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(Odi)
(Marty)
(Odi)
Odi & Marty
(Marty)
(Odi)
Aqui há um mês, mais dia menos dia, uma boa amiga minha, a Cati, estava a passear na rua, em Oeiras, e deu com o Odi e o Marty. O Marty estava a lutar com outros cães, incitado por quem assistia e o Odi estava a ser obrigado a comer comida que se via claramente que estava envenenada.
(não consigo, por mais que tente, perceber o que leva o ser humano - supostamente racional - a fazer isto mas a verdade é que há seres humanos capazes de descer muito baixo. E de nos surpreender, pela negativa, descendo ainda mais baixo do que pensávamos ser possível).
A Cati, obviamente, interviu, e levou ambos para casa. Só que não os pode manter. Ambos estão muito bem treinados (a Cati tem imensa experiência com animais) e são um mimo. Entrega-los agora a uma associação é quase um crime uma vez que ela já os treinou para serem adoptados e ficarem com uma família.
Neste momento estão confinados a um pequeno espaço, pelo que se adaptam bem a um apartamento. Podem ser adoptados em conjunto ou em separado e quase que não ladram.
Portanto, podem ajudar-me a ajudar o Odi e o Marty? seja adoptando (isso seria um must) ou partilhando este post até que alguém seja adoptado por eles?
Se forem precisas mais informações, digam que estou cá para isso.
Entretanto...
Que esperam para me acompanhar no facebook e no instagram?
Conhecem o meu blog sobre livros?
Estamos a chegar ao Natal, altura em que muitas crianças pedem um cão ou um gato. E em que muitos pais cedem sem pensar nas consequências ou sequer pensar nos animais. Calam os filhos - nem que seja por uns dias - e depois... bem, depois é o que sabemos.
Faz dia 6 de Janeiro próximo quatro anos que a nossa Bunny nos adoptou. Estava numa loja que promove a adopção de animais (e até oferece um kit de adopção com várias coisas que precisamos para os animais) e chorava que se desunhava na pequena gaiola (na verdade ela própria era minúscula). Foi amor à primeira vista e, sem pensarmos muito bem (e, ao mesmo tempo, tendo consciência que seria um compromisso para 17/18 anos), a Bunny veio connosco para casa. Desde esse dia e não houve um segundo em que qualquer um de nós colocasse essa decisão em dúvida ou pensasse sequer que tinha sido melhor não sermos adoptados por ela.
Sabem porque vos conto isto? porque a Bunny foi um presente de Natal que alguém decidiu oferecer. Fará no próximo dia 24 de Dezembro quatro anos que alguém entrou naquela mesma loja e levou a Bunny e que, depois a 6 de Janeiro, voltou à mesma loja para a devolver porque: 1. fazia xixi, 2. fazia cocó, 3. gania e ladrava. 4. largava pêlo. Vamos pensar todos em conjunto. A Bunny é um animal. Todos os animais fazem xixi e cocó. Porque é que a Bunny seria diferente? Continuemos a pensar. A Bunny é uma cadela. Cães ladram e ganem. A menos que a Bunny fosse muda, o mais normal seria que ladrasse ou ganisse. É a forma dela comunicar. E quanto ao pêlo? bem, não conheço animal algum que tenha pêlo e que não o largue.
Tivemos sorte. Apesar das razões estúpidas que levaram a que a Bunny fosse devolvida à loja, a verdade é que, se isso não tivesse acontecido, hoje não a teríamos connosco e as nossas vidas seriam muito menos felizes. Mas o caso da Bunny é um em milhares de animais que são adoptados no Natal e abandonados ao fim de pouco tempo. Pelas mesmas razões que a Bunny ou por outras (onde se inclui a famosa cresceu...).
É por isso que digo Não! Não à adopção irresponsável de animais que correm o risco de engrossar a fileira dos abandonados nas associações ou à mercê da sua má sorte na rua. Não! Não à oferta de animais no Natal sem tentarem perceber primeiro se tem condições para o fazer. Não! a ceder à vontade de crianças só por capricho ou para as calar.
Mas sim! se realmente o pode e quer fazer, sim! Se tem noção de que vai gastar dinheiro sem fim em vacinas, chip, esterilização, registos, comida, etc e tal. Sim! se sabe que os animais largam pêlo, que ladram, que miam, que fazem as suas necessidades fisiológicas (de início em casa) e que é preciso limpar. Sim! se sabe que ter um animal é ter um compromisso a longo prazo. Seguramente que sim!
Caso contrário.. não adopte, não compre, não tenha um animal. Merece tanto, mas tanto, o meu (e provavelmente dos outros) respeito se optar por não ter um animal como se o tivesse.
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