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O Sapoblogs escolheu, entre os mais de 3400 posts que destacaram em 2014, os 14 mais marcantes do ano. Como eles explicam, foi uma das possíveis escolhas, outras haveria com o mesmo mérito. Já os vi e, de facto, são excelentes escolhas.
Apeteceu-me marcar este fim de ano fazendo a mesma escolha. Por isso hoje é dia de vos dizer quais os posts que mais me marcaram em 2014. Houve, seguramente, mais posts que adorei ler e que estão na minha lista de favoritos que está sempre a aumentar.
Então, e sem ordem especial, aqui ficam:
Num ano em que houve imensas mortes às mãos dos terroristas, que ainda por cima “fizeram o favor” de filmar para depois mostrar as imagens da decapitação, a Allen Girl começa este texto com a seguinte frase: Não consigo perceber o que leva as pessoas a publicarem nas suas páginas de Facebook vídeos ou imagens desagradáveis.
Do excesso de peso e da aceitação.
Só quem tem excesso de peso, como eu, consegue entender este desabafo da M*, porque não é fácil aceitar aquilo que somos. Uma frase, um momento, uma pessoa ou tudo isto junto e deixamos que sejam os outros a controlar a nossa vida, o modo como nos vemos.
A Inês é escuteira há quase 3 anos. Mais um caso em que, só quem é ou foi escuteira, como eu, entende o que é tencionar fazer parte desta família até bater a bota e só espero que a vida não me pregue uma partida e eu seja forçada ao contrário. Vêm-me as lágrimas aos olhos só de pensar nisso. Eu "Prometo pela minha honra e com a graça de Deus, fazer todo o possível por" isso, palavra de escuta.
A Sofia Margarida sabe e eu também. Ambas sabemos que, por mais longe que o nosso objectivo esteja é sempre possível chegar lá. Basta querermos, sem dúvida.
Ai, a mudança, essa grande malandreca...
O Sapoblogs mudou a plataforma e caiu o carmo e a trindade, literalmente. A Bad Girl conta-nos que: Meu Deus, meu Deus, meu Deus, mudaram os blogues do sapo...
Feios! Maus! (Não escrevi "porcos" pois, na realidade, não sei nada sobre os hábitos de higiene da equipa do sapo).
O filho do José da Xã escolheu aquilo que mais gosta de fazer, em detrimento de uma segurança de emprego. Hoje o pai relembra-se desse início de tarde como uma lição (mais uma) para a vida e que corresponde a nunca fazer projectos para os outros.
A Just_Smile acredita, e eu também. Diz-nos ela que Sei que faz parte da vida a transformação, sei que faz parte as relações pessoais modificarem-se, sei que é necessária a mudança para se continuar a crescer, mas o porquê de algumas pessoas se afastarem sem aviso prévio?
A Sofia escreveu, à sua mãe, a carta que todos os filhos gostariam de escrever e que todas as mães gostariam de receber. Mas, em vez de uma carta só para ti, escrevo para que todos fiquem a saber quem és, e o quanto te amo.
Um cão que teve direito a festa de despedida
Só quem tem animais de estimação consegue entender o amor que foi necessário para que esta família desse, ao seu cão, uma festa de despedida antes de morrer. A Miúda mostra-nos algumas das fotos dessa festa que fez com que o último dia fosse, provavelmente, um dos seus melhores dias.
Não entende a Cindy, nem eu. Chega Dezembro e é sempre a mesma coisa. A par daqueles que como eu gostam do mês pela magia que o Natal lhe traz, há outros que começam com o relambório do consumismo e que somos todos más pessoas porque gostamos de dar e receber prendas.
Ontem. Ou quando um Homem quiser.
Eu e a BB queremos acreditar que as campanhas de solidariedade continuarão em vigor nos próximos meses. Que o instinto de ajudar um desconhecido não é apenas fruto da época. Que o calor das lareiras manterá os corações quentes durante o resto do ano.
Era Natal. Contava oitenta e três Natais. E, sozinho em casa, pedia a Deus que não tivesse de contar mais nenhum.
