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Já sei que vão dizer que "lá 'tá ela de novo a por coisas da filha e tal, que mãe chata esta"... Pois, hoje é dia de trazer mais um texto escrito hoje pela minha piolha e que dá um excelente post e tema de reflexão por todos os pais e educadores. Vamos a isto:
Hoje em dia convivemos diariamente com estereótipos.
Um dos maiores é o facto de que somos tratados de maneira diferente, dependendo se somos rapazes ou raparigas. Quando entramos numa loja de brinquedos, por exemplo, reparamos logo na disposição dos brinquedos: há um espaço destinado aos rapazes e outro às raparigas e há a variação de cores e dos brinquedos em si.
Fazem-nos crer que existem brinquedos apenas para para rapazes e brinquedos apenas para raparigas. Mas não são só os brinquedos, são também as roupas e os comportamentos. As raparigas crescem a acreditar que só podem gostar de determinadas coisas e os rapazes também. As crianças crescem a pensar que tem de ser todas iguais e põem de parte quem quer que seja diferente, graças aos pais que os criaram assim.
Se uma rapariga quer um carro e um rapaz uma boneca, para quê negar-lhes? ao ter um filho as pessoas estão a pôr alguém sob a sua responsabilidade e o seu objectivo não deveria ser fazerem-nos felizes?
Eu acredito que as crianças (e não só) deveriam ter o direito a ter aquilo que os faz felizes.
Bom, eu acredito no mesmo. E quero acreditar que o fiz aos meus filhos.
Já agora, e para terminar, fica um gráfico que explica como se devem escolher os brinquedos para as crianças, que complementa, perfeitamente, este texto.
Tenho ideia de já ter mencionado muitas uma ou duas vezes que sou uma mãe muito orgulhosa dos seus filhos. Penso que também mencionei que o meu pirata filho adora pintar e que tem muito jeito para o fazer. Ora e aqui está, novamente, a prova disso. Desde Outubro do ano passado que o moço está a trabalhar neste tríptico que ficou pronto ontem. Digam lá que não é lindissimo?
Vejam aqui o díptico que ele fez para me oferecer.
Quando começamos a viver juntos - eu e o maridão - as tarefas domésticas eram divididas entre os dois. Depois vieram os filhos. E tratar dos filhos foi, desde o primeiro momento, tarefa... dos dois. Só assim fazia sentido, naturalmente.
Quando as crianças começaram a crescer, tivemos a preocupação (entre todas as outras claro) de tentar perceber como é que os haveriamos de ensinar a terem responsabilidades e a serem responsáveis?
Começamos então a dar-lhes tarefas domésticas. Adaptadas, claro, à idade. Hoje, com 13 e 11 anos, os meus filhos são responsáveis por: por/levantar a mesa, levar o lixo para a rua, passear e alimentar as cadelas, limpar as gaiolas e alimentar os coelhos. A Maggie já vai pedindo para cozinhar uma ou outra refeição (e até cozinha bem, ao contrário da mãe)...
No último teste de português que a minha filha fez, foi-lhe pedido que reflectisse sobre o seguinte tema: as tarefas domésticas devem ser partilhadas pelos homens e pelas mulheres. E esta foi a resposta que me deixou orgulhosa, felicíssima e sem palavras:
Eu concordo com a divisão das tarefas mas acho que essa não devia ser a maior preocupação de agora.
Os homens e as mulheres partilham as tarefas domésticas, sim, mas então e aqueles com filhos? Nos casais com filhos as tarefas domésticas deveriam ser distribuídas por todos, não apenas pelo homem e pela mulher. Há casos em que os pais são "escravos" dos filhos e estes não fazem a ponta "d'um corno". E eu não acho que isso esteja certo porque eles não aprendem a desenrascar-se sozinhos e transformam-se nuns pirralhos mimados que ninguém tem paciência para aturar. E como se isso não bastasse, ficam dependentes dos pais para tudo.
Voltando ao assunto dos homens e das mulheres, a realidade está alterada sim e há mulheres com cargos muito importantes e homens que são dependentes das suas mulheres. Mas eu não gosto das observações criticas que algumas mulheres recebem por ficar em casa e fazerem as tarefas domésticas. Alguns homens também são criticados pela mesma razão e eu acho que isso não está certo. As pessoas deviam poder fazer o que quisessem com a vida delas, sem terem ninguém a criticar.
Sim, estou orgulhosa. Sim, estou uma mãe babada. Sim, estou inchada que nem um peru em véspera de Natal. Mas acho que tenho razão para isso!
Pedi, ao meu filho Martim - que tem 11 anos - que fizesse um quadro para mim. E o meu filho resolveu fazer dois quadros. O primeiro já me tinha sido dado em 22 de Junho deste ano e falei dele aqui. Ontem recebi o segundo e confesso que estou superencantada com este díptico.
Obrigado piolho. Estou muito orgulhosa
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