lá.
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