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Desafio dos Pássaros #2.1

Acho que a coisa não vai correr bem

por Magda L Pais, em 31.01.20

Acho que já todos ouvimos as notícias sobre o coronavírus

(e não, não tem nada a ver com a cerveja Corona apesar de ter dado imenso jeito para os memes que circulam por essa internet fora)

E sobre as formas de contágio, de quarentena, de cuidados. Além, claro, das teorias da conspiração e dos malandros das farmacêuticas que querem é ganhar dinheiro.

Pelo meio e enquanto a esmagadora maioria dos políticos por esse mundo fora são da opinião que quarentena é quarentena e por isso há que manter o isolamento de quem teve ou pode ter tido contacto com potenciais doentes, cá, neste jardim à beira mar plantado, há quem defenda que sim, vamos lá buscar os portugueses, e deixemos que vão para as suas casas na paz do senhor e depois, se ficarem doentes, com certeza que eles ligam para a saúde 24.

Correndo o risco de ser fuzilada por todos vós e de me rogarem todas as pragas do Egipto e da Austrália, não concordo mesmo nada com esta decisão que tem tudo para não correr bem.

Ora vamos lá a ver. O período de encubação do coronavírus são 14 dias, durante os quais o paciente não tem sintomas mas pode contagiar outros. Para contas simples, vamos imaginar que são 10 portugueses que regressam doentes. Ora se cada um deles contagiar 10 outras pessoas e essas 10 contagiarem outras 10… estão a ver em quão pouco tempo o vírus se espalha sem controlo? E estamos a partir do pressuposto que, assim que ficarem doentes, ficam em isolamento e que só chegam 10 doentes. E se forem mais? E se contagiarem mais?

Um dos portugueses que decidiu ficar na China explicou que não está num cenário de guerra e por isso não vê necessidade de ser retirado. Concordo com ele e, muito provavelmente, seria a minha decisão se lá estivesse. E antes que venham com a lengalenga de que, se fosse a minha família a lá estar eu pensava de outra forma, estão a perder tempo que nestas coisas sou muito pragmática. Se a minha filha, em vez de estar em Leicester, estivesse em Wuhan, quanto muito tentaria chegar perto dela para a acompanhar caso ficasse doente. Não iria correr o risco de contaminar o resto da família (e, por conseguinte, ajudar a espalhar o vírus pelo mundo).

Enfim… só vos digo que, sem cuidados extremos, acho que a coisa não vai correr bem...

 

May we meet again

Texto de participação no desafio de escrita dos Pássaros

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