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Uma paixão chamada livros #16

por Magda L Pais, em 16.05.15

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45 dias, 45 temas relacionados com livros. Começamos, eu e a M*, no dia 1 de Maio. São 45 posts que nos levam a partilhar gostos e experiências sobre o mundo dos livros e, ao mesmo tempo, a pensar e a reflectir sobre os livros que já lemos. Podem encontrar aqui as minhas respostas e aqui as respostas da M*.

Para hoje é

Livro perturbante

Não me faz qualquer confusão ler sobre seja que tema for, seja ele mais ou menos violento. Desde que seja ficção, consigo, sem qualquer problema, abstrair-me o suficiente para perceber que, o que está a ser descrito, não é realidade.

Em contrapartida perturbam-me livros sobre determinados acontecimentos e que descrevem - com maior detalhe - algumas cenas mais violentas. Enquadram-se, nesta categoria, os livros abaixo. São livros que misturam realidade com alguma ficção. Aquando da sua leitura tive, de quando em vez, de interromper a leitura e olhar à minha volta para ter a certeza que só estava a ler um livro.

A Ilha das Trevas de José Rodrigues dos Santos
 

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Sinopse

Paulino da Conceição é um timorense com um terrível segredo. Assistiu, juntamente com a família, à saída dos portugueses de Timor-Leste e a todos os acontecimentos que se seguiram, tornando-se um mero peão nas circunstâncias que mediaram a invasão indonésia de 1975 e o referendo de 1999 que deu a independência ao país.

Só há uma pessoa a quem Paulino pode confessar o seu segredo - mas terá coragem para o fazer?

A vida e tragédia de uma família timorense serve de ponto de partida para aquele que é o romance de estreia de José Rodrigues dos Santos.

Um romance pungente onde a ficção se mistura com o real para expor, num ritmo dramático, poderoso e intenso, a trágica verdade que só a criação literária, quando aliada à narrativa histórica, consegue revelar.

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Sinopse

A história verdadeira deste homem que enfrentou perigos inacreditáveis e sacrificou tudo o que possuía, colocando em jogo a própria liberdade, para salvar mais de mil pessoas. Partindo dos testemunhos dos Schindlerjuden - os judeus de Schindler -, Thomas Keneally compôs um romance notável e comovente, que retrata a coragem, a generosidade e a perspicácia de um herói em meio às cinzas do holocausto. Escrito com paixão, mas também com absoluta fidelidade aos fatos, A Lista de Schindler valeu a seu autor o cobiçado Prémio Booker, da Inglaterra. Levado ao cinema com grande sucesso por Steven Spielberg, foi eleito o melhor filme de 1993 pela Associação dos Críticos de Nova York e de Los Angeles.

Orgulho Asteca e Sangue Asteca de Gary Jennings

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Sinopse

Era uma vez... a mais poderosa e fascinante civilização...
Em 1530, depois de quase extinguir o povo Asteca pelas mãos de Hernán Cortés, o Imperador Carlos, Rei de Espanha, pede ao bispo do México que lhe faculte informação acerca da vida e dos costumes do povo Asteca. O bispo, frei Juan de Zumárraga, decide redigir um documento, baseado no testemunho de um ancião. Um homem humilde e submisso que vai chocar a moralidade e os preconceitos do mundo civilizado. O seu nome é Mixtli - Nuvem Obscura. Mixtli, um dos mais robustos e memoráveis astecas, relata com detalhe toda uma vida: a sua infância, a mentalidade e os costumes do seu povo, o sexo e a religião, a sua formação e os seus amores, sempre tormentosos e trágicos. Esta é a sua empolgante e maravilhosa história, que representa o choque entre civilizações com formas inconciliáveis de ver o Mundo. A História de Mixtli é, em grande parte, a história do próprio povo Asteca: épica e de uma dignidade heróica. Este é o princípio e o fim de uma colossal civilização.

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10 comentários

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Sara a 16.05.2015

A mim foi a Metamorfose...Quase amanhei pelas paredes. O Coração das Trevas, a Laranja Mecânica (as distopias, pelas suas parecenças com a realidade sempre me arrepiam), algumas partes dos livros do Murakami...Pessoas normais e boas fazendo coisas horríveis tb me arrepia.
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Magda L Pais a 16.05.2015

pessoas reais e acontecimentos reais. é isto que me perturba, nestes livros. Foram pessoas reais que sofreram os horrores descritos
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Sara a 16.05.2015

A mim perturba-me que isso volte a acontecer...
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Magda L Pais a 16.05.2015

também. mas ler e imaginar o que terão sofrido... cruzes, até me arrepia
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Sara a 16.05.2015

Sim claro, mas ao mesmo tempo eu penso que posso estar ali amanhã e no lugar do torturador pode estar alguém que conheci toda a vida - as pessoas são monstros na sua essência, mesmo as que aparentemente vivem sob um código de moral...
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Magda L Pais a 16.05.2015

já eu não penso nessa parte. senão vamos andar todos com medo e não vivemos. E sim, as pessoas são monstros na sua essência. mas a maior parte, a grande maior parte, adormece muito bem essa parte. e temos de ser optimistas (eu sou bastante) e acreditar que não vai acontecer
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Sara a 16.05.2015

Ás vezes parece que está adormecido xD Isso viu-se agr: o pessoal a condenar o bullying e dez minutos depois a ameaçar pessoas de morte...Em escala maior: se chegasse agr alguém e dissesse eu dou-vos pão mas vamos ter de acabar com o grupo X de pessoas porque a culpa é delas - mais de metade ia logo atrás. Claro que isto já são questões extra-livros...
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Magda L Pais a 16.05.2015

extra livros mas bastante pertinentes. Mesmo muito.
A morte está banalizada e acabou por se perder o sentido da vida
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Sara a 16.05.2015

Sim, a morte a violência tornaram-se banais e dp quando menos isso pode começar a escalar para coisas piores...É o que acontece na Coreia: coisas chocantes acontecem lá mas ninguém se importa (quase ninguém) porque o mal se tornou parte do quotidiano...Era o que acontecia com os nazis também: eles eram boas pessoas, pagavam os impostos, tinha família, ajudavam velhinhas a atravessar a estrada...Pode parecer pessimista, mas acho que quanto melhor nos conhecermos a nós próprios melhor...
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Magda L Pais a 16.05.2015

sim, admito que tenhas razão. Acredito que, de acordo com as ideologias, há boas pessoas em todo o lado. Até porque o conceito de bom poderá variar entre as diversas sociedades

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