A Maria conta-nos a história de um dos muitos velhotes que são abandonados.
O problema que se passa em muitos cafés por esse país fora, visto pela M.J.:
- vêm para aqui horas, tomam um descafeinado cada uma e fazem esse chinfrim todo.
encolho os ombros, pago o café, possivelmente irá dizer que eu pago um café e fico ali, quieta, a ocupar uma mesa com um livro parvo, numa língua estranha, que tenho a certeza, ele não deve falar.
A Gaffe pergunta-nos Ler não é, ou não deve ser, um exercício e um prazer controlado? E ainda nos explica – ou relembra – É impossível lermos tudo. A humildade de partirmos do princípio, devagar e conscientes que não temos tempo para abarcar a Biblioteca toda, fornece a coragem de escolhermos os "velhos" para podermos depois saber escolher e saber ler os "novos" sem atribuirmos grande importância ao cânone literário que será sempre uma membrana permeável e falível.
Em resposta ao desafio da Just Smile, aqui fica o meu melhor de 2014.
1. Série Televisiva
2014 foi um ano pródigo em séries para vermos em família. De todas as séries que gostamos de ver, tenho, sem dúvida, duas preferidas - Bem Vindo a Beirais e A Teoria do Big Bang.
Bem Vindo a Beirais é uma série portuguesa que retoma as origens do humor português. Quase que imaginamos que Vasco Santana ou Ribeirinho nos vão entrar pelo ecrã a dentro. A série foi imaginada, inicialmente, para ter apenas 80 episódios mas o sucesso é tanto que já vai em 380 episódios, correspondendo a três temporadas. E, ao que parece, já começaram a gravação da quarta temporada. Beirais é uma aldeia (na verdade é a Aldeia do Carvalhal) onde tudo acontece - o primeiro padre deixou de o ser para casar com a moça que explora a sociedade recreativa, a beata faz a vida negra ao padre, o presidente da junta de freguesia é vigarista, há jovens bem comportados e outros que nem por isso, episódios de violência doméstica, etc. Em Beirais a vida acontece tal como ela é, mas com muito humor. Apesar de haver um fio condutor, os episódios podem ser vistos em separado. A série conta com um elenco fixo e com inúmeras participações especiais.
A Teoria do Big Bang conta-nos a história de um grupo de amigos: Sheldon Cooper, Leonard Hofstadter, Penny, Howard Wolowitz, Rajesh Koothrappali, Bernadette e Amy Farrah Fowler. E não podiam ser mais improváveis. Todos, com excepção de Penny, são os verdadeiros cromos, com QI's muito acima da média, e um relacionamento, entre eles, completamente disfuncional, o que torna cada episódio numa barrigada de riso, ao ponto de efectivamente doer a barriga de tanto rir. De notar que esta série tem o casal de namorados mais estranhos de sempre - Sheldon e Amy. A série estreou em 2007 mas só este ano é que a descobrimos lá em casa. Já vimos todos os episódios de todas as temporadas, alguns várias vezes, mas descobrimos sempre razões para rir.
2. Filme
Foi um ano muito parco em filmes aqui deste lado. Mas foi também o ano em que descobri, por causa dum filme, uma das trilogias que está no meu top ten de livros. Falo de Divergente.
É um dos poucos casos em que o filme não se fica atrás do livro. Quando saímos do cinema, eu e a minha filha fomos direitinhas à Bertrand comprar a trilogia. Os três livros foram devorados lidos em menos dum fósforo, tendo sido necessário haver negociações entre as duas porque ambas queríamos ser as primeiras a ler. O final desta trilogia deixa-nos com um nó no estômago e só mais tarde é que percebi que não podia ter terminado de outra forma. Aguardamos agora que saiam os dois filmes seguintes para vermos se se mantêm fieis aos livros, tal como aconteceu com o primeiro.
3. O livro
Para saberem o livro de 2014 basta lerem este post
4. A viagem
Este ano, em Julho, resolvemos ir conhecer a Ilha da Madeira. Quer dizer, na verdade, eu já conhecia a Ilha – esta foi a minha sexta visita – mas o maridão e os filhotes nunca tinham lá ido.
Alugamos uma carrinha, ficamos na casa da minha comadre e do meu afilhado e, onze dias e quase dois mil quilómetros depois, ficamos a conhecer a Ilha da Madeira quase ao pormenor. Por terra e por mar. Foram onze dias de reencontros com amigos e amigas que são como família. Onze dias de passeios, boa comida, excelente companhia e ainda melhor convívio.
A ilha continua tão linda como sempre a recordei. Muitas das estradas mais bonitas – mas também mais perigosas – foram fechadas (algumas por derrocadas) mas a beleza continua lá. Hoje é muito mais fácil (e mais rápido) percorrer a ilha de carro mas ainda há algumas estradas que enfim....
Escolhi, para ilustrar esta viagem, a estrada para o céu, no Pico do Areeiro.
5. O post
Para o post do ano fica-me a dúvida entre dois que me marcaram pelos temas que abordam.
No Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, a M* contou esta história que é a história de muitas mulheres (e homens). A ler e a reflectir.
No dia de Natal ele ficou sozinho em casa. É o que nos conta a Maria das Palavras no texto Sozinho em casa. Mais um texto para leitura e reflexão. Eu já o fiz aqui.
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2014 foi também o ano que resolvi reactivar o blog que andava por ai perdido. E que excelente ideia que tive. As amizades que, aos poucos, foram aqui nascendo, o que já aprendi e reaprendi, os textos que já tive oportunidade de ler desse lado e o carinho com que sou recebida nos vossos blogs e com que recebem os meus textos, é, sem dúvida, inestimável. Como não me quero esquecer de ninguém, não menciono ninguém em especial mas vocês sabem quem são. Obrigado por tornarem o meu ano de 2014 especial.
Mas 2014 também teve maus momentos. Entre outros, um cancro na minha mãe que, felizmente, foi descoberto a tempo, era operável e que, soubemos à uns dias, não deixou qualquer sequela. A operação à unha encravada do meu filho (que correu lindamente) e, por fim, a descoberta que o marido tem diabetes e a doença das coronárias e que, se o coração deixar, terá de fazer um bypass coronário.
Para 2015 fica a certeza que tudo vai correr bem – sou optimista por natureza, para mim o copo está sempre meio cheio – e a vontade de continuar aqui, a alimentar o blog com parvoíces, criticas aos livros que leio, reflexões e a continuação duma rubrica que me dá imenso gozo “aprender uma coisa nova por dia, nem sabe o bem que lhe fazia”. Em 2015 quero também continuar a ler-vos, por isso espero vê-los por ai.
Para 2014 propôs-me ler 50 livros, a mesma meta do ano anterior. Não que eu leia para bater recordes (meus ou dos outros), como já expliquei aqui, mas porque gosto de saber quantos leio.
O ano passado atingi os 52 livros lidos. Este ano fiquei-me por 44. Os 44 livros que vos mostro acima. Há de tudo, para todos os gostos, sem dúvida. Mas acima de tudo há os livros que eu gosto, que gostei de ler.
E o melhor? bem, para saberem qual foi o melhor de 2014 para mim, podem consultar aqui.
Para 2015 a meta será igual: 50 livros. Daqui a um ano darei noticias sobre essa meta.
2014 está a terminar e o sapoblogs quis fazê-lo em grande - assim como é a própria plataforma.
Escolheram as áreas em que queriam saber o que de melhor tinha acontecido em 2014 - filmes, leituras, albuns, séries televisivas, restaurantes, objectos e coisas que melhoraram a nossa vida - e escolheram, para cada um dos temas, cinco bloguistas para fazerem as suas escolhas. Eu tive o privilégio de escolher o meu livro favorito de 2014.
Consultem aqui, no especial fim de ano, as escolhas de cada um. Não se vão arrepender.
E quais são as vossas escolhas?
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